O GLOBO - 31/07
Em recente entrevista ao GLOBO, a atriz francesa Jeanne Moreau deixou de lado a figura de mito do cinema e definiu-se como "apenas uma mulher".
E foi além, com a segurança de quem tem 85 anos: "Como qualquer mulher, aliás, como qualquer ser humano, vou morrer um dia." A clareza com que a atriz, uma das mais bonitas da história da França, lida com a finitude da vida chama a atenção.
Outras estrelas do cinema sempre cobradas por sua aparência física, como Catherine Deneuve, Isabella Rossellini e Juliette Binoche, declaram reiteradamente que o envelhecimento é um processo natural da vida.
Parece-me que a verdadeira questão proposta por estas mulheres é como queremos envelhecer. Esta é uma discussão premente em um mundo que hipervaloriza a juventude e cuja ciência apregoa que os recém-nascidos de hoje passarão com facilidade dos 100 anos de vida.
Da mitologia da Grécia Antiga às celebridades televisivas do século XXI, a Humanidade sempre foi deslumbrada pelo belo. Como preconiza o aristocrático e hedonista Lorde Henry Wotton, personagem do genial Oscar Wilde em "O Retrato de Dorian Gray", a beleza é tão efêmera quanto sedutora, "mais elevada que a inteligência, pois dispensa explicação".
Basta botar os olhos sobre uma imagem dos anos 60 de Elizabeth Taylor ou Marlon Brando para dar razão a Wotton.
Contraditoriamente - ou até por isto mesmo - caminhamos a passos largos para a sociedade mais idosa de nossos 500 anos. Segundo dados do IBGE, o número de brasileiros com mais de 60 anos dobrou nas últimas duas décadas.
Na busca por este bem viver que a idade exige, ganha espaço a fórmula que une alimentação saudável, exercícios físicos frequentes e acompanhamento médico. Arrisco completar esta lista com o maior acesso às cirurgias plásticas. O Brasil é próspero em talentos na cirurgia estética. Alguns dos melhores profissionais do mundo são brasileiros e nossa técnica é reproduzida em diversos países.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, concluída recentemente, mostrou que o Brasil permanece em segundo lugar no ranking mundial em número de cirurgias, sejam reparadoras ou estéticas, atrás apenas dos Estados Unidos: 900 mil em um ano. Isso significa um crescimento de 25% desde 2007 e o dobro desde 2000.
Plásticas podem ajudar, mas não são respostas em si mesmas. Há que se manter o intelecto interessado e interessante.
Por ocasião de seus 80 anos, um jornalista perguntou à atriz Fernanda Montenegro como era envelhecer, ao que ela respondeu, sem titubear: "É melhor do que não envelhecer." Touché!
E foi além, com a segurança de quem tem 85 anos: "Como qualquer mulher, aliás, como qualquer ser humano, vou morrer um dia." A clareza com que a atriz, uma das mais bonitas da história da França, lida com a finitude da vida chama a atenção.
Outras estrelas do cinema sempre cobradas por sua aparência física, como Catherine Deneuve, Isabella Rossellini e Juliette Binoche, declaram reiteradamente que o envelhecimento é um processo natural da vida.
Parece-me que a verdadeira questão proposta por estas mulheres é como queremos envelhecer. Esta é uma discussão premente em um mundo que hipervaloriza a juventude e cuja ciência apregoa que os recém-nascidos de hoje passarão com facilidade dos 100 anos de vida.
Da mitologia da Grécia Antiga às celebridades televisivas do século XXI, a Humanidade sempre foi deslumbrada pelo belo. Como preconiza o aristocrático e hedonista Lorde Henry Wotton, personagem do genial Oscar Wilde em "O Retrato de Dorian Gray", a beleza é tão efêmera quanto sedutora, "mais elevada que a inteligência, pois dispensa explicação".
Basta botar os olhos sobre uma imagem dos anos 60 de Elizabeth Taylor ou Marlon Brando para dar razão a Wotton.
Contraditoriamente - ou até por isto mesmo - caminhamos a passos largos para a sociedade mais idosa de nossos 500 anos. Segundo dados do IBGE, o número de brasileiros com mais de 60 anos dobrou nas últimas duas décadas.
Na busca por este bem viver que a idade exige, ganha espaço a fórmula que une alimentação saudável, exercícios físicos frequentes e acompanhamento médico. Arrisco completar esta lista com o maior acesso às cirurgias plásticas. O Brasil é próspero em talentos na cirurgia estética. Alguns dos melhores profissionais do mundo são brasileiros e nossa técnica é reproduzida em diversos países.
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, concluída recentemente, mostrou que o Brasil permanece em segundo lugar no ranking mundial em número de cirurgias, sejam reparadoras ou estéticas, atrás apenas dos Estados Unidos: 900 mil em um ano. Isso significa um crescimento de 25% desde 2007 e o dobro desde 2000.
Plásticas podem ajudar, mas não são respostas em si mesmas. Há que se manter o intelecto interessado e interessante.
Por ocasião de seus 80 anos, um jornalista perguntou à atriz Fernanda Montenegro como era envelhecer, ao que ela respondeu, sem titubear: "É melhor do que não envelhecer." Touché!
Nenhum comentário:
Postar um comentário