FOLHA DE SP - 04/06
Flores Online vende parte para gigante americana
A empresa de comércio eletrônico Flores Online, uma das maiores na categoria no país, foi comprada pela americana 1-800-flowers.com e pelo fundo de "private equity" brasileiro BR Opportunities.
Após o negócio, os fundadores ficam com 37%, a americana, com 32,5%, e o fundo BR será dono de 30,5%.
Os investimentos serão usados para expansão nos próximos anos, de acordo com Carlos Miranda, sócio da BR Opportunities.
"A Flores Online tem 14 anos. Já se consolidou. Não é como investir em uma 'start-up' de futuro incerto", diz.
A empresa foi criada nos anos 1990.
A referência foi o modelo de negócio da 1-800-flowers.com, que começou em 1976 como uma pequena floricultura em Nova York. Seu faturamento anual hoje é superior a US$ 700 milhões.
O fundador da marca, Eduardo Casarini, permanecerá à frente da empresa.
Segundo Casarini, serão feitos aportes em tecnologia, logística e comunicação para que a marca amplie a presença no país.
"Por enquanto somos fortes em São Paulo e no Rio. Queremos crescer no Brasil todo", diz Casarini.
Números
US$ 700 milhões é o faturamento aproximado da companhia americana
37% será a participação dos fundadores no negócio
32,5% será a parte da empresa dos EUA
Parceria do Sul
As cooperativas paranaenses Castrolanda e Batavo (que agora utiliza a marca Frísia) pretendem instalar uma fábrica de laticínios no interior de São Paulo.
A coluna apurou com pessoas que participam das negociações que a região de Itapetininga deverá receber a unidade. O investimento ficará em torno de R$ 80 milhões.
A construção da fábrica já foi aprovada pelos associados da Batavo. Os produtores da Castrolanda se reúnem no dia 15 deste mês para votar.
As cooperativas fecharam parceria, há nove meses, para processar leite. As duas reúnem 1.330 associados. Em 2011, a Castrolanda faturou cerca de R$ 1,3 bilhão. A Batavo, R$ 873 milhões.
Depois do corte
O Banco do Brasil alcançou, antes do final de maio, a marca de R$ 1 bilhão de desembolso líquido de crédito para pessoa física no Estado de São Paulo.
O valor, recorde para a instituição, inclui as linhas de empréstimo direto ao consumidor, como consignado, veículo e crediário.
O principal motivo para a obtenção da marca, diz o banco, foi o BomPraTodos, programa criado em abril que reuniu medidas para baixar os juros.
"Com a redução, os clientes aproveitaram para investir em algum projeto", diz Walter Malieni, diretor do BB em São Paulo.
Até a última quinta-feira, o desembolso líquido era de
R$ 1,17 bilhão.
Os outros bancos afirmam não ter disponíveis os dados relativos apenas a São Paulo.
Salgado e doce
A CPQ Brasil, dona da rede Casa do Pão de Queijo, que adquiriu a marca O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo em 2010, terá 50 novas lojas neste ano. Uma parte já foi inaugurada.
A empresa passa a oferecer aos franqueados interessados um modelo com as duas unidades vizinhas e uma única gestão.
"Com um mesmo deslocamento diário para a sua loja, o empreendedor terá a oportunidade de possuir mais de um negócio", afirma Alberto Carneiro Neto, presidente do grupo.
As novas lojas deverão movimentar investimentos de quase R$ 20 milhões, diz.
50 é o número de novas lojas planejadas para 2012
400 é o volume aproximado de unidades atualmente
1.000 são os pontos de venda, entre franquias e licenciamentos
Porta a porta
O Brasil foi o quinto país em volume de negócios de venda direta no ano passado, com US$ 12 bilhões, segundo a WFDSA (Federação Internacional de Vendas Diretas, na sigla em inglês).
Os Estados Unidos apresentaram o valor mais elevado, com US$ 29,8 bilhões.
Em 2011, o total negociado pelo segmento, conhecido principalmente pela comercialização porta a porta, foi de US$ 153,7 bilhões, o que representou aumento de 10% ante o ano anterior.
O número de pessoas que trabalham com venda direta no mundo passou de 74 milhões em 2009 para 91,5 milhões no ano passado.
Os dados serão divulgados hoje nos Estados Unidos pelo presidente da entidade, Alessandro Carlucci, que também é executivo da Natura.
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