FOLHA DE SP - 01/07
BRASÍLIA - Zonzo com o tombo na pesquisa Datafolha, o governo Dilma finge tranquilidade e difunde o discurso ensaiado com o marqueteiro de que o "terremoto" político atingiu a todos os chefes do Executivo, sem exceção.
Tem lá suas razões, endossadas inclusive pelo tucano Aécio Neves, de que a insatisfação da voz das ruas é contra todo o mundo político.
Só que a queda de popularidade não adveio somente de quem foi para as ruas. Quem ficou em casa, teve a loja depredada, ficou preso no trânsito também está irritado.
O fato é que o governo não está apenas zonzo com o tamanho do recuo na popularidade e na intenção de voto presidencial, mas também dividido sobre o diagnóstico do tombo e a melhor forma de reação.
Uma ala diz que há uma sensação de "falta de pulso e autoridade" vinda da autoridade máxima, que teria sido muito tímida ao condenar os vândalos e arruaceiros. A hora seria de agir com mais energia.
Outra diz que o governo não pode nem pensar em passar a imagem de que irá reprimir a liberdade de expressão. E que é preciso calma quando se está entre dois fogos --críticas ao vandalismo, de um lado, e ao excesso de policiais, de outro.
Há quem garanta que a pesquisa captou tão somente um impacto político-emocional do momento, dado que não teria havido mudança na vida das pessoas, como aumento do desemprego e queda da renda e do consumo no país.
Visão não compartilhada por outro grupo, que defende mudanças na política econômica, inclusive de nomes na equipe, por pressentir que o cenário na economia está desandando e pode se agravar em breve.
Enfim, algo está fora do lugar. Até aqui, Dilma Rousseff não havia sido testada. Agora, fragilizada, mesmo que momentaneamente, terá de ceder e agregar. Caso contrário, vai se isolar. Hoje, a verdade é que há muita gente bem próxima a ela saboreando seu momento ruim.
Um comentário:
Esse sujeito, alias todos os colunistas da Folha atendem sempre a voz do Otavinho. Ele manda, eu faço. Uma agressão permanente ao governo Dilma, até com ofensas.Valdo, Balthazar, Fernando Rodrigues, Hélio Gaspari, Cantanhede, formam a troupe contra o governo. Golpistas por natureza como seu jornal foi quando apoiava a ditadura, mostram que hoje formam um partido politico radical de direita, inadmissível em termos jornalísticos sérios. Eu acompanho suas práticas através da web pois jamais gastaria um centavo para sujar minhas mãos com o jornal impresso. Mas, para não mentir sim, coloco minhas mãos quando o jornaleiro me cede números encalhados para que eu possa catar os dejetos dos mmeus cachorros na rua. Até que, para esse fim, funciona.
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