Lupi deve cair sob suspeição ou por inutilidade
No governo, a queda do ministro Carlos Lupi (Trabalho) é considerada iminente. Se resistir às denúncias sobre negócios com a Fundação Pró-Cerrado, até porque a “faxina ética” está suspensa, Lupi cairá por inutilidade: “cada dia menor”, como definiu um dirigente do PDT a esta coluna, Lupi na prática já foi substituído pelo ministro Gilberto Carvalho nos assuntos do setor, envolvendo centrais sindicais ou o Congresso.
Faz-de-conta
A única atividade de Carlos Lupi como ministro é divulgar os índices mensais de emprego. Ele acha que a geração de empregos é obra sua.
Paralisação
O Ministério do Trabalho está paralisado desde que o próprio governo começou a averiguar graves suspeitas de irregularidades.
Nem te conheço
Indagada pelo Planalto, a Força Sindical do deputado Paulinho (PDT-SP) lavou as mãos: nem sequer tem cargos no Ministério do Trabalho.
Fundação do PSD tem mesmo assinaturas falsas
Ao menos duas assinaturas de fundadores do PSD são falsas, segundo atestou o perito Ricardo Molina, confirmando suspeitas sobre a lisura do registro. Ele encontrou claras diferenças entre as assinaturas de Marcos Cintra e Cláudio Lembo nas atas de adesão e fundação do partido, atesta relatório em poder da coluna. “É certo que não foi o mesmo punho que produziu as duas assinaturas”, diz o documento.
Indícios no papel
Na ata de adesão, patrocinada por Gilberto Kassab, “o traçado é irregular” e há “indícios consistentes de não autenticidade”, diz Molina.
Defesa
Não há perícia conclusiva, diz o advogado do PSD, Admar Gonzaga: “Se o caso for à Justiça, um perito judicial dará a palavra final”.
Investigação já
De posse do laudo do perito Ricardo Molina, o DEM vai pedir que o PSD seja investigado pelo Ministério Público e a corregedoria-geral do TSE, onde estranhamente pedidos de apuração têm sido arquivados.
Bicadas fracas
Enquanto José Serra hesita, Bruno Covas, neto do ex-governador, quer ser o nome do PSDB à prefeitura de São Paulo. José Aníbal e Andrea Mattarazzo também querem o posto. Todos fraquinhos, fraquinhos.
Sobram mãos
Renomado perito, Ricardo Molina diz terem sido encontradas nas duas assinaturas “divergências significativas no confronto”.
Poder sem pudor
Papel que mudou a História
Os boatos já tomavam Brasília, naquele 25 de agosto de 1961, quando o então ministro da Justiça de Jânio Quadros, Pedroso Horta, reunia-se a portas fechadas com o presidente do Congresso, senador Moura Andrade. Repórter atento e muito competente, Murilo Melo Filho estava no outro lado da porta, quando Pedroso Horta saiu do gabinete de Moura Andrade.
- Murilo, veja se isto lhe interessa – disse Horta, estendendo-lhe um papel.
Era nada mais nada menos que a carta-renúncia de Jânio Quadros.
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