"Ou nós ou ele"
No Planalto, a leitura é que a crise com o PMDB influencia pouco, na prática, o dia a dia do governo e a campanha presidencial. E tem prazo para se esgotar, as convenções oficiais de junho, quando se acertarão os palanques nos estados. Por isso, a presidente Dilma decidiu não ceder e enfrentar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. Um ministro disse que a orientação é clara: "Ou nós (governo) ou ele (Cunha)". Risca-se o chão, e deputados e senadores escolham a quem atender. Se os deputados não querem indicar os ministros da Agricultura e do Turismo, afirmou um auxiliar de Dilma, então "entregaremos os cargos aos senadores."
"Estes boatos sobre a volta de Lula são só uma tentativa de desestabilizar o governo e a presidente Dilma. Ele não volta, é um assunto sepultado".
Vicentinho Deputado federal (SP), líder do PT na Câmara
Reaproximação
O ministro Aloizio Mercadante vai conversar com o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para propor pauta de votações, a pedido da presidente Dilma. A intenção é puxá-lo para o governo e afastá-lo de Eduardo Cunha.
Tiro ao alvo
Pesou na decisão do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) de não aceitar a indicação para o Ministério do Turismo o fato de que viraria um alvo dos deputados de seu partido.
Vital explicou à cúpula do partido que não poderia assumir com uma guerra interna em curso que prejudicaria sua curta gestão de pouco mais de oito meses.
Sem bola dividida
Para colocar mais lenha na fogueira na crise entre PT e PMDB, o ex-presidente Lula reafirmou em reunião com a presidente Dilma, no Alvorada, que não irá a palanques em que petistas e aliados estejam em guerra. Disse que a prioridade é a reeleição nacional e que não ajudará a enfraquecer o projeto do seu partido.
Jogo limpo
Na partida entre Fluminense e Duque de Caxias, amanhã, pelo Campeonato Carioca, os jogadores se integrarão à campanha "Eu jogo limpo com o turista". Abrirão faixa pedindo preços justos e que o Brasil se una em torno da ideia.
A arte de sentar em cima
Primeira na lista tríplice para vaga no TRF-2, Letícia Mello aguarda decisão da presidente Dilma desde junho passado. É filha do ministro do STF Marco Aurélio Mello. O Planalto não está com a menor pressa de preencher a vaga.
Zen
O vice-governador Luiz Fernando Pezão se distanciou do tiroteio do PMDB do Rio com o governo Dilma. Apesar do clima ruim, ainda cultiva a ideia de que até junho, prazo das convenções, é possível reviravolta no quadro.
FORA DO AR. Temendo ação na Justiça, a Caixa suspendeu propaganda que fazia referência a mulheres poderosas e ao combate à miséria.
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