CORREIO BRAZILIENSE - 26/01
Em ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff está com os olhos bem abertos para o que pode acontecer no Congresso Nacional durante votações consideradas importantes. Fevereiro está chegando e traz a reboque uma fila de 30 vetos presidenciais polêmicos para serem apreciados pelos parlamentares.
Não é novidade para ninguém que, com a campanha eleitoral, os deputados e senadores ficam mais vulneráveis às pressões. A novidade é que, agora, a sistemática é outra. Os vetos serão deliberados em votação aberta. Até agora, a desgastada ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, dá sinais de que vai permanecer na pasta. Terá trabalho dobrado para evitar contratempos e surpresas desagradáveis para o governo.
No cardápio indigesto a ser analisado com o início do ano legislativo, está o veto integral ao Projeto de Lei Complementar n° 416/08, que regulamenta a criação de municípios. O tema tem grande apelo eleitoral. Outros vetos importantes e não menos polêmicos são aqueles referentes à minirreforma nas regras das eleições e a questões orçamentárias.
Na pressão
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), promete começar o ano legislativo colocando a boca no trombone. Vai tentar, junto ao governo federal, a retirada da urgência constitucional dos projetos que tratam dos royalties da mineração, do marco civil da internet e da mudança do FGTS. No ano passado, o esforço foi em vão. O Planalto fez ouvido de mercador, e a pauta ficou trancada por boa parte do tempo.
Convidados fantasmas
O deputado federal Paulinho da Força (SDD-SP) comemorou aniversário ontem em São Paulo. Políticos de variadas cores partidárias passaram no Clube Juventus, no bairro da Mooca, para abraçá-lo. A piada que circulava dava conta de que muita gente assinou a lista de presença e não apareceu na festa. Maldade em razão das fichas de apoio à criação do Solidariedade falsificadas pela sigla e validadas pela Justiça Eleitoral no ano passado.
Facebook eleitoral
Líder nas pesquisas de intenção de voto, a presidente Dilma Rousseff fica atrás do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador Eduardo Campos (PSB-PE) quando se trata de curtidas na página oficial do Facebook. O tucano lidera, com 396 mil “likes”. Campos tem 270 mil e Dilma, 206 mil.
Regra três/ Caso o PSB faça a vontade de Marina Silva (foto) e resolva lançar candidato próprio em São Paulo, tirando o deputado Márcio França da vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o PTB e o PRB estão de olho na vaga. Na sexta-feira, pleitearam a posição o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, e o presidente do diretório estadual do PTB, deputado Campos Machado.
Sina/ A delegada Martha Rocha, que deixa a Polícia Civil para se candidatar a deputada, é apenas mais uma da extensa lista de secretários de Segurança e chefes de polícia do Rio de Janeiro que escolheram o mesmo caminho. O ex-prefeito Cesar Maia lembra os casos: Helio Saboya (durante o governo Moreira Franco), Coronel Cerqueira e Helio Luz (na gestão Marcelo Alencar), Josias Quintal (Garotinho), Zaqueu Teixeira (Benedita), Álvaro Lins (Garotinho), Itagiba (Rosinha Matheus). Grande parte teve sucesso nas urnas.
Rolezinho bolchevique/ O paraibano Franklin Rabelo de Melo, estudante da UnB e um dos organizadores do rolezinho em Brasília, sugere que as autoridades deixem de monitorar os shoppings e passem a acompanhar de perto as áreas de Saúde, Transporte e Educação. O garoto lista como livro favorito O Estado e a revolução, publicado por Lênin às vésperas da Revolução Russa.
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