segunda-feira, fevereiro 08, 2010

NELSON DE SÁ - TODA MÍDIA

Crise da dívida lá


Folha de S. Paulo - 08/02/2010

Na manchete on-line do "Wall Street Journal", a reunião do G7, dos países industrializados, terminou com a promessa de "manter o estímulo" e "enfrentar os problemas de dívida pública". A "crise da dívida na Europa", segundo o jornal e agências como a Reuters, foi o "foco das atenções".
O ministro alemão das finanças garantiu que "o euro vai se manter estável". Outro ministro europeu citou Grécia, Espanha e Portugal e prometeu: "Vamos resolver, nós mesmos, sem o socorro do FMI".

ALEMANHA, ITÁLIA ETC.


O site da "Economist" destaca para a semana, com uma ilustração da Europa em dissolução (acima), que quarta tem manifestação ampla dos servidores públicos gregos contra as "medidas de austeridade" no país. E sexta a Alemanha solta números mostrando o país estagnado no quarto trimestre de 2009. A Itália, também

GRÃ-BRETANHA?
Economista-chefe do FMI até dois anos atrás, o britânico Simon Johnson deu entrevista à BBC, logo após o encerramento do G7, e alertou que a Grã-Bretanha, com "orçamento sem controle", deve ser "vista na mesma categoria de países como Grécia e Espanha, que enfrentam severos problemas de dívida". Na zona do euro, a crise "vai incluir a Irlanda -e, creio, a Itália está na linha de tiro".

EUA, "NUNCA"
Da reunião do G7 no Canadá, o secretário do Tesouro dos EUA deu entrevista à rede ABC, destacada nos sites dos jornais americanos sob o enunciado "Geithner: a nota dos títulos americanos está protegida". Na quinta, a agência de classificação Moody's avisou o país para o risco de queda do "rating" máximo devido ao déficit público. "Isso nunca vai acontecer com este país", diz Geithner.

O CANTO DO CISNE
Nos enunciados do "Financial Times", "G7 se encontra em meio a dúvidas sobre sua relevância" e "Encontro pode ser o canto do cisne para o G7". Segundo o "WSJ", "o G7 foi eclipsado pelo G20, que também representa grandes emergentes como China, Índia e Brasil".
A AP, em balanço da reunião, despachou no título que foi um "momento de virada". E a reunião no Ártico foi "cortina de fumaça para o poder evanescente do grupo de países que costumava comandar o mundo".

EUA VS. BRASIL
Na primeira coletiva como embaixador, o americano Thomas Shannon ameaçou, em destaque por Folha e outros: "Retaliação sempre provoca contrarretaliação". Referia-se à autorização dada pela Organização Mundial do Comércio, para medidas em resposta aos subsídios americanos ao algodão, que afetam Brasil e outros.
Diplomatas brasileiros se disseram "perplexos". E no fim de semana veio a confirmação de que o foco da retaliação já foi para assinatura de Lula, e deve atingir a área de patentes. Mas a negociação prossegue.

EUA OU FRANÇA
Dias antes de enviar o novo embaixador, os EUA anunciaram o orçamento para o Departamento de Estado. Segundo a "Foreign Policy", o Hemisfério Ocidental foi um dos "vencedores", com mais vagas e dinheiro, "sobretudo" para Brasil e Colômbia.
Por outro lado, no mesmo dia, também entregou credenciais o embaixador francês.

DEMONSTRAÇÃO
Ontem no
"New York Times", o canadense Michael Ignatieff, líder da oposição, questionou os Jogos de Inverno em seu país:
"Os Jogos de Pequim revelaram a China como potência global. Os Jogos do Rio em 2016 vão fazer o mesmo pelo Brasil. Agora, se você não está tentando demonstrar poder ou proclamar a sua chegada ao palco global..."

MAIS E MAIS CLASSE C
A "Veja" publicou no sábado que "a classe C, a nova classe média brasileira, voltou a crescer e aparecer", com mais 2,6 milhões entre setembro e dezembro.
E ontem a manchete do jornal "O Globo" ressaltou que a "Classe C do Brasil já detém 46% da renda", segundo a FGV, representando "a maior fatia", passando os 44% das classes A e B. O jornal ouve, de publicitários, que a mudança vem levando o setor a "rever conceitos".

PACIFICADORAS
"O Dia" deu na sexta e ecoou no exterior, em sites como Vibe, que Beyoncé e Alicia Keys gravam clipe esta semana no Rio, em cenários como uma favela e uma escola. "Sou fã da alegria e do suíngue do Brasil. E é um bom momento de mostrar a nova fase que estão vivendo as comunidades do Rio", justificou Alicia Keys ao jornal carioca.

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