FOLHA DE SP - 03/02
Multinacional alemã de construção investe na segunda fábrica no Brasil
A multinacional alemã Knauf, especializada em sistemas de construção a seco (drywall), terá na Bahia sua segunda fábrica no Brasil, com um investimento estimado em R$ 150 milhões.
A unidade, que ficará em Camaçari e deverá operar ainda em 2014, vai produzir materiais como chapas de gesso e perfis metálicos.
Esses itens são usados no drywall, método de construção que emprega estruturas de gesso em substituição a forros e paredes de blocos cerâmicos e alvenaria.
A nova fábrica vai reduzir custos logísticos e permitir à empresa ampliar sua presença nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, segundo Günter Leitner, executivo que comanda o grupo no Brasil.
"Essas regiões já são atendidas, mas a planta existente [em Queimados, no Rio] está perto de sua ocupação total. A fábrica na Bahia vai complementar nossa atuação."
A expansão elevará a capacidade dos atuais 24 milhões de metros quadrados para 44 milhões de m².
A presença no Nordeste também vai aproximar a empresa da matéria-prima, a gipsita --mineral obtido na região da Chapada do Araripe, na divisa de Ceará, Piauí e Pernambuco, que é utilizado na produção de gesso.
A meta da empresa é ampliar o uso do drywall na construção residencial. O sistema é mais empregado nas áreas corporativa e comercial.
Venda de móveis e eletros crescerá 2,7% neste ano
O ritmo de crescimento no volume de vendas de móveis e eletrodomésticos deverá se desacelerar novamente neste ano e chegar a 2,7%, projeta a consultoria LCA.
A empresa estima que a expansão no ano passado tenha ficado em 5,5%. Em 2012, o segmento cresceu 12,2% em volume vendido.
"Houve um consumo antecipado desses produtos nos anos anteriores e, com isso, as medidas para estimular esse segmento passaram a gerar menos resposta dos consumidores", diz Paulo Neves, economista da LCA.
Com a aceleração dos preços, causada principalmente pela desvalorização cambial, a consultoria subiu de 9% para 10% a expectativa de elevação da receita do segmento em 2013.
Em valores absolutos, o mercado deve ter movimentado R$ 86 bilhões.
Para 2014, o cenário esperado é de uma alta de 7% no faturamento. As vendas poderão alcançar R$ 91 bilhões.
"O varejo restrito [que inclui supermercados, tecidos, vestuários e sapatos e exclui veículos e materiais de construção] deverá crescer 4% em volume de vendas e faturar R$ 804,7 bilhões neste ano."
DA FÁBRICA PARA AS RUAS
Após instalar seu modelo de franquias no final do ano passado, a Primicia, de bolsas e malas para viagem, pretende chegar a 200 lojas nos próximos seis anos.
Até 2012, os produtos eram vendidos somente em multimarcas. Hoje, a fabricante tem dez unidades próprias e três franquias que levam o nome da grife.
Com o plano de expansão, a meta é que as lojas da marca, que hoje correspondem a pouco mais de 20% dos negócios, se equiparem às revendas.
"Vamos abrir pontos somente onde não tivermos atuação forte dos revendedores. Não queremos competir com as grandes lojas multimarcas que compram da gente", afirma Roberto Postel, diretor-superintendente da Primicia.
Até 2020, serão investidos cerca de R$ 75 milhões em novos pontos. O aporte para a abertura de uma loja é de R$ 400 mil. Neste ano, serão 14 unidades.
"São Paulo, Minas e a região Sul são alguns lugares com espaço para explorar."
MEDIDA ERRADA
As empresas de pneus recauchutados foram as que registraram os maiores índices de reprovação no Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) no ano passado.
Das companhias visitadas pelo órgão, 72% operavam sem licença do Inmetro.
Entre os produtos com problemas, os brinquedos e os itens para bebês aparecem no topo da lista. Em cerca de 60% das denúncias feitas por consumidores foi registrada alguma irregularidade.
"Houve caso de produto cancerígeno encontrado em bico de mamadeira", diz o superintendente do Ipem, Alexandre Modonezi.
No total, foram feitas 5.374 reclamações no órgão em 2013. Dessas, 24,6% se referiam a problemas em bombas de combustível. Apenas 10% delas, no entanto, foram reprovadas nos testes.
Os eletrodomésticos, segundo na lista dos mais denunciados, tiveram uma taxa de reprovação de 55,4%. O índice das balanças ficou em 18,2%.
DÍVIDA DE PAULISTANO
Os paulistanos estavam mais dispostos a fazer um financiamento em janeiro deste ano do que no mesmo período de 2013.
O índice da FecomercioSP que mensura o interesse dos consumidores em contratar uma linha de crédito subiu 21,4% na comparação entre os dois meses. Em relação a dezembro, a alta foi de 2,9%.
"Como houve uma queda na poupança e uma elevação no endividamento em novembro e em dezembro por causa do Natal, mais pessoas precisam tomar um empréstimo agora para pagar contas como IPVA e material escolar", afirma Fábio Pina, economista da entidade.
No mês passado, 61,4% dos entrevistados não tinham nenhuma aplicação. Em novembro e em dezembro, a parcela era de 59,6% e 58,4%, respectivamente.
Entre os que possuíam algum tipo de investimento, 77,7% tinham poupança e 4%, previdência privada.
Ao todo, foram entrevistadas 2.200 pessoas.
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