FOLHA DE SP - 02/04/12
Bombardier busca componente nacional
A fábrica da Bombardier, que será inaugurada neste mês, em Hortolândia, terá índice de nacionalização de equipamentos superior a 60%, segundo a empresa.
A unidade vai produzir 53 dos 54 trens que compõem o sistema da linha Expresso Monotrilho Leste, prolongamento da linha 2-verde do metrô em São Paulo.
A construção da fábrica de monotrilhos da Bombardier provocou a instalação de outras multinacionais no Brasil para atuarem no fornecimento de peças, segundo o presidente da Bombardier no país, André Guyvarch.
"No processo de produção, estamos contratando muitas brasileiras e estimulando a instalação de internacionais."
Cerca de 15 empresas já fecharam ou ainda vão fechar contratos para fornecer produtos e serviços.
Luminárias, revestimentos plásticos, componentes elétricos, vidros de janelas e portas serão feitos no país.
Uma fabricante portuguesa de bancos deve abrir uma linha no país. A Ceva Logistics acaba de fechar contrato para atuar na unidade.
A nacionalização, segundo Luís Ramos, diretor da empresa, não foi solicitada pelo governo. Foi uma iniciativa da própria Bombardier, para que os fornecedores ficassem mais próximos. É, segundo ele, uma preparação para futuramente exportar.
"Conseguir 70% de localização é ótimo. Nunca é 100%, pois peças muito específicas precisam ser importadas."
ICMS unificado pode elevar preço de têxteis, diz sindicato
O fim da guerra fiscal, na qual os Estados reduzem a cobrança de ICMS para importações que chegam a seus respectivos portos, pode prejudicar o consumidor.
"Sem o incentivo, tudo o que é importado pode ficar mais caro. Quem vai sentir no final é o consumidor", diz o presidente do Sintex (Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau), Ulrich Kuhn.
No caso têxtil, 70% da matéria-prima vem de fora, segundo Kuhn. Em Santa Catarina, o desconto no ICMS para importações chega a nove pontos percentuais.
"As empresas vão ter de repassar o custo", diz.
Os governos de SC e do Espírito Santo, outro Estado afetado com a provável unificação da alíquota interestadual, defendem que a transição dos atuais 12% para 4% seja feita de forma gradual.
"Aí você dilui o aumento dos preços ao longo do tempo", afirma Kuhn.
Para compensar as perdas, o ES também quer apoio federal para obras de infraestrutura, segundo o secretário da Fazenda, Maurício Duque.
Pré-sal tipo exportação
O pré-sal já corresponde a cerca de 10% da produção total da Petrobras.
Desde abril do ano passado, a companhia já exportou 7,7 milhões de barris de petróleo oriundos do pré-sal do campo de Lula.
A operação está localizada na bacia de Santos, em São Paulo, segundo a estatal.
O Chile foi o destino de 4,9 milhões de barris.
O restante foi vendido para refinarias na China, de acordo com a Petrobras.
Segurança Para 83% dos consumidores americanos, o motivo de maior preocupação na hora de fazer pagamentos com novas tecnologias é a segurança com suas informações, segundo a American Express. Para 62%, as taxas são o segundo fator mais relevante.
Alteração na lei Após consulta do governo federal, secretários da Fazenda decidiram enviar documento ao ministério afirmando que são favoráveis à mudança da lei que só permite Estados de origem de mercadorias arrecadarem ICMS de vendas feitas on-line.
Além dos sapatos
A designer de sapatos e acessórios Constança Basto reformulou o negócio que leva seu nome. Depois de 13 anos e dificuldades com antigos sócios, Constança fechou as lojas para reabri-las com um novo parceiro, o artista plástico e economista italiano Lucio Salvatore. Nas últimas semanas, inaugurou cinco unidades próprias no Rio, em SP e Curitiba. A próxima será em Recife. "Estamos de olho em BH, Brasília, Salvador", diz Salvatore. Franquias só em 2013, quando pensa em abrir também em Nova York. "Além de sapatos, teremos bijuterias e produtos como esmalte e delineador", conta Constança, que começou a fazer calçados com um sapateiro aos 15 anos e abriu a primeira loja aos 21, no Rio.
Zagueiro privado
O número de empresas de segurança privada clandestinas caiu no país em 2011, segundo o Sesvesp (sindicato do setor em São Paulo).
"A Polícia Federal fechou 217 irregulares", diz João Palhuca, do Sesvesp. A ação, segundo ele, organiza o setor no momento em que se prepara para trabalhar na Copa. "A Fifa e o comitê organizador só podem contratar as habilitadas para atuar em estádios, hotéis e concentrações." No país há 1.500 legalizadas.
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