CORREIO BRAZILIENSE - 04/02
Radicalizar, diz o dicionário, é chegar à raiz: atingir o essencial, o básico, o fundo do poço. A palavra tem sido insistentemente usada na referência à operação tartaruga. De um lado, a polícia deixa de cumprir na plenitude a função de garantir a segurança da população. De outro, o governo espera ver a situação normalizada para se sentar à mesa de negociação. No meio, os brasilienses se tornam reféns da bandidagem. Perdem a paz, a mobilidade e a vida.
A operação tartaruga expõe o DF a onda de assassinatos, furtos e roubos ao deixar ruas e logradouros nas mãos de quem nada tem a perder. Em janeiro, 75 pessoas sucumbiram ante homicidas com caminho livre para agir. Só no fim de semana, registraram-se 12 mortes. A quem interessa tragédia de tamanha dimensão? Com certeza, a ninguém. O GDF não quer ver a capital do Brasil transformada em praça de guerra. A PM, uma das mais qualificadas e bem pagas do país, não quer desmoralizar a corporação. O povo não quer viver em clima de generalizada violência.
Já passa da hora de trocar de verbo. Radicalizar tem de dar vez a dialogar. Governo e PM devem sentar-se à mesa para buscar solução que atenda, sobretudo, ao direito da população - principal vítima do confronto. A instituição policial ocupa funções primordiais do regime democrático. Cabe-lhe assumir os riscos que ocorrem no meio social à força de muitos que se desviam das prescrições legais para gerar insegurança e medo.
A capital da República entrou na pauta do noticiário nacional e estrangeiro. Com razão. Informar é dever da mídia. Cabe-lhe registrar as graves ocorrências e apontar os que respondem por elas. O Correio Braziliense não tem feito outra coisa. Não cuida da situação movido por interesses alheios à vontade do povo, tampouco para levar esta ou aquela instituição à execração pública. Ninguém é ingênuo de imaginar que o quadro é simples.
Não é. O Distrito Federal sofre de inchaço permanente. Sem planejamento, paga o preço de décadas de omissão governamental em todos os setores. A segurança é uma delas. Saídas se impõem. Há que buscá-las com serenidade e bom senso. O elástico está esticado no limite. As duas pontas precisam encontrar o equilíbrio para o bem comum. Os policiais exercem papel fundamental no conjunto dos deveres atribuídos ao Estado.
A democracia é o regime da lei. Quando há desafio à ordem jurídica, fundamento do Estado de Direito, abre-se espaço para a anarquia. Não pode haver nenhuma exceção que possa colocar em risco os direitos assegurados na Constituição a todos os integrantes da sociedade política - o Estado organizado para atender as demandas essenciais do povo. A observação desses valores inclui, de maneira irresistível, a destinação de segurança pública.
A operação tartaruga expõe o DF a onda de assassinatos, furtos e roubos ao deixar ruas e logradouros nas mãos de quem nada tem a perder. Em janeiro, 75 pessoas sucumbiram ante homicidas com caminho livre para agir. Só no fim de semana, registraram-se 12 mortes. A quem interessa tragédia de tamanha dimensão? Com certeza, a ninguém. O GDF não quer ver a capital do Brasil transformada em praça de guerra. A PM, uma das mais qualificadas e bem pagas do país, não quer desmoralizar a corporação. O povo não quer viver em clima de generalizada violência.
Já passa da hora de trocar de verbo. Radicalizar tem de dar vez a dialogar. Governo e PM devem sentar-se à mesa para buscar solução que atenda, sobretudo, ao direito da população - principal vítima do confronto. A instituição policial ocupa funções primordiais do regime democrático. Cabe-lhe assumir os riscos que ocorrem no meio social à força de muitos que se desviam das prescrições legais para gerar insegurança e medo.
A capital da República entrou na pauta do noticiário nacional e estrangeiro. Com razão. Informar é dever da mídia. Cabe-lhe registrar as graves ocorrências e apontar os que respondem por elas. O Correio Braziliense não tem feito outra coisa. Não cuida da situação movido por interesses alheios à vontade do povo, tampouco para levar esta ou aquela instituição à execração pública. Ninguém é ingênuo de imaginar que o quadro é simples.
Não é. O Distrito Federal sofre de inchaço permanente. Sem planejamento, paga o preço de décadas de omissão governamental em todos os setores. A segurança é uma delas. Saídas se impõem. Há que buscá-las com serenidade e bom senso. O elástico está esticado no limite. As duas pontas precisam encontrar o equilíbrio para o bem comum. Os policiais exercem papel fundamental no conjunto dos deveres atribuídos ao Estado.
A democracia é o regime da lei. Quando há desafio à ordem jurídica, fundamento do Estado de Direito, abre-se espaço para a anarquia. Não pode haver nenhuma exceção que possa colocar em risco os direitos assegurados na Constituição a todos os integrantes da sociedade política - o Estado organizado para atender as demandas essenciais do povo. A observação desses valores inclui, de maneira irresistível, a destinação de segurança pública.
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