FOLHA DE SP - 20/07
BRASÍLIA - A presidente da República, governadores e prefeitos tiveram suas taxas de popularidade avariadas pelos protestos de junho, como mostrou a pesquisa Datafolha do final do mês passado.
Agora, dois outros levantamentos divulgados nesta semana mostram um grau de deterioração similar. No caso de Dilma Rousseff, as pesquisas da CNT e do Ibope indicam que a petista parece ter estacionado no patamar de 30% das intenções de votos na disputa pelo Planalto em 2014.
A primeira pesquisa a detectar a grande queda de Dilma foi a do Datafolha, cujos dados começaram a ser coletados em 27 de junho. Os levantamentos seguintes foram realizados de 7 a 10 deste mês (CNT) e de 11 a 14 (Ibope). Embora com metodologias diferentes, os três estudos colocam a atual presidente na mesma faixa dos 30% nos cenários mais prováveis da corrida sucessória.
Tudo indica que se formou um remanso para Dilma Rousseff. Ela parou de cair. Não há dados conhecidos para todos os governadores e prefeitos, mas o mais provável é que o remanso seja quase geral. Os brasileiros estavam irritados. Foram às ruas e protestaram. Desidrataram o nível de confiança que depositavam nos políticos. Agora, vão esperar um pouco para ver o que acontece.
Para Dilma, a notícia é boa e ruim ao mesmo tempo. A parte positiva é ter estancado a sua queda. A negativa é que está perigosamente estacionada numa faixa em que pode ser superada pela soma das intenções de voto dos demais adversários.
A oposição emerge ainda frágil e com um sinal amarelo para candidatos do establishment como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Até porque, quem mais se beneficiou até agora da derrapada de Dilma foi um nome da terceira via, a verde Marina Silva e sua Rede.
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