O GLOBO - 27/09
A pesquisa do Ibope divulgada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo" tem uma má notícia para os políticos: a rejeição dos eleitores continua alta/sendo que até o momento cerca de 30% deles não sabem em quem votar ou estão dispostos a votar em branco ou anular o voto. O fenômeno do aumento da abstenção e dos votos brancos e nulos já aparecera na eleição municipal de 2012, mas foi mascarado com uma explicação técnica: teria sido provocado pelo recadastramento de eleitores feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retirando da lista os que mudaram de cidade ou já morreram.
Um fato, porém, é inconteste: foi alto, fora da curva, o índice de votos brancos e nulos em algumas das principais cidades brasileiras. Exemplares foram as votações em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte é Salvador, com números que vão de 19% a 14% nas votações para vereador, e em torno de 14% para prefeito, bem acima da média histórica.
Tudo indica que a indisposição do eleitorado com a política; explicitada nas manifestações de junho e julho pelo país; continua presente em estado latente, mesmo que novas manifestações não tenham ocorrido.
A presidente Dilma continua à frente de seus principais adversários, afastando-se agora da ex-senadora Marina Silva, competidora que parecia com mais potencial de vencê-la num eventual segundo turno. Provavelmente, a incerteza sobre a possibilidade de Marina se candidatar desanimou uma parte de seu eleitorado, e ela perdeu seis pontos percentuais em relação à última pesquisa.
Tanto Marina quanto o senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, perdem posições em favor da presidente, que se mantém como favorita nesta fase pré-eleitoral. Mesmo quando aparece o ex-governador José Serra como candidato do PSDB, o índice do partido não se altera, o que retira dele a possibilidade de argumentar que é uma alternativa a Aécio.
O índice alcançado por Dilma Rousseff nesta pesquisa, de 38% das preferências, embora represente uma melhoria em relação à anterior, mantém a presidente da República dentro do patamar de 35% que o governador Eduardo Campos imagina ser o seu objetivo para que setores do PT não pressionem pela volta de Lula como candidato.
A corrida presidencial ficará mais clara esta semana, quando os prazos da legislação eleitoral confrontarão dois dos candidatos: Marina Silva e José Serra. O último dia para candidatos se filiarem a partidos a fim de concorrer em 2014 é sábado dia 4 de outubro, mas os políticos usam um prazo menor, pois são precisos dois dias para comunicar à Justiça Eleitoral a filiação a um novo partido. Essa burocracia, no entanto, pode ser superada, dependendo de boa vontade.
A presidente Dilma disse a Eduardo Campos, e o governador de Pernambuco concorda, que Serra será candidato, coisa que nem mesmo ele já decidiu. Teoricamente, a definição sobre o destino de Marina seria uma variável importante para a decisão de Serra, mas ele não tem tempo para esperar que ela se decida a fim de decidir-se.
O julgamento do novo partido Rede deve ser feito entre terça e quarta-feira, em cima do laço para a mudança de partidos, o que cria uma dificuldade adicional para Marina e seus seguidores. Como num passe de mágica, a presidente Dilma pode se ver livre de dois adversários ao mesmo tempo na próxima semana.
Um fato, porém, é inconteste: foi alto, fora da curva, o índice de votos brancos e nulos em algumas das principais cidades brasileiras. Exemplares foram as votações em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte é Salvador, com números que vão de 19% a 14% nas votações para vereador, e em torno de 14% para prefeito, bem acima da média histórica.
Tudo indica que a indisposição do eleitorado com a política; explicitada nas manifestações de junho e julho pelo país; continua presente em estado latente, mesmo que novas manifestações não tenham ocorrido.
A presidente Dilma continua à frente de seus principais adversários, afastando-se agora da ex-senadora Marina Silva, competidora que parecia com mais potencial de vencê-la num eventual segundo turno. Provavelmente, a incerteza sobre a possibilidade de Marina se candidatar desanimou uma parte de seu eleitorado, e ela perdeu seis pontos percentuais em relação à última pesquisa.
Tanto Marina quanto o senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, perdem posições em favor da presidente, que se mantém como favorita nesta fase pré-eleitoral. Mesmo quando aparece o ex-governador José Serra como candidato do PSDB, o índice do partido não se altera, o que retira dele a possibilidade de argumentar que é uma alternativa a Aécio.
O índice alcançado por Dilma Rousseff nesta pesquisa, de 38% das preferências, embora represente uma melhoria em relação à anterior, mantém a presidente da República dentro do patamar de 35% que o governador Eduardo Campos imagina ser o seu objetivo para que setores do PT não pressionem pela volta de Lula como candidato.
A corrida presidencial ficará mais clara esta semana, quando os prazos da legislação eleitoral confrontarão dois dos candidatos: Marina Silva e José Serra. O último dia para candidatos se filiarem a partidos a fim de concorrer em 2014 é sábado dia 4 de outubro, mas os políticos usam um prazo menor, pois são precisos dois dias para comunicar à Justiça Eleitoral a filiação a um novo partido. Essa burocracia, no entanto, pode ser superada, dependendo de boa vontade.
A presidente Dilma disse a Eduardo Campos, e o governador de Pernambuco concorda, que Serra será candidato, coisa que nem mesmo ele já decidiu. Teoricamente, a definição sobre o destino de Marina seria uma variável importante para a decisão de Serra, mas ele não tem tempo para esperar que ela se decida a fim de decidir-se.
O julgamento do novo partido Rede deve ser feito entre terça e quarta-feira, em cima do laço para a mudança de partidos, o que cria uma dificuldade adicional para Marina e seus seguidores. Como num passe de mágica, a presidente Dilma pode se ver livre de dois adversários ao mesmo tempo na próxima semana.
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