FOLHA DE SP - 07/11
Rede de supermercados do PR investe R$ 500 mi em projeto de expansão
A rede de supermercados Condor irá investir aproximadamente R$ 500 milhões em um plano de expansão até 2016, o que inclui a primeira operação fora do Paraná.
O montante será aplicado em nove unidades --todas no modelo de hipermercado--, na ampliação do centro de distribuição e em reformas de pontos já existentes.
A meta da companhia é chegar a 45 lojas até 2016. Hoje, são 36. As duas primeiras serão erguidas em Londrina (PR) e Joinville (SC).
"Os projetos estão prontos e aguardam apenas a emissão dos alvarás de construção por parte das prefeituras", diz Pedro Joanir Zonta, presidente da empresa.
A operação em Joinville será um teste para o projeto futuro de mais lojas fora do território paranaense.
"Vamos colocar o primeiro pé em Santa Catarina e sentir a aceitação, afinal de contas a marca ainda não é conhecida por lá", afirma Zonta.
Além das novas unidades, o grupo deverá manter o ritmo de modernização de duas lojas existentes por ano.
Também irá ampliar o centro de distribuição de Curitiba, que passará dos atuais 42 mil m² para 70 mil m². A estrutura abastece a rede toda.
"Não dá para aumentar o número de lojas sem investir na retaguarda da operação", afirma o empresário.
Parte dos aportes será em recursos próprios e o restante virá de financiamentos do BNDES, segundo Zonta.
Com a expansão, a empresa projeta um faturamento de R$ 4 bilhões em 2016. No ano passado, o montante faturado foi de R$ 2,6 bilhões.
QUALIFICAÇÃO na OBRA
Quanto maior a construtora, maior é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Entre as pequenas empresas, 64% afirmam ter problemas para contratar profissionais. O índice sobe para 81% entre as grandes.
No universo dos entrevistados que dizem faltar trabalhadores, 94% mencionam a escassez de pedreiros e serventes; 92% relacionam encarregados e mestres de obra.
"O problema da qualificação adequada ocorre mesmo em um contexto de baixa atividade", lembra Danilo Garcia, economista da entidade.
A maior parte das construtoras (68%) capacita funcionários no próprio canteiro. Outras soluções citadas são a terceirização de serviços e a retenção do trabalhador via salários e benefícios.
A capacitação fora da empresa e a parceria com instituições de ensino são adotadas por 25% das empresas. Entre as dificuldades para aperfeiçoar a mão de obra foram lembradas a alta rotatividade, o baixo interesse de funcionários na qualificação e a má qualidade da educação básica.
IMPRESSÃO ÍNTIMA
A marca italiana Zucchi, de roupa de cama, mesa e banho, acaba de desembarcar no Brasil. Em menos de 20 dias abriu três lojas no país: duas em São Paulo e uma em Brasília. Até 2018, a empresa pretende ter de 15 a 20 pontos de venda aqui.
Entre lojas da Zucchi (mais sofisticada) e de uma segunda marca, o grupo têm 120 unidades só na Itália.
"O Brasil, onde já investimos mais de € 2,5 milhões, é nossa prioridade no exterior, pela semelhança cultural e pelo crescente número de consumidores de alto padrão", diz o CEO da empresa, Ricardo Carradori.
"Depois vem a China, onde fechamos anteontem com uma empresa de lá para distribuição em 3.000 pontos", afirma Carradori.
No Brasil, onde a empresa entrou sem representantes, um jogo de lençóis pode sair por R$ 3.100 (os linho amassado). Farão sucesso no Brasil?
"Na China, não fazem", conta ele. "As pessoas deixaram o campo e associam o tecido à simplicidade. Querem lençol de seda. Ninguém dorme em seda na Itália."
Para o Brasil, fizeram especialmente lençóis em tamanho "king size", inexistentes em solo italiano.
Parte de um grande grupo que produz os tecidos, artigos para a alta hotelaria e para outras grifes, a Zucchi tem um acervo de blocos com design para impressão --um registro de três séculos de cultura têxtil que ainda estampa os produtos. O faturamento é de € 160 milhões.
PROCURA DE ESCRITÓRIO
A taxa de vacância nos imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo chegou a 19,4% no terceiro trimestre deste ano, segundo a consultoria Jones Lang LaSalle.
A elevação foi de 1,8 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2013.
"Até 2015, o mercado terá um crescimento de 50% em estoque. Serão mais de 1 milhão de metros quadrados entregues", diz José Victor Cardim, da Jones Lang LaSalle.
Levantamento da Cushman & Wakefield, por sua vez, aponta uma taxa de 16,3% no mesmo período. No segundo trimestre, a média era de 15,6%.
"A tendência do mercado para os próximos trimestres é se manter estável, com um pequeno aumento", afirma Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da Cushman.
O padrão adotado em contratos de locação é de cinco anos. A partir do terceiro ano, é permitida por lei a rediscussão de valores.
Trem... A alemã Voith vai ampliar a produção de engates ferroviários no Brasil.
...conectado O grupo, que faz equipamentos industriais, prevê crescer 30% em 2014.
Pé... O Instituto Embelleze planeja abrir 50 novas franquias em 2014. Hoje são 348.
...e mão O investimento em cada unidade da rede de cursos chega a R$ 249 mil.
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