Resumo do capítulo anterior: há seis meses um amigo escritor de novelas estava vivendo na vida real um dramalhão que nunca havia lhe passado pela imaginação de ficcionista. Depois de 25 anos de convivência, sua fiel cozinheira Luzia - que ele considera a verdadeira mulher de sua vida, pois sobreviveu a três esposas diferentes - lhe confessou que, aos 20 anos, mãe solteira e desempregada, dera à luz duas meninas. E, sem recursos e sem família, num gesto extremo, aceitara dar as filhas em adoção para o médico que a acompanhara na gravidez e no parto, casado com uma pediatra que amava crianças, mas não podia ter filhos.
O trato era lhes entregar as meninas quando fizessem dois meses, se comprometendo a nunca mais procurá-las. Mas quanto mais se aproximava a data fatal mais Luzia sofria e hesitava, e, no último momento, com o coração partido, decidiu ficar com uma das gêmeas e entregar a outra aos pais adotivos.
Mudou de cidade e durante trinta anos trabalhou duro no fogão para criar e dar uma boa educação à filha, que se casou e lhe deu um neto. Mas todo esse tempo, mesmo mantendo a promessa de não se aproximar da filha adotada, o coração de mãe de Luzia sempre a acompanhou à distancia, sabia que era médica, casada e mãe de dois filhos. Quando soube que seu pai adotivo morrera e a mãe sofria de Alzheimer, Luzia decidiu que era hora de conhecer a filha e os netos.
Mas não podia telefonar ou bater na sua porta dizendo "mamãe chegou". O escritor se dispôs a escrever uma carta de Luzia para a filha contando toda a história e lhe revelando, como nas novelas, a sua mãe biológica. Seria a sua mais arriscada e delicada missão dramatúrgica da vida real: escrever a carta em que Luzia contava à filha toda a verdade. E esperar o próximo capítulo.
Depois de duas semanas, o telefone tocou. Mas era o marido, furioso, agredindo e humilhando Luzia, dizendo que a esposa não queria conhecer a cozinheira que a abandonara. Nunca!
Cinco meses depois, inspirada pelo drama da Aisha de "Salve Jorge", a filha ligou para Luzia. Choraram e conversaram por uma hora. E vão se encontrar no Dia das Mães.
O trato era lhes entregar as meninas quando fizessem dois meses, se comprometendo a nunca mais procurá-las. Mas quanto mais se aproximava a data fatal mais Luzia sofria e hesitava, e, no último momento, com o coração partido, decidiu ficar com uma das gêmeas e entregar a outra aos pais adotivos.
Mudou de cidade e durante trinta anos trabalhou duro no fogão para criar e dar uma boa educação à filha, que se casou e lhe deu um neto. Mas todo esse tempo, mesmo mantendo a promessa de não se aproximar da filha adotada, o coração de mãe de Luzia sempre a acompanhou à distancia, sabia que era médica, casada e mãe de dois filhos. Quando soube que seu pai adotivo morrera e a mãe sofria de Alzheimer, Luzia decidiu que era hora de conhecer a filha e os netos.
Mas não podia telefonar ou bater na sua porta dizendo "mamãe chegou". O escritor se dispôs a escrever uma carta de Luzia para a filha contando toda a história e lhe revelando, como nas novelas, a sua mãe biológica. Seria a sua mais arriscada e delicada missão dramatúrgica da vida real: escrever a carta em que Luzia contava à filha toda a verdade. E esperar o próximo capítulo.
Depois de duas semanas, o telefone tocou. Mas era o marido, furioso, agredindo e humilhando Luzia, dizendo que a esposa não queria conhecer a cozinheira que a abandonara. Nunca!
Cinco meses depois, inspirada pelo drama da Aisha de "Salve Jorge", a filha ligou para Luzia. Choraram e conversaram por uma hora. E vão se encontrar no Dia das Mães.
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