FOLHA DE SP - 04/02
Contratações na construção pesada de São Paulo avançam 4,55% em 2013
O número de contratados na indústria da construção pesada do Estado de São Paulo avançou 4,55% em 2013, segundo dados do Sinicesp (sindicato do setor). O ano terminou com 110.815 pessoas trabalhando na área.
Para 2014, a entidade projeta uma manutenção do crescimento, sem que haja uma alta mais acentuada por causa das eleições.
"A gente não sentiu nenhuma reação [no segmento]. Se fosse para ter uma elevação maior, já teríamos alguns indicativos", afirma o presidente da entidade, Silvio Ciampaglia.
Por enquanto, nenhuma concessão anunciada pelo governo federal inclui estradas do Estado --as rodovias são o principal motor da construção pesada.
O sindicato, no entanto, espera uma expansão de pouco mais de 10% no valor das obras licitadas pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem).
"Estamos otimistas com a quantidade de licitações, que devem chegar a 200 [disputas] e alcançar cerca de R$ 3 bilhões em valores", acrescenta Ciampaglia.
"É o montante que falta para atingir o pacote de R$ 10 bilhões [licitados] em quatro anos prometido pelo governo do Estado."
No ano passado, foram 192 concorrências, somando um total de R$ 2,7 bilhões. De 2011 a 2013, foram cerca de R$ 6,4 bilhões.
TERRENO PREPARADO
A Telhanorte, rede de lojas de materiais de construção e reforma, pretende instalar mais quatro unidades até o fim deste ano no Estado de São Paulo.
Serão investidos R$ 34 milhões em pontos em Santos, em Guarulhos e em São Paulo (na rodovia Raposo Tavares). A quarta loja ainda não tem local definido.
A expansão faz parte de um plano da empresa de consolidar sua atuação nos três únicos Estados em que atua: São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
"Priorizamos ter uma participação de mercado relevante nesses locais, para somente depois explorarmos outras regiões", afirma Manuel Correa, principal executivo da Telhanorte.
"Quando se pulveriza muito as unidades, a empresa acaba tendo baixa participação de mercado e o custo logístico, de transporte e estocagem, pode se tornar oneroso", diz.
Hoje, a empresa tem 37 lojas. Dessas, 30 estão em São Paulo, quatro em Minas e três no Paraná.
Empresas de eletrônicos deixam de produzir itens
Quase metade dos fabricantes brasileiros de eletroeletrônicos deixou de produzir algum item nos últimos três anos por causa da falta de competitividade.
O dado é de sondagem da Abinee (entidade nacional que reúne a indústria) feita com seus associados.
"O fabricante percebe que uma mercadoria está mais prejudicada e contrata uma empresa no exterior para produzir esse item com a marca dele", diz o presidente da associação, Humberto Barbato.
A maioria das companhias contratadas são chinesas, de acordo com o executivo.
Quase 25% do faturamento do setor, que atingiu R$ 156,6 bilhões no ano passado, é composto por bens importados, ainda segundo a entidade.
"É o resultado de o Brasil ser um país caríssimo para se produzir hoje."
Dentre os fatores que reduzem a competitividade brasileira, Barbato cita a logística e o preço da mão de obra.
"O aumento real do salário no nosso setor cresceu 26% nos últimos dez anos, mas a produtividade não acompanhou esse ritmo", diz.
"A desoneração da folha de pagamento ajudou. Os encargos trabalhistas, porém, continuam pesados."
números
49%
das empresas do setor eletroeletrônico deixaram de fabricar algum produto nos últimos três anos, segundo pesquisa da Abinee
23%
do faturamento da indústria de eletroeletrônico, que atingiu R$ 156,6 bilhões no ano passado, é composto por bens importados
Tecido... As vendas do segmento atacadista de tecidos no Estado de São Paulo registraram em janeiro recuo de 23% na comparação com dezembro do ano passado.
...no atacado A queda é considerada sazonal, de acordo com o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinho do Estado, responsável pelos dados.
Casa nova A Coldwell Banker, marca norte-americana de franquias imobiliárias, planeja abrir 60 unidades neste ano no Brasil. Hoje, são 13 pontos em quatro Estados.
Prato... A SumoSalad, rede australiana de restaurantes que chegou ao Brasil, pretende abrir cem lojas no país nos próximos cinco anos, em sistema de franquia.
...australiano A marca tem hoje 107 unidades (20 próprias e 87 franqueadas) em países como Austrália, Emirados Árabes, Cingapura, Nova Zelândia e Estados Unidos.
De viagem A rede de lojas de almofadas Fom poderá ter mais 20 franquias neste ano, sendo duas em aeroportos --uma no terminal de Guarulhos e a outra no de Recife.
COLHER DE CHÁ INGLÊS
A confiança do consumidor britânico atingiu em janeiro o melhor nível em mais de seis anos, segundo pesquisa feita pela consultoria GfK.
O índice teve uma alta de seis pontos e passou de -13 em dezembro para -7 no mês passado. A escala vai de -100 a 100 (quanto mais alto o número, melhor é o humor).
Com o crescimento, a confiança dos britânicos em relação à economia retornou ao patamar de setembro de 2007.
Os cinco subindicadores que compõem o índice avançaram em janeiro.
Um dos destaques foi a avaliação das finanças pessoais nos próximos 12 meses, que teve uma evolução de seis pontos --de -3 em dezembro para 3 no mês passado.
A expectativa é que a alta do otimismo cause uma elevação no nível de gastos dos consumidores nos próximos meses, diz a empresa.
Apesar dessa tendência, o aumento não ocorreu em dezembro, quando o índice de confiança já estava em patamares melhores. Nesse mês, o varejo teve vendas "anêmicas", segundo a consultoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário