FOLHA DE SP - 07/02
Fila de espera por instalação de ar-condicionado tem alta
O aumento da demanda por aparelhos de ar-condicionado e ventiladores neste início de 2014 gerou não apenas a falta de produtos nas lojas, mas também ampliou a espera por serviços de instalação.
Em empresas que atuam com a colocação de ar-condicionado residencial em São Paulo, a fila passou de dois para até sete dias úteis, em média, segundo a Abrava (associação nacional do setor).
"Houve uma demanda muito acima do que a maioria das empresas estão preparadas", diz Arnaldo Lopes Parra, executivo da entidade.
Para fugir da espera, consumidores têm optado por aparelhos portáteis, que não precisam de montagem, afirma Daniel Pinheiro Santana, diretor comercial do Walmart.
"Os instaladores elevaram os preços dos serviços e o portátil é uma alternativa contra esse custo adicional." A venda de condicionadores de ar avançou 240% em janeiro, ante o mesmo mês de 2013, segundo o Walmart. A de ventiladores evoluiu 220%.
No Magazine Luiza, a comercialização de ventiladores cresceu cinco vezes e a de condicionadores triplicou.
A Via Varejo informou que, nos primeiros quinze dias do ano, as lojas físicas das Casa Bahia e do Ponto Frio venderam a mesma quantidade de aparelhos comercializada em todo o mês de janeiro de 2013.
A companhia diz que unidades ficaram sem produtos, mas que os estoques estão sendo reabastecidos.
A fabricante LG diz que tem sido procurada por revendedores com novos pedidos de condicionadores de ar, mas que não há como atender.
"Em setembro, já tínhamos a carteira de produção fechada até março", afirma Mauro Apor, executivo do grupo.
ENERGIA CONTABILIZADA
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), responsável pela operação do mercado de energia no país, vai investir
R$ 23 milhões na modernização de seu sistema computacional.
Será feita uma atualização do atual programa de contabilização e liquidação de energia, segundo Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente da empresa.
"Essa mudança aumentará a produtividade, já que o tempo de processamento [dos dados] será reduzido."
O projeto foi aprovado em um programa da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Cerca de 90% do total aportado será financiado, de acordo com o executivo, que preferiu não falar sobre o apagão de terça-feira.
Em relação ao mercado de energia, Ferreira afirmou que os preços devem se manter em patamar alto no curto prazo. Em janeiro, o valor médio do megawatt-hora ficou em R$ 378.
O preço está abaixo do registrado no mesmo mês de 2013 (R$ 413,95), mas também está bastante acima do de 2012 (R$ 23,14).
"De maneira geral, a média não será baixa neste ano, mas ainda poderá haver alguma alteração. Se chover em março e em abril, os preços podem cair."
Ferreira disse ainda que, apesar das desvantagens ambientais, as termelétricas a carvão e a gás podem melhorar o gerenciamento do abastecimento de energia no país. "Quanto mais diversificada for a matriz, melhor."
Térmicas a carvão defendem novo modelo de leilão
O apagão ocorrido na terça-feira e o baixo nível dos reservatórios podem favorecer empresas que pretendem instalar usinas térmicas a carvão no país e que negociam com o governo um modelo diferente para o próximo leilão de energia.
Na última disputa do ano passado, o preço máximo estabelecido para o megawatt-hora de usinas a gás, a carvão, de biomassa e pequenas hidrelétricas foi de R$ 144.
Para o setor do carvão, porém, apenas valores acima de R$ 180 seriam viáveis.
"Desde 2012, o governo entende que as térmicas a carvão são necessárias. Só que, no ano passado, o preço estava muito baixo", afirma o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan.
"Talvez outro formato de disputa funcione melhor", diz. A entidade está em negociação com o governo. Uma possibilidade seria adotar um preço-teto diferente para cada tipo de fonte.
"O custo de instalação de uma usina a carvão pode ser mais alto, mas para ativá-la é barato", defende Zancan.
"Os projetos de térmicas estão no Sul, que recebe energia de outras regiões do país. Instalar essas plantas aliviaria o sistema de transmissão."
Eclusas do Tietê movimentam 30% a mais em 2013
A movimentação em eclusas localizadas em cinco usinas hidrelétricas do rio Tietê, em São Paulo, bateu recorde em 2013, segundo a AES Tietê, que opera as estruturas.
O número de acionamentos que permitem às embarcações transpor as barragens chegou a 21,4 mil em 2013, uma elevação de 30% em relação ao ano anterior.
A alta foi puxada pelo crescimento do transporte de cargas na hidrovia e por um número maior de passageiros.
O total de itens movimentados no ano passado avançou cerca de 40% em relação a 2012. A diversificação dos produtos transportados é um dos motivos, segundo Antonio Carlos Garcia, gerente de operações da empresa.
As barcaças que navegam pelo rio Tietê carregam principalmente soja, cana, areia e madeira.
Um novo sistema de gerenciamento das eclusas, com operação das estações à distância, deverá funcionar até o final deste ano. "Vai agilizar o processo, com um ganho estimado de 15 minutos para cada movimentação."
As eclusas ficam nas hidrelétricas de Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava (duas).
Sem... A Serasa Experian fechou uma parceria com o Instituto Data Popular para criar uma ferramenta que auxilie as empresas a entenderem as nuances do consumidor da classe média.
...generalizar Desenvolvida com base em estatísticas e estudos comportamentais, a solução vai facilitar a criação de ações direcionadas a esse público. O anúncio será feito no dia 18, em São Paulo.
Carona... A Colômbia também quer atrair turistas durante os jogos da Copa do Mundo. Como muitos colombianos virão ao Brasil, a ideia é que os voos comerciais não retornem vazios ao país de origem.
...na Copa Segundo Alejandro Peláez, cônsul comercial da Colômbia, o país vai investir na divulgação de seus atrativos "para estrangeiros e brasileiros interessados em viajar durante os jogos".
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