O tucano abre o coração
Na reunião com dirigentes do PPS, anteontem, José Serra abriu o jogo interno do PSDB. Ele reconheceu que entre prometer apoio e a realidade tem uma distância. Mas relatou animado que os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) prometeram apoio às prévias. Comentou que Aécio Neves ficou desanimado com a recente pesquisa Datafolha. E contou que seu grande aliado, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o desencorajou dizendo: “Tenho dúvida sobre a realização de prévias, pois o partido é refratário à ideia ”. Aloysio também advertiu Serra, afirmando: “A posição de Aécio Neves no PSDB está consolidada”.
“Na política brasileira, um ano é um século. A única coisa impossível é prever o possível. Quem cai sobe de novo”
Francisco Dornelles
Senador (RJ) e presidente de honra do PP
A História e a correlação de forças
Bem que a presidente Dilma gostaria de nomear a primeira mulher para a PGR (Ela Wiecko). Mas seus ministros avaliam que ser o primeiro da lista (Rodrigo Janot) tem peso. A presidente corre o risco de se indispor com a maioria da categoria
Definido
Há um consenso no governo que une a pasta do Esporte e também o Planalto. O secretário de Esportes de Alto Rendimento, Ricardo Leyser , vai ser nomeado presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Ele substitui o ex-ministro Márcio Fortes. Pesou a favor de Leyser o fato dele ter sido coordenador do Pan-Americano
Receita para a recuperação
Ministros do governo dizem que a presidente Dilma precisa surpreender a população adotando medidas de impacto. Só a Saúde fez isso com o Mais Médicos. Na educação, na segurança pública e nos transportes, é mais do mesmo.
Cardoso fala de Marina Silva
Apesar dos temores que a candidatura provoca, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse, em reunião com ministros, que “ainda não chegou a hora da verdade para Marina”. E justificou: “Ela não tem estrutura partidária e, na campanha, a população vai ver que ela não tem palanques nos estados, que não tem apoio político, e que ela não tem quadros para governar o país”.
A centralização do poder
Após uma temporada de críticas, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) está sendo defendida por aliados. Alegam que ela não tem força para negociar , e que nunca esteve, de fato, credenciada para lidar com o Congresso.
A constatação do poder
Os ministros do Planalto estão penando para entender o que acontece com sua base no Congresso. Um deles comentou que nem mesmo a liberação das emendas individuais dos aliados conseguiu melhorar o humor dos parlamentares.
DESABAFO DO GOVERNADOR Jaques Wagner (BA): “É difícil tocar o governo. Fazer é uma corrida de obstáculos. O Estado brasileiro está travado”.
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