CORREIO BRAZILIENSE - 20/12
Dez anos, em história, não passam de 10 segundos: ninguém consegue avaliar o que, como e por que algo aconteceu. Mas, talvez até influenciado pelo espírito natalino, o otimismo sobre a política preencheu alguns momentos recentes meus. Não sou, já disse e repito, parente de Pollyanna - aquela que tem a inclinação para ver as coisas pelo lado mais favorável. No entanto, não dá para ignorar o fato de que 1,7 milhão de famílias beneficiadas na última década pelo Bolsa Família simplesmente deixaram, espontaneamente, o programa - e assumindo que a renda delas ultrapassava o limite de R$ 140 por pessoa. São quase 12% das 13,8 milhões atendidas. Em homenagem a essa gente anônima, farei um brinde.
E brindarei, também, aos tucanos - caso cumpram a promessa recente de manter o programa se voltarem ao poder. Farei justiça e parabenizarei, mesmo que tardiamente, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o ricaço ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que reconheceram os efeitos benéficos do programa. Vale lembrar: um é democrata; outro, republicano (esse último, por sinal, ousou implantar o Opportunity NYC, que hoje beneficia 5 mil famílias em bairros como Harlem e Bronx). Festejo, ainda, a informação referente à independência das mulheres que usufruem da ação: o jornal britânico The Guardian revelou, esta semana, que 93% das famílias são chefiadas por elas, e que até a saúde feminina melhorou - inclusive no período pré-natal, o que diminui a quantidade de partos prematuros.
Sobre outras ações públicas, governamentais ou meramente gestuais, de caráter simbólico, louvo um presidente da República - no caso, Dilma e Lula - que se reúne com catadores no Natal. Aprecio quem não tem medo de parecer ridículo: sim, foi essa, entre outras, a pecha que tentaram cravar sobre quem, para dar algo aos que sempre nada tiveram, pensou e criou o Mais Médicos.
Agora, também cobro: é impossível, por exemplo, não ficar indignado com a insensibilidade, indiferença e apatia diante da sonegação que, segundo fiscais tributários, soma mais de 20 vezes o que o país gasta com o próprio Bolsa Família. São R$ 400 bilhões, algo em torno de 10% do PIB, ou 25% do que é arrecadado anualmente.
E brindarei, também, aos tucanos - caso cumpram a promessa recente de manter o programa se voltarem ao poder. Farei justiça e parabenizarei, mesmo que tardiamente, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o ricaço ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que reconheceram os efeitos benéficos do programa. Vale lembrar: um é democrata; outro, republicano (esse último, por sinal, ousou implantar o Opportunity NYC, que hoje beneficia 5 mil famílias em bairros como Harlem e Bronx). Festejo, ainda, a informação referente à independência das mulheres que usufruem da ação: o jornal britânico The Guardian revelou, esta semana, que 93% das famílias são chefiadas por elas, e que até a saúde feminina melhorou - inclusive no período pré-natal, o que diminui a quantidade de partos prematuros.
Sobre outras ações públicas, governamentais ou meramente gestuais, de caráter simbólico, louvo um presidente da República - no caso, Dilma e Lula - que se reúne com catadores no Natal. Aprecio quem não tem medo de parecer ridículo: sim, foi essa, entre outras, a pecha que tentaram cravar sobre quem, para dar algo aos que sempre nada tiveram, pensou e criou o Mais Médicos.
Agora, também cobro: é impossível, por exemplo, não ficar indignado com a insensibilidade, indiferença e apatia diante da sonegação que, segundo fiscais tributários, soma mais de 20 vezes o que o país gasta com o próprio Bolsa Família. São R$ 400 bilhões, algo em torno de 10% do PIB, ou 25% do que é arrecadado anualmente.
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