terça-feira, dezembro 17, 2013

Última chamada - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 17/12

A base do governo tentará hoje aprovar o novo Código de Processo Civil. A ordem é manter o regime fechado de prisão para devedores de pensão alimentícia, a penhora on-line de bens e, para completar, o relator Paulo Teixeira (PT-SP) defenderá ainda o pagamento dos honorários aos defensores públicos. É o último projeto que o PT pretende analisar este ano antes de votar o Orçamento e cair no recesso.

Em tempo: no caso dos honorários dos advogados públicos, será preciso uma regulamentação. Por isso, há o risco de se repetir o que aconteceu com o FGTS dos trabalhadores domésticos. Os parlamentares fizeram um carnaval quando o projeto foi aprovado, e a regulamentação que permitirá o pagamento desse direito ficou a ver navios.

Encorpou
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apoia a ideia do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, de tirar pontos dos clubes de futebol em caso de briga de torcidas. O próximo passo é chamar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os clubes para fechar uma legislação sobre o tema. E ele espera que seja rápido.

Esticou
Depois da economia feita este ano, o Senado se prepara para novas contratações em 2014. A ideia é, no Orçamento de 2014, permitir o chamamento de concursados que deveriam ser convocados em 2013 e, ainda, dos que estavam previstos para o próximo ano. Como as eleições vêm aí, os adversários de Renan Calheiros estão atentos às futuras contratações e se haverá aumento de despesa.

No limite
O Congresso do PT no último fim de semana, em especial, a parte do ato em defesa daqueles que cumprem pena na Papuda, foi na conta exata para tentar preservar a campanha presidencial. Daqui para frente, o partido quer se abster de falar do presídio.

Vem quente
Além de tentar colar nas costas do governo Dilma as mazelas dos malfeitos, os tucanos se preparam para cobrar ainda maior participação do governo federal no combate às drogas e à violência. No evento de hoje, em que Aécio Neves lançará as bases de um futuro programa de governo, ele quer deixar explícito que a União não cuida desses temas.

É Natal, é Natal/ Pelo menos cinco ministros do Supremo foram ontem ao coquetel que a presidente Dilma ofereceu à nata dos Três Poderes para celebrar o Natal. Inclusive, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa. No pano de fundo, uma tentativa de separar as estações: governo é uma coisa, julgamento é outra.

Piada pronta/ Eis que de repente, em uma festa, duas amigas se encontram, depois de alguns anos sem notícias uma da outra: “Rose, quanto tempo!!! Onde você está hospedada?”. E a Rose responde: “Pois é, no mesmo hotel do Lula...”. Calma, pessoal. O nome dela é Rosimar e nunca trabalhou no governo.

Naquela mesa/ Até ontem à noite, nem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nem o ex-governador José Serra haviam confirmado presença no evento do PSDB hoje em Brasília.

Relax/ Em tempos de smartphones, ninguém tem privacidade. Especialmente, os políticos e os artistas. O ex-ministro Ciro Gomes  foi clicado por um leitor num resort no Ceará. Segundo amigos, ele descansa um pouco em boa companhia antes de assumir o Ministério da Saúde no governo Dilma.

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