O GLOBO - 03/02
O resfriamento das expectativas exigiria alinhamento de Dilma com o corte de gastos em ano eleitoral e maior credibilidade de sua equipe econômica
O fenômeno persiste há décadas. O Brasil segue prisioneiro da armadilha social-democrata do baixo crescimento.
Com tucanos ou petistas, continua a expansão dos gastos públicos bem acima da taxa de crescimento do produto interno bruto. E, para evitar o descontrole inflacionário, sobem também os impostos e, mais uma vez, as taxas de juros, derrubando consumo, investimentos e a geração de empregos.
Essa armadilha de baixo crescimento é o resultado da falta de sintonia de nossa classe política com os requisitos de uma nova ordem global. Aprisionados por regimes tributário, previdenciário e trabalhista anacrônicos, nossa condenação ao crescimento medíocre reflete as contradições entre obsoletas práticas políticas social-democratas e as exigências econômicas de mercados globalizados. Os gastos públicos da União atingiram quase 1 trilhão de reais em 2013, aproximando-se de 20% do PIB. As despesas do governo central com o custeio de pessoal, benefícios previdenciários etc. cresceram 13,6% no ano, mais que o dobro da taxa de inflação, que fechou em pouco menos de 6%.
O recurso às receitas não recorrentes para geração de superávits fiscais contábeis revelou- se um expediente ineficaz para reverter as expectativas adversas que inquietam os mercados.
Também no primeiro mandato de FH, as receitas extraordinárias com o programa de privatizações levaram ao descompromisso com metas fiscais permanentes. Após considerável turbulência cambial na transição para o segundo mandato, buscando legitimidade interna em substituição às tradicionais exigências de ajuste fiscal do FMI, os tucanos formularam finalmente uma Lei de Responsabilidade Fiscal. Estava firmado o compromisso das autoridades com as trajetórias futuras das contas públicas e reforçada por lei a credibilidade das autoridades em seus esforços de cumprimento das metas fiscais.
O Banco Central de Dilma, que perdera credibilidade ao dormir ao volante, corre hoje das metas de inflação a cada rodada de elevação dos juros. A Fazenda e o Tesouro estudam também um corte de gastos públicos que possa indicar seu compromisso com o esforço anti-inflacionário.
A chapa fica cada vez mais quente quanto maior a perda de credibilidade da equipe e menor o alinhamento de Dilma com esse corte de gastos em pleno ano eleitoral.
Com tucanos ou petistas, continua a expansão dos gastos públicos bem acima da taxa de crescimento do produto interno bruto. E, para evitar o descontrole inflacionário, sobem também os impostos e, mais uma vez, as taxas de juros, derrubando consumo, investimentos e a geração de empregos.
Essa armadilha de baixo crescimento é o resultado da falta de sintonia de nossa classe política com os requisitos de uma nova ordem global. Aprisionados por regimes tributário, previdenciário e trabalhista anacrônicos, nossa condenação ao crescimento medíocre reflete as contradições entre obsoletas práticas políticas social-democratas e as exigências econômicas de mercados globalizados. Os gastos públicos da União atingiram quase 1 trilhão de reais em 2013, aproximando-se de 20% do PIB. As despesas do governo central com o custeio de pessoal, benefícios previdenciários etc. cresceram 13,6% no ano, mais que o dobro da taxa de inflação, que fechou em pouco menos de 6%.
O recurso às receitas não recorrentes para geração de superávits fiscais contábeis revelou- se um expediente ineficaz para reverter as expectativas adversas que inquietam os mercados.
Também no primeiro mandato de FH, as receitas extraordinárias com o programa de privatizações levaram ao descompromisso com metas fiscais permanentes. Após considerável turbulência cambial na transição para o segundo mandato, buscando legitimidade interna em substituição às tradicionais exigências de ajuste fiscal do FMI, os tucanos formularam finalmente uma Lei de Responsabilidade Fiscal. Estava firmado o compromisso das autoridades com as trajetórias futuras das contas públicas e reforçada por lei a credibilidade das autoridades em seus esforços de cumprimento das metas fiscais.
O Banco Central de Dilma, que perdera credibilidade ao dormir ao volante, corre hoje das metas de inflação a cada rodada de elevação dos juros. A Fazenda e o Tesouro estudam também um corte de gastos públicos que possa indicar seu compromisso com o esforço anti-inflacionário.
A chapa fica cada vez mais quente quanto maior a perda de credibilidade da equipe e menor o alinhamento de Dilma com esse corte de gastos em pleno ano eleitoral.
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