FOLHA DE SP - 01/07
Butantan amplia fábricas para exportar vacinas contra gripe e outras doenças
Como a fábrica só é informada em setembro sobre a composição da vacina contra a gripe e o instituto tem de produzi-la até janeiro ou fevereiro para campanhas em abril, há um período de ociosidade, diz Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan.
"A fabricação pode se voltar nesse período do ano para o hemisfério Norte", diz Kalil. Hoje não há produção para exportar e para viabilizá-la, o Butantan já trabalha na ampliação das fábricas.
"Calculamos investir R$ 150 milhões para obras de expansão e equipamentos a fim de aumentar a capacidade já existente no instituto." Neste ano, serão investidos cerca de R$ 80 milhões e no ano que vem, serão aproximadamente R$ 70 milhões.
Os recursos vêm dos governos federal, estadual e da Fundação Butantan.
"A Fundação Bill e Melina Gates quer também vacinas contra tétano, coqueluche, além de raiva. E também há interesse na importação da de HPV, se viermos a produzi-la", afirma. Além de expandir as unidades, novos prédios estão nos planos.
O Ministério da Saúde deve decidir neste mês a instituição parceira para produzir a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), a primeira para efetivamente prevenir contra o câncer.
"Temos uma proposta de transferência de tecnologia com o laboratório Merck, que, por estudos publicados no mundo, faz a melhor vacina, e que está presente em 90% dos países que a compram."
O ministério tem também a opção de produzi-la com a Biomanguinhos (que é do Rio e pertence ao governo federal), em associação com a farmacêutica GFK.
PEIXE IMPORTADO
A entrada de pescados no mercado brasileiro bateu recorde de janeiro a maio. Foram 198,6 mil toneladas. Os maiores vendedores são China, Chile e Vietnã. Na contramão, as exportações tiveram recuo --14 mil toneladas, menos de um terço do que o país vendia há dez anos.
"O envelhecimento da frota de pesca e as dificuldades na liberação de parques aquícolas são os maiores entraves", diz Armando Burle, do Conepe (conselho do setor).
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, diz que o governo busca saídas, como financiamento para modernização da frota e desburocratização de projetos de aquicultura.
O crescimento das importações também é impulsionado pelo interesse do brasileiro nos chamados peixes selvagens, como os provenientes do Alasca. Desde que se instalou no Brasil em 2011, o ASMI (a agência de promoção de peixes do Alasca) diz que a comercialização subiu de 31 toneladas naquele ano para 534 toneladas em 2012.
"Os números são pequenos, mas podem crescer pela demanda que há", afirma José Madeira, diretor do ASMI.
CARTA DAS TERMELÉTRICAS
O setor de carvão mineral encaminhou um documento aos governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul para receber mais apoio na produção energética brasileira.
Os Estados concentram mais de 99% das reservas de carvão mineral e sediam parte das usinas termelétricas em operação no país.
Empresários, políticos da região e membros de entidades assinaram um pedido para a criação de políticas públicas de incentivo à indústria.
O presidente da ABCM (Associação Brasileira do Carvão Mineral), Fernando Zancan, diz que os Estados deveriam adotar a desoneração do ICMS sobre a venda da energia. No Rio Grande do Sul, a incidência é de 12%.
"Estamos pedindo isonomia em relação às outras fontes. As eólicas têm uma variedade de incentivos", diz ele.
O segmento, que foi incluído em um novo leilão para o segundo semestre após cerca de quatro anos de intervalo, também já enviou pedidos ao governo federal.
INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA
O Senai busca na Alemanha o modelo que ajudará a entidade a estruturar, no Brasil, a rede de inovação tecnológica de apoio à indústria.
Uma missão formada por presidentes de federações das indústrias de 14 Estados participa hoje e amanhã, em Berlim, de encontros com técnicos do Instituto Fraunhofer, reconhecido por seu trabalho de pesquisa aplicada.
"O Fraunhofer tem a melhor experiência no mundo em sistema de transferência de tecnologia para a indústria", diz o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, que também dirige a área de educação da Confederação Nacional da Indústria.
Inicialmente, serão 24 institutos de inovação nas diversas áreas da indústria em 14 Estados brasileiros. O primeiro, de eletroquímica, deve operar neste ano no Paraná.
A ideia é que, por meio da inovação tecnológica, os institutos auxiliem a indústria brasileira a ganhar competitividade, com produtos de maior valor agregado.
Posso... Criada pela TAM para auxiliar a responder dúvidas online, a atendente virtual batizada como Julia fez 71 mil interações com clientes em duas semanas. O canal trata de questões como compra de passagens, entre outras.
...ajudar? Foram respondidas 221.896 perguntas pelo sistema de inteligência artificial (82% dos questionamentos). A Gol, que lançou a robô Gal em dezembro do ano passado, diz registrar 250 mil atendimentos por mês.
Destino... A partir do dia 23 de julho, a companhia aérea Azul colocará em operação um voo direto entre as cidades de Belém e Carajás, no Pará. Atualmente, a ligação entre os dois municípios é feita com uma escala em Marabá.
...mineral A companhia aérea afirma que a criação da nova rota direta entre as duas cidades tem como objetivo principal impulsionar os negócios da região, que é rica, sobretudo, em projetos da área de mineração.
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