segunda-feira, novembro 18, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 18/11

Cabotagem deverá crescer acima de 20%, diz entidade
Pelo segundo ano consecutivo, o transporte de cargas em contêineres por meio de cabotagem (entre dois portos dentro do país) deverá crescer acima de 20% em 2013, segundo a Abac (associação brasileira do setor).

No ano passado, o volume de toneladas transportadas em contêineres avançou 24,97%, de acordo com dados da Antaq (agência federal que regula o segmento).

"É uma atividade que tem crescido de forma sustentável", diz Cleber Lucas, presidente da associação.

A alta em 2013 será puxada sobretudo pela movimentação de bens de consumo, como eletrônicos, alimentos e produtos de higiene, segundo o presidente.

Apesar do desempenho, o setor enfrenta dois gargalos que, se superados, poderiam colaborar para uma ampliação maior, diz Lucas.

O primeiro deles é a assimetria no custo do combustível em relação ao diesel que abastece os caminhões.

"Enquanto o diesel tem o preço subsidiado pelo governo, o combustível da cabotagem sofre todas as interferências do mercado internacional", afirma.

O outro ponto é a burocracia. "Embora o transporte seja uma carga doméstica, de porto a porto, o setor é tratado como se fosse de comércio exterior, com inspeções da Anvisa e da Polícia Federal."

A Brasil Kirin, que aderiu à cabotagem neste ano, já movimenta 16% de sua carga por esse meio. "É uma boa alternativa [para o transporte] entre o Sudeste e as regiões Norte e Nordeste", diz o presidente Gino Di Domenico.

Cresce o interesse em empresas em recuperação
Entre as empresas que multiplicaram o número de pedidos de recuperação judicial no mês passado, as mais afetadas são as de médio porte, em especial do setor sucroalcooleiro ou ligadas ao setor de infraestrutura.

Afetadas por redução de crédito nos bancos, desaceleração da economia e inflação, elas foram surpreendidas por contratos que, de repente, começaram a sumir, segundo António Aires, sócio do escritório Demarest.

"A empresa, que ia comprar, adia por dois anos. A fornecedora começa a comer' o giro. O setor de açúcar deverá apresentar mais casos de recuperação, principalmente pela atual política de preços para o etanol."

As grandes recuperações também tendem a arrastar consigo alguns fornecedores que fizeram investimentos. Em outubro passado, foram 104 pedidos de recuperação. No mesmo mês de 2012, haviam sido 49 companhias, segundo a Serasa Experian.

"Cresceu o interesse de empresas e investidores em comprar ativos de empresas em recuperação", afirma Aires.

A lei permite a venda de modo a proporcionar a continuação da atividade empresarial, para que funcionários e impostos sejam pagos.

"Pode ser um imóvel, se for vendido com a fábrica. Não há risco de ficar com responsabilidade da empresa", diz.

Jovem Expatriado
Oferecer oportunidades de trabalho por um período no exterior tornou-se uma ferramenta para atrair e reter funcionários, de acordo com estudo da PwC.

O levantamento mostra que 71% dos jovens de hoje têm interesse em atuar em outro país. A parcela dos que gostariam de ter uma experiência fora é maior na África (93%) e na América Latina (81%).

Na Ásia e na América do Norte, por sua vez, os índices são os mais baixos: 69% nas duas regiões.

O Brasil aparece na 16ª posição entre os que mais atraem os trabalhadores --16% dos entrevistados citaram o país.

Nos primeiros lugares, ficaram Estados Unidos e Reino Unido, com 58% e 48%, respectivamente.

China e Irã, por outro lado, são os destinos mais rejeitados. Apenas 2% colocaram os países entre os que mais gostariam de trabalhar.

A empresa projeta que, até 2020, o número de funcionários de empresas expatriados irá aumentar em 50%.

EXPANSÃO 100% PRÓPRIA
O Pet Center Marginal, rede de lojas de produtos para animais de estimação, pretende expandir sua área de atuação.

A empresa investirá no próximo ano cerca de R$ 30 milhões na abertura de 12 unidades nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Hoje, são 27 lojas concentradas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

"Neste ano, incluímos mais duas lojas ao plano inicial de sete, uma no Tatuapé [em São Paulo] e outra em Goiânia, a segunda no Centro-Oeste", diz Sergio Zimerman, dono da rede.

Uma das novas filiais será aberta em Jundiaí (SP), anexa a um supermercado, segundo Zimerman.

"Buscamos entrar em cidades que ainda não tenham esse modelo de loja, pelo ineditismo do formato", afirma o empresário.

A rede estuda ainda um modelo de franquias para aplicar nos próximos anos.

"Mas nem consideramos abrir franquias em cidades ou Estados onde a gente ainda não esteja presente", diz.

Números da empresa
R$ 250 milhões
é o faturamento da empresa previsto para este ano

39
será o total de lojas após o plano de expansão

1.200
é o número de funcionários em toda a rede

1.000 m2
é a área aproximada de venda em cada loja

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