CORREIO BRAZILIENSE - 08/04
Causa preocupação a notícia de que o Segundo Tempo (PST) está paralisado por incapacidade da administração de adquirir material esportivo. O programa, que oferece atividades esportivas depois do horário escolar, tem sido alvo de denúncias desde a criação, em 2003. Foi, em 2013, pivô da queda do então ministro do Esporte, Orlando Silva. Reformulado há quase três anos, o PST não conseguiu acertar o rumo.
Em setembro do ano passado, o Ministério do Esporte promoveu pregão eletrônico para adquirir 35 mil kits de material esportivo no valor de R$ 106,8 milhões. Segundo o edital, a entrega deveria estar concluída em, no máximo, 90 dias. Até hoje, porém, nada chegou às 32 mil escolas do país. Resultado: 4 milhões de crianças e adolescentes, dos 7 aos 17 anos, ficam privados da prática esportiva e de atividades complementares no contraturno das aulas.
É preocupante. Se há uma camada da sociedade que exige atenção especial neste momento, ela é, sem dúvida, a dos jovens. A fase que coincide com a passagem para o ensino médio representa alto risco sobretudo para rapazes e moças das escolas públicas. Além das naturais mudanças impostas pela idade, fatores externos contribuem para o agravamento do perigo.
Um deles é a escola. O ensino médio se especializou em expulsar os estudantes. Segundo dados do Ministério da Educação, 3,7 milhões de alunos desistiram de livros e cadernos em 2013. As causas são muitas. Além da desmotivação dos professores, do material didático inadequado, da violência crescente, da falta de laboratórios e bibliotecas vivas, sobressai o currículo.
Descolado da realidade, o rol de matérias é tão abrangente que não permite aprofundamento em nenhuma área. Nem português e matemática, conhecimento básico para a aprendizagem das demais disciplinas e a convivência com as novas mídias merecem tratamento menos superficial. A resposta para a falta de perspectiva de futuro é a desistência, o abandono dos bancos escolares.
Pesquisas provam a importância de manter-se no sistema. Fora dele, os jovens ficam mais vulneráveis à influência do tráfico e de outros descaminhos. Basta ver o número de menores envolvidos em crimes, a idade e o grau de instrução dos que superlotam as prisões brasileiras. Evitar a evasão é, pois, desafio que precisa ser olhado de frente.
O PST, com o Programa Esporte e Lazer da Cidade, que mantém as escolas abertas no período noturno para práticas esportivas da comunidade, contribui para a oferta de lazer sadio para as famílias. Rapazes e moças trocam drogas, gangues e confrontos por bola, peteca, bambolê, dominó. Ignorar o alcance do projeto é crime de leso-futuro e lesa-juventude.
Em setembro do ano passado, o Ministério do Esporte promoveu pregão eletrônico para adquirir 35 mil kits de material esportivo no valor de R$ 106,8 milhões. Segundo o edital, a entrega deveria estar concluída em, no máximo, 90 dias. Até hoje, porém, nada chegou às 32 mil escolas do país. Resultado: 4 milhões de crianças e adolescentes, dos 7 aos 17 anos, ficam privados da prática esportiva e de atividades complementares no contraturno das aulas.
É preocupante. Se há uma camada da sociedade que exige atenção especial neste momento, ela é, sem dúvida, a dos jovens. A fase que coincide com a passagem para o ensino médio representa alto risco sobretudo para rapazes e moças das escolas públicas. Além das naturais mudanças impostas pela idade, fatores externos contribuem para o agravamento do perigo.
Um deles é a escola. O ensino médio se especializou em expulsar os estudantes. Segundo dados do Ministério da Educação, 3,7 milhões de alunos desistiram de livros e cadernos em 2013. As causas são muitas. Além da desmotivação dos professores, do material didático inadequado, da violência crescente, da falta de laboratórios e bibliotecas vivas, sobressai o currículo.
Descolado da realidade, o rol de matérias é tão abrangente que não permite aprofundamento em nenhuma área. Nem português e matemática, conhecimento básico para a aprendizagem das demais disciplinas e a convivência com as novas mídias merecem tratamento menos superficial. A resposta para a falta de perspectiva de futuro é a desistência, o abandono dos bancos escolares.
Pesquisas provam a importância de manter-se no sistema. Fora dele, os jovens ficam mais vulneráveis à influência do tráfico e de outros descaminhos. Basta ver o número de menores envolvidos em crimes, a idade e o grau de instrução dos que superlotam as prisões brasileiras. Evitar a evasão é, pois, desafio que precisa ser olhado de frente.
O PST, com o Programa Esporte e Lazer da Cidade, que mantém as escolas abertas no período noturno para práticas esportivas da comunidade, contribui para a oferta de lazer sadio para as famílias. Rapazes e moças trocam drogas, gangues e confrontos por bola, peteca, bambolê, dominó. Ignorar o alcance do projeto é crime de leso-futuro e lesa-juventude.
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