NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 18/11/09
Na manchete de papel do "China Daily", ontem, "Tem lugar para nós dois, diz Obama".
Já na manchete on-line do jornal chinês, "Pedido a Obama: controle os separatistas nos EUA" -sobre a cobrança do presidente Hu Jintao para que ele "pare de deixar secessionistas usarem seu território para separar Tibet e Xinjiang da China".
Em suma, manchete on-line do "New York Times", "Viagem de Obama mostra as diferenças, conforme cresce o papel da China". Entre outras diferenças, no enunciado do "Financial Times", "EUA estimulam China a valorizar o yuan". De sua parte, antes a China já havia "estimulado" o mesmo para o dólar.
E o "Wall Street Journal" fez longo editorial em apoio à posição de Pequim, dizendo que o dólar fraco ajuda na recuperação dos EUA, mas é "jogo perigoso", que já levou Brasil e Taiwan a restringirem aplicações estrangeiras nos dois mercados.
A FOX NEWS VENCEU
Um mês atrás, a diretora de comunicação da Casa Branca abriu guerra à Fox News. Semana passada, anunciou a sua saída do governo, no dia em que o Drudge Report postou que Obama concederia entrevista ao canal. A Casa Branca negou então, mas ontem a Fox News confirmou
ESPERANÇA?
EUA e China, que haviam inviabilizado Copenhague, soltaram comunicado prometendo "metas de emissão". Foi manchete on-line no otimista "Guardian", "Obama e Hu restauram esperança sobre clima".
"ZERO HUNGER"
No encontro da FAO sem "países ricos", como sublinhou o "NYT", Lula foi para a boca de cena, com o papa. No alto das buscas de Brasil, despacho ressaltou que o Brasil "fatura com êxito do Fome Zero", que teria reduzido em 73% a desnutrição
"CRESCIMENTO CHINÊS"
UOL e Terra destacaram ontem a coluna "O Presidente Responde", em que Lula adiantou que "o PIB do terceiro trimestre deve registrar crescimento a um ritmo chinês, de cerca de 9%". Ecoou, sobretudo pela América Latina, em despachos de France Presse e outras. No "Clarín", "Lula promete crescer com taxas chinesas".
A PETROBRAS SALTA
O dia abriu com o "Valor" garantindo que o novo diretor do Banco Central não era indicação do ministro Guido Mantega. O post "+ lido" do Valor Online, depois, avisou que o "mercado avalia" a mudança.
Fim de manhã, no mesmo Valor Online e manchete na Agência Brasil, "Henrique Meirelles diz que chance maior é continuar no BC" _e que não devem sair mais diretores. Em portais como iG e Exame, registrou-se então que o "mercado não se altera", "não se assusta".
Ainda assim, só no fim do dia as ações foram disparar, mas porque a Petrobras anunciou descoberta em Angola. Manchete final do Valor Online, "Petrobras salta e ajuda Bolsa a fechar na máxima do ano".
AINDA MAIS
O ministro da Fazenda não teria poder para indicar o novo diretor do BC, mas foi manchete por toda parte, ontem. Para começar, com nova aposta de PIB.
Em suma, no enunciado da Reuters Brasil, "Mantega prevê ciclo ainda mais forte". Foi parar no site do "WSJ", "Mantega, do Brasil, diz que crescimento pode atingir 6,5% em 2010-2016".
BONDADES
Também falou de imposto, ou melhor, de desoneração. Manchete no UOL, "Medida anticrise custa R$ 25 bilhões, diz Mantega". Logo abaixo, em contraste, "SP ganha R$ 650 milhões com IPTU" e o aumento de até 60%.
E tem mais, manchete de iG e sites econômicos, "Mantega promete agir por exportação competitiva" ou "proteção para a exportação".
FALA, MALAN
Em Londres, o ex-ministro Pedro Malan, "presidente do comitê internacional de assessoria do Itaú Unibanco Holdings", falou à Bloomberg que a moeda brasileira deve se desvalorizar de forma "inteiramente ordenada", desta vez. "Haverá forças naturais na direção da depreciação", opinou, citando a "alta taxa de crescimento".
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