CORREIO BRAZILIENSE - 17/12
A explosão no Bloco C da 409 Norte reafirma a falta de segurança em construções do Distrito Federal. Só este ano, o Plano Piloto registrou cinco ocorrências. Todas, direta ou indiretamente, relacionadas ao abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP). Em fevereiro, foi a vez da 306 Norte. Em maio, ocorreram dois incidentes - na 214 Norte e na 405 Sul. Em outubro, na 403 Sul.
Por sorte, apenas por sorte, não houve mortes. Os prejuízos se restringiram a perdas materiais e a danos morais. Adultos e crianças enfrentaram situação de estresse ao se verem no meio de iminente tragédia que lhes punha em risco a própria vida e a de familiares, amigos e vizinhos. A mais recente quebrou vidraças de prédios, danificou o edifício e desalojou os moradores.
Passado o impacto, os brasilienses se dão conta da reprise de drama cujo enredo se mantém. Mudam os personagens e o endereço, mas fica a certeza de que capítulos semelhantes se desenrolarão mais dia, menos dia. A convicção procede. Apesar de anunciados pela repetição de incidentes, não se tomam medidas preventivas. Arrombadas, as portas permanecem abertas, sem trancas à vista.
Embora tenha relação direta com a segurança pública, o Estado não fiscaliza nem faz a manutenção de instalações de gás em prédios residenciais e comerciais. A responsabilidade é do proprietário ou do autor do projeto do imóvel. Por falta de lei que regulamente a matéria, o Corpo de Bombeiros não procede a vistorias regulares, apesar da gravidade do problema. Nos 10 primeiros meses de 2013, a corporação foi chamada 688 vezes em decorrência de questões relacionadas ao GLP.
Resultado: a população, entregue ao sabor dos ventos que sopram, não tem alternativa. Corre risco em casa e na rua. Os irmãos André e Rafael dormiam quando foram despertados pelo estrondo. Viram, então, uma cena de horror. O vaso sanitário do apartamento onde moram foi arremessado contra o teto, que caiu sobre eles. Feridos, os dois precisaram ser socorridos no hospital.
Brasília, cidade nova e planejada, não deveria estar sujeita a dramas comuns a urbes que nasceram e cresceram espontaneamente, sem interferência do poder público. Falhas que surgem precisam ser corrigidas. Se falta legislação específica para pôr em prática medidas essenciais de segurança, passou da hora de providenciá-la. A Câmara Legislativa está convocada a dar resposta imediata à população.
Por sorte, apenas por sorte, não houve mortes. Os prejuízos se restringiram a perdas materiais e a danos morais. Adultos e crianças enfrentaram situação de estresse ao se verem no meio de iminente tragédia que lhes punha em risco a própria vida e a de familiares, amigos e vizinhos. A mais recente quebrou vidraças de prédios, danificou o edifício e desalojou os moradores.
Passado o impacto, os brasilienses se dão conta da reprise de drama cujo enredo se mantém. Mudam os personagens e o endereço, mas fica a certeza de que capítulos semelhantes se desenrolarão mais dia, menos dia. A convicção procede. Apesar de anunciados pela repetição de incidentes, não se tomam medidas preventivas. Arrombadas, as portas permanecem abertas, sem trancas à vista.
Embora tenha relação direta com a segurança pública, o Estado não fiscaliza nem faz a manutenção de instalações de gás em prédios residenciais e comerciais. A responsabilidade é do proprietário ou do autor do projeto do imóvel. Por falta de lei que regulamente a matéria, o Corpo de Bombeiros não procede a vistorias regulares, apesar da gravidade do problema. Nos 10 primeiros meses de 2013, a corporação foi chamada 688 vezes em decorrência de questões relacionadas ao GLP.
Resultado: a população, entregue ao sabor dos ventos que sopram, não tem alternativa. Corre risco em casa e na rua. Os irmãos André e Rafael dormiam quando foram despertados pelo estrondo. Viram, então, uma cena de horror. O vaso sanitário do apartamento onde moram foi arremessado contra o teto, que caiu sobre eles. Feridos, os dois precisaram ser socorridos no hospital.
Brasília, cidade nova e planejada, não deveria estar sujeita a dramas comuns a urbes que nasceram e cresceram espontaneamente, sem interferência do poder público. Falhas que surgem precisam ser corrigidas. Se falta legislação específica para pôr em prática medidas essenciais de segurança, passou da hora de providenciá-la. A Câmara Legislativa está convocada a dar resposta imediata à população.
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