O GLOBO - 31/07
Nos últimos dias, as manifestações que agitam o Brasil têm levado às ruas uma enxurrada de demandas. Segundo analistas políticos e sociólogos, essas manifestações representam um basta e, ao mesmo tempo, a exigência de soluções efetivas, sustentadas na boa gestão dos recursos públicos.
Por atuar há muitos anos no setor de saneamento ambiental, acompanho esse movimento tentando encontrar sinais de indignação da sociedade pelo fato de que, entre outras deficiências do setor de saneamento, 100 milhões de brasileiros não tenham esgoto tratado, e que, em função disso, aproximadamente 9 milhões de m³ de esgoto sem tratamento sejam descarregados diariamente em rios, mananciais e praias, além da contaminação de solos.Tudo isso com impactos diretos e relevantes na saúde da população.
A surpresa surgiu no dia 26 de junho, quando as comunidades da Rocinha e Vidigal marcharam até o Leblon, carregando bandeiras, cartazes e faixas reivindicando saneamento e saúde. Junto disso, declarações muito lúcidas dos organizadores afirmando: "de que adianta colocar teleférico e escada rolante, se temos lugares com esgoto a céu aberto na comunidade?" Uma boa pergunta: por que a universalização dos serviços de água e esgoto no Brasil nunca foi prioridade na agenda política do país? Saneamento e saúde, com lembram as comunidades da Rocinha e do Vidigal, andam juntos.Um não vive sem o outro.
Uma resposta, de pronto, é recorrer a antigos raciocínios segundo os quais "obra enterrada não dá voto...", "prefiro fazer viaduto em vez de obras debaixo da terra..." Mas o setor de saneamento (no qual me incluo) também precisa fazer uma autocrítica e descobrir por que não consegue sensibilizar ou levar aos governos federal, estaduais e municipais propostas objetivas que, seguramente, teriam apoio de todos, fazendo com que percepções como as da comunidades da Rocinha e do Vidigal invadissem o Brasil.
Qual a nossa falha? Como mudar?
Alguns pontos sobre os quais vale a pena pensar: Necessidade de articulação e coordenação institucional.
Criação de um ente incumbido de vocalizar as demandas do setor, promovendo uma agenda consensual. Ao contrário do que existe hoje com entidades que encaminham os temas estruturantes do setor de forma isolada e não holística.
São mais do que conhecidos os diagnósticos e propostas para determinar um verdadeiro avanço institucional promovendo uma nova fase no saneamento brasileiro.
Faltam aos governos e à iniciativa privada coragem e/ou vontade política para começar a mudar.
As reivindicações das comunidades da Rocinha e do Vidigal precisam ser levadas em conta.
Por atuar há muitos anos no setor de saneamento ambiental, acompanho esse movimento tentando encontrar sinais de indignação da sociedade pelo fato de que, entre outras deficiências do setor de saneamento, 100 milhões de brasileiros não tenham esgoto tratado, e que, em função disso, aproximadamente 9 milhões de m³ de esgoto sem tratamento sejam descarregados diariamente em rios, mananciais e praias, além da contaminação de solos.Tudo isso com impactos diretos e relevantes na saúde da população.
A surpresa surgiu no dia 26 de junho, quando as comunidades da Rocinha e Vidigal marcharam até o Leblon, carregando bandeiras, cartazes e faixas reivindicando saneamento e saúde. Junto disso, declarações muito lúcidas dos organizadores afirmando: "de que adianta colocar teleférico e escada rolante, se temos lugares com esgoto a céu aberto na comunidade?" Uma boa pergunta: por que a universalização dos serviços de água e esgoto no Brasil nunca foi prioridade na agenda política do país? Saneamento e saúde, com lembram as comunidades da Rocinha e do Vidigal, andam juntos.Um não vive sem o outro.
Uma resposta, de pronto, é recorrer a antigos raciocínios segundo os quais "obra enterrada não dá voto...", "prefiro fazer viaduto em vez de obras debaixo da terra..." Mas o setor de saneamento (no qual me incluo) também precisa fazer uma autocrítica e descobrir por que não consegue sensibilizar ou levar aos governos federal, estaduais e municipais propostas objetivas que, seguramente, teriam apoio de todos, fazendo com que percepções como as da comunidades da Rocinha e do Vidigal invadissem o Brasil.
Qual a nossa falha? Como mudar?
Alguns pontos sobre os quais vale a pena pensar: Necessidade de articulação e coordenação institucional.
Criação de um ente incumbido de vocalizar as demandas do setor, promovendo uma agenda consensual. Ao contrário do que existe hoje com entidades que encaminham os temas estruturantes do setor de forma isolada e não holística.
São mais do que conhecidos os diagnósticos e propostas para determinar um verdadeiro avanço institucional promovendo uma nova fase no saneamento brasileiro.
Faltam aos governos e à iniciativa privada coragem e/ou vontade política para começar a mudar.
As reivindicações das comunidades da Rocinha e do Vidigal precisam ser levadas em conta.
2 comentários:
Pois é...
Em 2002, iludido por propaganda enganosa, o eleitor brasileiro, em sua maioria, escolheu Lula. Em 2006, confirmou essa escolha e, em 2010, ainda iludido, triplicou a aposta escolhendo Dilma Rousseff.
No entanto, em cada oportunidade, uma avaliação objetiva e rigorosa teria indicado outro caminho. Como esperar um bom resultado quando se entrega o governo de um país tão complexo como o Brasil a pessoas tão despreparadas e inexperientes?
A partir de agora, o que deverá ser corrigido, somado ao que deverá ser criado, exigirá enorme competência e, sobretudo, liderança e honestidade.
Que tal, em 2014, corrigir nosso rumo?
Que tal, dessa vez, escolher um líder comprovado que já demonstrou sua capacidade para enfrentar e superar enormes desafios: externos, internos, políticos e econômicos?
Que tal garantir-lhe uma vitória consagradora que permita dispensar alianças espúrias?
Que tal escolher Fernando Henrique Cardoso e começar, desde já, a trabalhar com afinco para elegê-lo?
Ah, e por falar em Rocinha, bela bunda deixastes óh Oscar, que embelezou tanto quanto a sua face oculta! Vç., que agora aí em cima habita(sei não, tenho minhas dúvidas),por que não exigistes antes de fazer a sua passarela, que se fizesse antes as obras de infra-estruturação da Rocinha. Sua face socialista nunca me enganou!! Tu vais dizer que os Cieps foi para o povão, mas o Lelé, com o dinheiro de um Cieps fez 15 escolas!, e por falar em moradias de baixa renda, cadê seus estudos... nunca vi nenhum! Seu museu do mac é um simples parafuso sem fenda. Sua esplanada dos ministérios estão arestadas de maneira errada, para gente pior ainda!!
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