FOLHA DE SP - 07/11
RIO DE JANEIRO - Bernardinho! Romário! Marcos Palmeira! Gilberto Gil!
Poderia ser o coro de tietes histéricas, mas são nomes que surgem nos bastidores de partidos aflitos em busca de candidatos que possam ganhar os votos das multidões que foram às ruas em junho. Se gritavam contra tudo, especialmente contra a política e os políticos, alguém novo pode arrebatar o voto dos insatisfeitos.
Parte do cenário da campanha à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB) parece definida. Seu vice Pezão, o senador petista Lindbergh Farias e o deputado federal Anthony Garotinho (PR) serão candidatos faça sol ou chuva. Ameaçam entrar no jogo o ministro Marcelo Crivella (PRB), o vereador Cesar Maia (DEM) e o deputado federal Miro Teixeira (Pros). Mas há espaço a ser ocupado.
Tudo aponta para uma disputa equilibrada e que permitirá até o limite (junho de 2014, com as convenções) a entrada de nomes novos.
Quem, em 2008, deu 26% dos votos a Fernando Gabeira no primeiro turno e quase o elegeu no segundo (49%) e quem deu 28% dos votos a Marcelo Freixo em 2012 estão sem opções, por enquanto. Este eleitor, que quer algo diferente do que está aí, é essencialmente da capital. Somado ao resto da região metropolitana, concentra mais de 70% do eleitorado.
Os tucanos tentam sair da insignificância. Na eleição estadual de 2010, o PSDB nem teve candidato (foi vice de Gabeira); em 2006, o então tucano Eduardo Paes terminou em quinto, com 5,3% dos votos. O Rio é palanque fundamental para a estratégia presidencial de Aécio Neves. Sonham em confirmar Bernardinho, o técnico de vôlei, como seu redentor.
Gil, que em 2010 recusou disputar cargos pelo PV, é cogitado para atuar como linha auxiliar de Eduardo Campos e Marina Silva (PSB) e como opção a Romário, que resiste, e ao ator Marcos Palmeira, também sondado.
Se o Rio é a Hollywood brasileira, pode eleger seu Schwarzenegger.
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