ZERO HORA - 04/08
Foi lamentável o pronunciamento da chancelaria de Israel acerca da atual conduta do nosso país no plano internacional. Isto posto, imperioso é salientar que o velho Ministério de Estrangeiros, desde a República denominado Ministério das Relações Exteriores, ultimamente tem se amesquinhado. Dir-se-ia que a senhora presidente da República não morre de amores por ele. Contudo, seu declínio é inegável. Já não falo dos tempos do Barão, de Oswaldo Aranha, Raul Fernandes, João Neves… que em momentos difíceis fizeram com que o solar da Rua Larga continuasse a enriquecer o acervo diplomático do país. Basta dizer que o vocábulo Itamaraty se tornara sinônimo da política externa do Brasil. Em verdade, as reiteradas ações e omissões não podem ser menosprezadas.
A título de exemplo, vão mencionadas algumas:
1) Autoridades brasileiras, aliás, contrariando manifestações de servidores legalmente qualificados para opinar a respeito, abrigaram terrorista condenado pela justiça de seu país, Battisti; 2) O Brasil expulsou dois boxeadores cubanos, que aqui participavam de uma competição esportiva e queriam aqui homiziarem-se para não voltar à ilha sovietizada, despachando-os em avião venezuelano; 3) A Bolívia invadiu instalações da Petrobras, legal e publicamente instalados, como era óbvio, e o Itamaraty não viu nem notou o frontal agravo à Nação; 4) O governo namorava abertamente com o Irã no que tange aos seus planos nucleares, cujas implicações podem ser de consequências mundiais; 5) O governo tornou-se parceiro da mais antiga ditadura da América, firmou contratos secretos com Cuba e Angola e a senhora Presidente cantarolava no Porto de Mariel, financiado pelo Brasil, proclamando que seu ideal era a união entre os dois países; 6) O Itamaraty estimulou a introdução da Venezuela no Mercosul, quando é condição para ingresso o Regime Democrático; 7) O Brasil silenciou quanto às violações dos Direitos Humanos na Venezuela e ao contrário, tem se acasalado com aquele país; 8) O Brasil tem dois supostos ministros de Relações Exteriores, um que é conselheiro da senhora presidente, como se os ministros não fossem conselheiros natos, por expressa disposição constitucional, o outro ocupa o belo edifício que abre uma das fileiras de ministérios; 9) O comportamento do Brasil em relação ao asilado boliviano na embaixada em La Paz, numa espécie de prisão.
Os estilos do Itamaraty desde muito eram outros e bem melhores.
Um comentário:
Este diplomata pensa ao contrário: www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/NuncaAntes2014.html
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