No fim tudo se ajeita. Com palanques unificados ou diversificados, PT e PMDB estarão juntos em torno da eleição presidencial de 2014 se assim for considerado da conveniência de cada um deles.
Embora dependa muito mais do êxito da administração Dilma Rousseff, das artimanhas do ex-presidente Lula e da popularidade de ambos para ganhar, ao PT interessa a companhia da, ainda, mais bem plantada máquina partidária País afora.
Dilma não ganhou em 2010 porque Michel Temer era seu vice, entenda-se. Ninguém está dizendo isso. Mas a ajuda do PMDB - em acréscimo de tempo de televisão no horário eleitoral e/ou em engajamento das "bases" regionais - foi essencial notadamente por não estar nas mãos do adversário.
O PMDB por si não ganha nada. Fazia parte da chapa de José Serra em 2002, lembre-se. À labuta de lançar candidatura própria prefere o conforto da carona no barco que lhe parece com mais chance de atracar no porto seguro.
Por ora o que representa essa segurança é a candidatura de Dilma à reeleição ou qualquer outra arquitetura que Lula resolva montar para 2014. Em qualquer caso o PMDB é aliado valioso.
Portanto, deve-se conferir peso relativo aos termos em que estão sendo discutidas nessa etapa da largada as alianças dos dois parceiros nos Estados, notadamente nos três maiores e mais importantes colégios eleitorais, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.
Ambos almejam candidaturas próprias para governador. É natural que quem tem o comando da disputa nacional queira assegurar o chamado "palanque único". Ao mesmo tempo, o PMDB não pode relaxar ao ponto de sempre abrir mão em prol do PT.
Se for compassivo em excesso corre o risco de, ao longo do tempo, ir se enfraquecendo e perder seu grande patrimônio que é o poder local. Este permite a formação de grandes bancadas na Câmara e no Senado e lhe assegura influência no plano nacional.
Daí a necessidade de fazer seu jogo na medida do conveniente e, quando possível, mediante acordo de boa convivência, disputando com o PT. Normal, então, que petistas e pemedebistas nessa altura estejam marcando território.
Em São Paulo o PMDB ensaia apresentar candidato e o PT diz que não desiste: quer disputar para levar adiante o projeto de desalojar o PSDB do governo do Estado depois de lhe tirar poder sobre a prefeitura da capital. Aqui, tudo indica, se houver confronto, o PT leva a melhor.
No Rio o PMDB tem o governo no Estado que, por sua vez, tem candidato: o vice do governador Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, figura querida, eficiente, distante de escândalos, prestigiada no Palácio do Planalto, mas, segundo os enfronhados na política fluminense, sem o que se convenciona chamar de densidade eleitoral para dizer que a pessoa não tem votos.
O PT tem o senador Lindbergh Farias, eleito senador em 2010 vindo de dois mandatos como prefeito na baixada fluminense e, portanto, já devidamente testado e bemsucedido nas urnas.
Além disso, os petistas já abriram mão da candidatura de Lindbergh para o governo há dois anos e o partido sofre até hoje o trauma da intervenção da direção nacional em favor de uma aliança com Anthony Garotinho. Aqui a probabilidade é a de que haja dois palanques ou que o PT consiga impor sua vontade, mas não será fácil.
Em Minas, o PMDB cedeu na eleição municipal. Havia vencido uma duríssima queda de braço na disputa anterior, quando o PT tirou o time e foi à derrota com Hélio Costa. Dificilmente vai querer repetir a fórmula.
Nada disso abalou a aliança em torno do grande prêmio que é a Presidência da República, vale dizer, acesso irrestrito à máquina federal.
Se for de interesse de ambos, PT e PMDB podem brincar separados o carnaval de 2014 nos Estados e, mesmo assim, preservar os termos do acordo pela conquista do prêmio principal.
Embora dependa muito mais do êxito da administração Dilma Rousseff, das artimanhas do ex-presidente Lula e da popularidade de ambos para ganhar, ao PT interessa a companhia da, ainda, mais bem plantada máquina partidária País afora.
Dilma não ganhou em 2010 porque Michel Temer era seu vice, entenda-se. Ninguém está dizendo isso. Mas a ajuda do PMDB - em acréscimo de tempo de televisão no horário eleitoral e/ou em engajamento das "bases" regionais - foi essencial notadamente por não estar nas mãos do adversário.
O PMDB por si não ganha nada. Fazia parte da chapa de José Serra em 2002, lembre-se. À labuta de lançar candidatura própria prefere o conforto da carona no barco que lhe parece com mais chance de atracar no porto seguro.
Por ora o que representa essa segurança é a candidatura de Dilma à reeleição ou qualquer outra arquitetura que Lula resolva montar para 2014. Em qualquer caso o PMDB é aliado valioso.
Portanto, deve-se conferir peso relativo aos termos em que estão sendo discutidas nessa etapa da largada as alianças dos dois parceiros nos Estados, notadamente nos três maiores e mais importantes colégios eleitorais, São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.
Ambos almejam candidaturas próprias para governador. É natural que quem tem o comando da disputa nacional queira assegurar o chamado "palanque único". Ao mesmo tempo, o PMDB não pode relaxar ao ponto de sempre abrir mão em prol do PT.
Se for compassivo em excesso corre o risco de, ao longo do tempo, ir se enfraquecendo e perder seu grande patrimônio que é o poder local. Este permite a formação de grandes bancadas na Câmara e no Senado e lhe assegura influência no plano nacional.
Daí a necessidade de fazer seu jogo na medida do conveniente e, quando possível, mediante acordo de boa convivência, disputando com o PT. Normal, então, que petistas e pemedebistas nessa altura estejam marcando território.
Em São Paulo o PMDB ensaia apresentar candidato e o PT diz que não desiste: quer disputar para levar adiante o projeto de desalojar o PSDB do governo do Estado depois de lhe tirar poder sobre a prefeitura da capital. Aqui, tudo indica, se houver confronto, o PT leva a melhor.
No Rio o PMDB tem o governo no Estado que, por sua vez, tem candidato: o vice do governador Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, figura querida, eficiente, distante de escândalos, prestigiada no Palácio do Planalto, mas, segundo os enfronhados na política fluminense, sem o que se convenciona chamar de densidade eleitoral para dizer que a pessoa não tem votos.
O PT tem o senador Lindbergh Farias, eleito senador em 2010 vindo de dois mandatos como prefeito na baixada fluminense e, portanto, já devidamente testado e bemsucedido nas urnas.
Além disso, os petistas já abriram mão da candidatura de Lindbergh para o governo há dois anos e o partido sofre até hoje o trauma da intervenção da direção nacional em favor de uma aliança com Anthony Garotinho. Aqui a probabilidade é a de que haja dois palanques ou que o PT consiga impor sua vontade, mas não será fácil.
Em Minas, o PMDB cedeu na eleição municipal. Havia vencido uma duríssima queda de braço na disputa anterior, quando o PT tirou o time e foi à derrota com Hélio Costa. Dificilmente vai querer repetir a fórmula.
Nada disso abalou a aliança em torno do grande prêmio que é a Presidência da República, vale dizer, acesso irrestrito à máquina federal.
Se for de interesse de ambos, PT e PMDB podem brincar separados o carnaval de 2014 nos Estados e, mesmo assim, preservar os termos do acordo pela conquista do prêmio principal.
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