terça-feira, dezembro 24, 2013

Dilma em Davos - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 24/12

Pela primeira vez, desde que tomou posse, a presidente Dilma irá a Davos. Ela deve falar no Fórum Econômico Mundial no dia 24 de janeiro. Dilma sempre esnobou esse Fórum. Mas agora vai para vender o país para os investidores internacionais e relatar como o Brasil enfrentou a crise. A presidente quer ampliar investimentos estrangeiros diretos, que este ano já chegaram a US$ 57,5 bi.

Eduardo cobra apoio do PSDB
O governador Eduardo Campos quer o apoio dos tucanos a seus candidatos ao governo, como em Pernambuco e na Paraíba. O socialista defendeu esta posição em almoço, na sexta-feira, com o
senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Eduardo sustentou que a unidade entre os dois partidos nos Estados seria muito importante no plano nacional, quando estará em jogo o apoio a uma das candidaturas de oposição no segundo turno. A tese é a de que quanto maior for a harmonia regional, menos conflito haverá para um acordo. “Temos que nos entender. Porque ninguém é louco de achar que a presidente Dilma estará fora do segundo turno”, resume Cássio Cunha Lima.



“Votei contra o orçamento impositivo. Isso não vai terminar bem. Um senador que tem R$ 100 milhões que pode destinar livremente negocia com alguém”
Jorge Viana Senador (PT-AC)

Transição
A presidente Dilma já está delegando tarefas de coordenação de governo para o ministro Aloizio Mercadante (Educação). Integrantes do governo informam que ele já começa, na prática, a exercer tarefas que são típicas da Casa Civil.

Candidato próprio
O acordo com o PT está caminhando. O vice Michel Temer acredita ter o apoio de metade da bancada estadual para garantir a candidatura do senador Roberto Requião (foto) ao governo (PR). O PMDB local resiste em apoiar a petista Gleisi Hoffmann. Mas tudo o que o PT não quer é o PMDB apoiando a reeleição da governador tucano Beto Richa.


Limpando o caixa futuro
O governador Jaques Wagner quer que o governo antecipe receita de R$1,6 bilhão de royalties do petróleo. O líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy, afirma que essa antecipação de receita é proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Chove, chuva
A presidente Dilma está aliviada. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia), o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, e o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, garantiram-lhe ontem que não há risco de apagão no ano eleitoral. Segundo eles, os reservatórios estão se recompondo com as chuvas que caem em todo o território nacional.

A corrida eleitoral
O governador Renato Casagrande (ES) vai aproveitar a visita da presidente Dilma para pedir um reforço de caixa. O governo federal já deu apoio para os 40 mil desabrigados pelas chuvas. Sua intenção é acelerar as obras de reconstrução.

De olho nos pequenos
A presidente Dilma pretende anunciar no começo do próximo ano o primeiro Plano Safra para a Região Norte do país. O objetivo, segundo o ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), é desenvolver a agricultura familiar da região.


PUXANDO A FILA. A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) será a primeira a deixar o governo. Ela entra de férias no dia 13 de janeiro e não volta mais.

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