domingo, dezembro 04, 2011
O rei do gado - ANCELMO GOIS
O GLOBO - 04/12/11
Daniel Dantas chegou a 600 mil cabeças de boi.
Gente do ramo diz que nem o lendário Tião Maia, brasileiro que foi um dos maiores pecuaristas da Austrália, atingiu esta marca.
JK flertou com EUA
Juscelino Kubitschek se alinhou mais aos EUA que os presidentes da ditadura.
Análise do professor Octavio Amorim Neto, da Ebape-FGV, sobre 5 mil votações na Assembleia da ONU, de 1946 a 2008, mostrou que JK apoiou Washington em 84% das vezes. Já Geisel, 32%. Lula, em 2007 e 2008, concordou em 8% das votações.
Brasil jurássico
Nas obras da ferrovia Transnordestina, que corta Pernambuco, Piauí e Ceará, já foram encontrados milhares de fragmentos de fósseis e peças arqueológicas.
Pesquisadores concentram a atenção na cidade de Missão Velha, CE, onde há indícios de fósseis do período jurássico superior, há cerca de 160 milhões de anos. Já foram achados até vestígios de celacanto, grupo de peixes com nadadeiras articuladas que indicam a evolução para os anfíbios.
Dilma contra o crack
Dilma lança quarta o programa Brasil Contra o Crack.
Eu apoio.
Pediu o boné
Aos 54 anos, o embaixador Marcos Caramuru solicitou aposentadoria.
No tucanato, Caramuru foi importante auxiliar do então ministro Pedro Malan.
Toca dos leões
Daniel Rezende e Wolney Attalla vão rodar o filme “Na toca dos leões”, que marca a estreia de ambos na direção de ficção de longa-metragem.
É baseado no livro homônimo de Fernando Morais sobre o publicitário Washington Olivetto.
TV Globo/Matheus Cabral
O DOMINGO É, em dose dupla, de Fernanda Torres, 46 anos, e Andréa Beltrão, 48, nossas talentosas atrizes que brilham, respectivamente, como Fátima e Sueli no seriado “Tapas & beijos”, da TV Globo. As duas personagens vão, finalmente, se casar com seus namorados, Armane (Vladimir Brichta) e Jorge (Fábio Assunção). O casório vai ao ar no último episódio de 2011, especial que promete fechar com chave de ouro a trama da dupla de vendedoras de vestidos de noivas
Tempos modernos
Marcílio Marques Moreira foi vítima de sofisticado golpe na internet. Invadiram seu e-mail e dispararam mensagens para a lista de contatos do ex-ministro.
Alguns receberam um e-mail em que o falso Marcílio pedia 1.580 libras (uns R$4,5 mil), pois “estava retido num hotel da Escócia, após ter tido dinheiro e documentos roubados”.
Segue...
Marcílio soube da história pela legião de amigos, inclusive do exterior, que queria notícias.
Um deles quase fez o depósito na conta do gatuno.
No mais...
Marcílio era da Comissão de Ética do governo à época da primeira censura do órgão a Carlos Lupi, em 2007. Saiu após Lula defender Lupi, dizendo que seu ministro era “republicano”.
Republicano, para o ex-ministro, assim como em Frei Paulo, é outra coisa.
Fábio Borges participa da mostra “Grupo Perigo-10 anos”, no Centro Cultural Justiça Federal, dia 6.
Fernando Rocha, da Sociedade de Psicanálise-RJ, lança amanhã “Entre-vistas preliminares em psicanálise”.
O subprocurador-geral do MP do Rio, Carlos Roberto Jatahy, recebe dia 8 o Colar do Mérito do TJ.
Márcio Alemany, da Apaferj, comandou a festa de fim de ano dos procuradores no Real Astoria.
Amanhã, Eliomar Coelho entrega a Rodrigo Ferrari Medalha Pedro Ernesto.
Teresa Bergher entrega título de cidade irmã a Ramat Gun, amanhã, na Câmara do Rio.
Dia 13, Marcos Arzua lança “Turismo no Rio, uma odisseia por espaços sustentáveis”, no Marimbás.
Cerveja pacificada
O Rio Botequim 2012 (Casa da Palavra) incluiu, pela primeira vez, bares em favelas com UPP.
São o Bar do David, no Chapéu Mangueira, e o Bar do Zequinha, no Dona Marta.
Sentaí metido à besta
O Sentaí, tradicional restaurante da Central do Brasil, vai abrir uma filial no Shopping Via Brasil, em Irajá, no Rio.
Guy in Rio
Buddy Guy, 75 anos, o grande guitarrista americano, fará show no Vivo Rio em maio de 2012.
Xuxa já era
Sabe aquele rapazola que se veste de Xuxa, dança e canta “Ilariê” em sinais do Rio em troca de moedas?
Sexta, garimpava trocados num sinal da Avenida Ayrton Sena, na Barra, vestido de... Amy Winehouse.
Loura na favela
Quinta, no “Cow Parade” (é o cacete) na Rocinha, a francesa Catherine Duvigneau, dona da exposição, levava uma escultura de vaca ao Ciep da favela quando... percebeu que era olhada de cima abaixo pela moçada.
Linda, loura, sexy, seguia a pé pela Rua 1 e, com medo, pediu ajuda a um sargento do Bope. Reação do PM: “Dona, a favela tá pacificada, mas não tá morta. É normal. Afinal, a senhora parece... a Gisele Bündchen!”
Segue...
A francesinha toda-toda sorriu e disse às amigas:
— A Rocinha é melhor do que Saint-Tropez!
Há testemunhas.
Sinatra derrotado pelo axé
O livro é sobre os bastidores da televisão no Brasil. Mas Boni, em seu relato autobiográfico (“Livro do Boni”, Casa da Palavra), também lembra histórias paralelas como a de uma escapada de Frank Sinatra (1915-1998) a Salvador, depois de seu show no Maracanã, em 1980.
Consta que o magnífico cantor americano, levado a conhecer Itaparica, foi assistir a uma apresentação de axé. A certa altura, incógnito, pediu para dar uma canja e mandou “My way”. Muito aplaudido, continuou e cantou “Strangers in the night”. Mas, ao tentar emendar na terceira canção... “uuuuu”... foi vaiado: “Chega! Queremos axé! Fora gringo!”
A gonorreia de Jango
O livro (“O espetáculo mais triste da Terra”, Companhia das Letras) do coleguinha Mauro Ventura é sobre o incêndio do circo de Niterói, há 50 anos. Mas tem uma curiosidade sobre a visita de João Goulart às vítimas.
O presidente parou diante do leito do menino Nilson Bispo Rodrigues, 9 anos, que tivera a perna esquerda amputada um palmo acima do joelho, e o consolou: “Esse negócio de perna não faz falta”, disse, levantando a calça. “Olhe aqui, eu também tenho um problema e sou presidente da República.” Por causa de uma gonorreia na juventude, Jango ficara com o joelho esquerdo paralisado, e não podia dobrar a perna. O clínico Geraldo Chini, que assistiu à cena, ficou impressionado com a atitude do presidente, que se expôs para confortar o garoto.
Censura e bandejão da UNB
O livro (“E a vida continua”, Ouro Sobre Azul) é sobre a trajetória profissional do coleguinha Wilson Figueiredo. Mas um dos capítulos é ilustrado com os textos de alguns dos famosos bilhetinhos da censura durante as trevas da ditadura.
Num deles, um tal de inspetor Costa Sena (3/1/1973), em pleno governo Médici, dizia: “Não se tocar em sucessão presidencial.” Outro, do general Nilo Caneca (8/11/1972), ordenava: “Nenhuma referência contra ou a favor do cardeal Helder Câmara.” Um terceiro, com a assinatura de um tal Saraiva (1/4/1973) mandava “minimizar a notícia sobre um protesto feito por estudantes da UNB contra a qualidade da comida”.
E o pior é que, até hoje, há viúvas da ditadura.
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