FOLHA DE SP - 10/05
Compra da Marítima pela Yasuda Seguros é aprovada
A compra do controle acionário da Marítima Seguros pela Sompo Japan Insurance, por meio de sua subsidiária Yasuda Seguros, foi aprovado pelos órgãos reguladores do Brasil: o Cade, a ANS e, por último, a Susep.
Falta ainda a aprovação do Financial Services Agency, o órgão regulador do Japão.
Para aumentar a participação para 88,2% das ações da Marítima Seguros, a Yasuda aportou cerca de R$ 200 milhões. Em 2009, a seguradora já havia adquirido 50% das ações ordinárias por aproximadamente R$ 336 milhões.
As marcas continuarão a operar de forma separada.
Em princípio, a gestão também permanece como está.
"A nossa meta agora é crescer 20% em cada seguradora, cada uma em sua especialidade", afirma Luiz Macoto, vice-presidente da Yasuda.
O forte da Marítima são os seguros individuais (automóveis e residências), além do seguro saúde, que também atende empresas.
Toda a operação de saúde será feita apenas pela Marítima, uma vez que a Yasuda não opera nessa área.
"O DNA da Yasuda é o seguro corporativo, como o de frotas de empresas", diz.
"Em 2012, a Marítima já havia crescido 15%. Para este ano, temos a meta de 20%, uma expansão linear em todos os segmentos, acima dos 15% projetados para o mercado", diz Francisco Caiuby Vidigal Filho, diretor-presidente da Marítima Seguros.
R$ 413,8 milhões
foram os valores pagos (prêmio líquido) pelos segurados à Yasuda Seguros em 2012
R$ 27,7 milhões
foi o lucro líquido da empresa
R$ 1,7 bilhão
foi o resultado consolidado em prêmio do grupo Marítima no ano passado
LUPA NO LEITE
Após a prisão de um grupo suspeito de colocar ureia em leite no Rio Grande do Sul, a secretaria estadual de Agricultura decidiu fazer mudanças na cadeia produtiva.
A pasta quer que a indústria de envase tenha controle mais rígido das transportadoras autônomas que recolhem leite com produtores rurais.
Oito pessoas ligadas a cinco empresas foram presas anteontem sob a suspeita de que adicionavam água e ureia no produto antes que fossem levados às indústrias.
Dessa forma, lucravam com o volume a mais que era vendido, segundo as investigações. A ureia, composta por formol, disfarçava a perda nutricional nas fiscalizações.
Hoje, segundo a secretaria de Agricultura, a indústria terceiriza o serviço sem acompanhar todo o processo nem assumir responsabilidade sobre eventuais problemas das transportadoras contratadas.
Propostas de mudanças ainda precisam passar pela câmara que reúne entidades do setor no Estado.
O sindicato da indústria de laticínios diz em nota que o setor se empenha para ter produtos de alta qualidade.
NÚMEROS DA OPERAÇÃO
4 MARCAS
tiveram lotes adulterados, segundo o Ministério da Agricultura: Italac, Líder, Mumu e Latvida
100 MILHÕES
de litros é a estimativa de leite transportado entre abril de 2012 e maio de 2013 pelas empresas suspeitas
600 MIL
litros de leite tiveram a adulteração comprovada
Distribuidora de remédios investe R$ 20 mi em centro logístico
A Genésio A. Mendes, empresa catarinense que faz distribuição de medicamentos, vai investir R$ 20 milhões em um centro de logística em Santa Cruz do Sul (cerca de 160 quilômetros a oeste de Porto Alegre).
O Rio Grande do Sul é o principal mercado da companhia. O Estado gera 50% do faturamento, mas é atendido pelo centro de distribuições de Santa Catarina.
"Trabalhamos com a ideia de que o empreendimento ajudará a aumentar a receita no Estado em 50% dentro de cinco anos ", afirma Luís Augusto Nuernberg, diretor da empresa.
O galpão terá capacidade para armazenar até 3 milhões de unidades de medicamentos e perfumes por mês, segundo Nuernberg.
As obras devem começar no final de julho. O cronograma prevê que elas sejam concluídas até o segundo semestre de 2014.
No ano passado, a Genésio A. Mendes teve um faturamento de R$ 700 milhões.
NÚMEROS DA EMPRESA
R$ 700 milhões
foi o faturamento da companhia no ano passado
50%
da receita é gerada no Rio Grande do Sul
35%
em Santa Catarina
15%
no Paraná
R$ 20 milhões
serão investidos no CD
SENHORA PETROBRAS
A Petrobras começa a divulgar hoje uma enorme campanha em comemoração aos seus 60 anos.
Os anúncios vão frisar que a produção no pré-sal sairá de 300 mil barris ao dia para um milhão em 2017 e que o investimento até lá será de US$ 236 milhões.
"Filmamos mais de 150 funcionários da empresa, com cinco equipes de gravação. Fomos às cinco regiões do país e gravamos em mais de 20 cidades brasileiras", diz Flavio Medeiros, diretor de criação da Heads Propaganda, do Rio de Janeiro, responsável pelo trabalho.
A presidente Graça Foster não aparece na campanha.
Após tratar do momento atual da Petrobras, as peças contam a história de pessoas que trabalham na companhia, como a primeira mulher a comandar um navio brasileiro, Hildelene Lobato Bahia.
Os anúncios serão veiculados em quase 300 jornais, 200 rádios e nas principais emissoras em todo o país, segundo Medeiros.
SEM FÚRIA NO ESCRITÓRIO
O valor dos aluguéis de imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo subiram 18,7% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012, segundo pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield.
Na comparação com os últimos três meses do ano passado, a variação foi de 0,5 ponto percentual.
"Houve um momento de fúria no mercado, mas agora a tendência é de redução nos preços, mesmo com essa alta registrada", afirma Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da Cushman para a América Latina.
A média do metro quadrado ficou em R$ 120,1 ao mês.
"A projeção até o final deste ano é de pouca variação no valor. Caso ocorra, será para baixo. Acredito que o mercado atingiu um bom preço", diz o executivo.
A região da Faria Lima, onde o metro quadrado custa cerca de R$ 190, é a mais cara da capital. Em segundo lugar, aparece o Itaim, com R$ 149,84 em média.
REVOLTA DAS FERRAMENTAS
O Sinafer (sindicato da indústria de ferramentas de São Paulo) conseguiu suspender na Justiça a obrigação de que empresas do setor informem o valor de importações em suas notas fiscais.
A decisão provisória, prevista para ser publicada hoje no "Diário da Justiça" do Estado, libera as 2.400 indústrias associadas ao sindicato de seguirem uma norma definida pelo Senado em 2012.
A obrigação passou a valer no dia 1º. Para o Sinafer, divulgar o valor de importação permitiria identificar a margem de lucro das empresas e suas estratégias comerciais.
"[A medida] é apenas a exposição de um dado que fere completamente o sigilo comercial, previsto em lei", afirma o presidente do Sinafer, Milton Pessôa Rezende.
Outros setores tiveram decisões judiciais semelhantes.
A Resolução 13 do Senado estabelece alíquota de 4% do ICMS em todos os Estados para bens importados.
Contratos Cerca de R$ 95 milhões em negócios foram fechados nas rodadas de negócios da Apex-Brasil durante a Apas 2013, feira de supermercados que terminou ontem na cidade de São Paulo.
Música Paraty (RJ) será incluída na Mimo, festival de música, neste ano. Ouro Preto (MG) e Olinda (PE) também recebem o evento. Na cidade pernambucana, a última edição movimentou R$ 8 milhões.
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