sexta-feira, novembro 15, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 15/11

Câmara de energia projeta alta de 77% em pagamentos
Os pagamentos realizados entre as empresas que compram e vendem energia devem atingir R$ 22 bilhões em 2013, uma alta de 77,5% em relação a 2012, segundo cálculo da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

No ano passado, a liquidação foi de R$ 12,4 bilhões. O maior aumento deverá ocorrer nos volumes do mercado de curto prazo --de R$ 9 bilhões para R$ 15 bilhões.

"[O crescimento] será por causa [do uso] das térmicas e do PLD alto", diz Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente do conselho da CCEE.

O PLD (preço de liquidação das diferenças) é um índice semanal utilizado para calcular o valor da energia no mercado de curto prazo.

A partir deste ano, as despesas extras com as térmicas que são acionadas para evitar o risco de racionamento passaram a integrar o índice.

Com os níveis dos reservatórios das hidrelétricas mais baixos e uma maior dependência das térmicas, os valores foram puxados para cima.

Outro motivo para o aumento das liquidações é que a CCEE absorveu atividades que não eram de sua responsabilidade até 2012, como a contabilização dos pagamentos das usinas de Angra.

Para 2014, o cenário projetado é de permanência de reservatórios hídricos baixos, sobretudo no Nordeste.

"O que significa que, provavelmente, vai haver mais despacho de usinas térmicas e o preço vai se manter elevado", afirma Ricardo Lima, conselheiro da câmara.

O mercado de curto prazo não atinge diretamente os consumidores residenciais, diz Lima. "As distribuidoras contratam no longo prazo."

Otimismo de micro e pequeno industrial atinge maior patamar
A satisfação dos micros e pequenos industriais com seus negócios alcançou o maior nível desde março deste ano, mês em que o Simpi (sindicato do setor) começou a fazer um levantamento em parceria com o Datafolha.

Dos 317 entrevistados no Estado de São Paulo, 53% consideraram, em outubro, a situação de sua empresa como boa ou ótima.

A parcela dos que afirmaram estar em um momento ruim também chegou ao mais baixo patamar (12%).

Entre os principais motivos que elevaram o otimismo do empresariado aparecem a boa aceitação de seus produtos no mercado (21%), o fato de atuarem em um segmento que está em alta (19%) e a ausência de dívidas (17%).

A satisfação dos industriais com suas margens de lucro também atingiu o nível mais alto da série: subiu de 31%, em setembro, para 41%, no mês passado.

A alta dos indicadores é consequência do bom momento financeiros das companhias, aponta a entidade.

A maior parte dos entrevistados (40%) ainda afirmou acreditar que o período de festas deste fim de ano será melhor que o de 2012. Pouco mais de 35% disse que será igual, e 22%, pior.

VAGA NO GALPÃO
O mercado de condomínios logísticos de alto padrão no país recebeu novos 500 mil m² no terceiro trimestre e atingiu 7,7 milhões de m², um crescimento de 7,1% em relação aos três meses anteriores, segundo estudo da Colliers.

Com a entrega dos empreendimentos, a taxa de disponibilidade subiu e fechou o trimestre em 17,3%.

"O mercado continua movimentado e está bom. O que causa essa taxa [de galpões vagos] é a oferta, que está muito grande", afirma Ricardo Betancourt, presidente da companhia no Brasil.

A projeção para o último trimestre de 2013 é que a disponibilidade deverá continuar em patamares mais elevados, porque outros 700 mil m² serão entregues.

O preço de locação, por sua vez, seguiu estável ao longo do ano, perto de R$ 19 o m².

O Estado de São Paulo concentrou os novos condomínios no terceiro trimestre, com 64% do total lançado.

MORDIDA NO RENDIMENTO
O número de países que reajustaram a alíquota mais alta do imposto de renda cresceu neste ano, na comparação com 2012, segundo estudo da Eca International.

Do total de 93 países analisados, 15 ampliaram o percentual de tributação sobre os rendimentos de pessoa física em 2013. No ano passado, o reajuste havia sido em dez localidades.

A Eslovênia registrou a maior elevação neste ano em termos percentuais. A alíquota mais alta do imposto de renda passou de 41% para 50% --um reajuste de 22%.

Na Finlândia, a tributação subiu de 48,25% para 50,25%.

Em situação oposta, apenas cinco dos países avaliados tiveram recuo na faixa mais alta de tributação.

São eles Dinamarca (onde a principal alíquota foi reduzida para 52,8%), Grécia (46%), Reino Unido (45%), Sérvia (25%) e Letônia (24%).

No Brasil não houve mudança --o topo da tributação permaneceu em 27,5% do total de rendimentos.

SEM GARAGEM
Cerca de 10% dos compradores de imóveis da região central de São Paulo entrevistados pelo grupo Hubert afirmaram não necessitar de vaga de garagem se puderem utilizar transporte público.

"Para eles, se tiver vaga, melhor, se não tiver, isso não será um obstáculo", diz Hubert Gebara, diretor da empresa. O executivo afirma que um imóvel sem garagem pode ser 20% mais barato.

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