O nome é curioso: Comissão Nacional da Verdade. Sugere que essa entidade, criada recentemente, surgiu para fornecer à nação algo que lhe faltava. Ou seja, informações sobre fatos que lhe eram escondidos. E, na verdade, é certo que, no Brasil como em muitos outros países, para não dizer todos, os agentes do Estado costumam manter em segredo fatos e processos que não consideram merecedores de divulgação. Porque, é impossível negar, são coisas feias.
A nossa comissão trata exclusivamente dos métodos e procedimentos usados pelo regime militar para combater ações de cidadãos que não gostavam deles. Há mérito nessa iniciativa: a ditadura militar, estabelecida para impedir que o país, como os generais sinceramente acreditavam, caísse nas mãos de políticos comunistas, agiu com mão de ferro na repressão aos seus adversários.
A Comissão da Verdade tem mérito evidente. Não se trata - pelo menos, assim se espera - de uma entidade revanchista. Não se trata de uma caçada a membros do governo militar. Ninguém fala nisso. O objetivo da comissão é relatar o que aconteceu, simplesmente para evitar que aconteça novamente. Uma prova disso está nas boas relações dos membros da comissão com o Ministério da Defesa e os comandos militares.
Paulo Sérgio Pinheiro, que está deixando a coordenação da comissão, afirma que não há atrito com os comandos militares. Ele fala num "diálogo discreto" entre os pesquisadores e as Forças Armadas. O que certamente é facilitado pelo fato de que os militares de hoje são de uma geração posterior à daqueles que participaram da repressão aos adversários do regime militar.
E ninguém fala em punir os chefes militares daquele tempo. O que, obviamente, é facilitado pelo fato de que quase todos já morreram. Há outro objetivo, mais difícil: rever o ensino de História nas academias militares, onde o regime militar é tratado com, pode-se dizer, muito mais simpatia do que acontece nas universidades civis.
O trabalho da Comissão da Verdade é obviamente necessário: vale a pena, a propósito, lembrar o que já foi dito há bastante tempo: quem esquece episódios históricos desagradáveis corre o risco de repeti-los.
A nossa comissão trata exclusivamente dos métodos e procedimentos usados pelo regime militar para combater ações de cidadãos que não gostavam deles. Há mérito nessa iniciativa: a ditadura militar, estabelecida para impedir que o país, como os generais sinceramente acreditavam, caísse nas mãos de políticos comunistas, agiu com mão de ferro na repressão aos seus adversários.
A Comissão da Verdade tem mérito evidente. Não se trata - pelo menos, assim se espera - de uma entidade revanchista. Não se trata de uma caçada a membros do governo militar. Ninguém fala nisso. O objetivo da comissão é relatar o que aconteceu, simplesmente para evitar que aconteça novamente. Uma prova disso está nas boas relações dos membros da comissão com o Ministério da Defesa e os comandos militares.
Paulo Sérgio Pinheiro, que está deixando a coordenação da comissão, afirma que não há atrito com os comandos militares. Ele fala num "diálogo discreto" entre os pesquisadores e as Forças Armadas. O que certamente é facilitado pelo fato de que os militares de hoje são de uma geração posterior à daqueles que participaram da repressão aos adversários do regime militar.
E ninguém fala em punir os chefes militares daquele tempo. O que, obviamente, é facilitado pelo fato de que quase todos já morreram. Há outro objetivo, mais difícil: rever o ensino de História nas academias militares, onde o regime militar é tratado com, pode-se dizer, muito mais simpatia do que acontece nas universidades civis.
O trabalho da Comissão da Verdade é obviamente necessário: vale a pena, a propósito, lembrar o que já foi dito há bastante tempo: quem esquece episódios históricos desagradáveis corre o risco de repeti-los.
Nenhum comentário:
Postar um comentário