O GLOBO - 05/08
Paulo Ferraz e Bia Novaes são benfeitores do Rio de Janeiro, discretos mas eficazes promotores da cidadania. O convite que fizeram na semana passada para uma discussão sobre a segurança pública tinha como eixo uma conversa com José Junior, do AfroReggae, ameaçado de morte pelos traficantes que dominavam as favelas da cidade. A situação atual na área de segurança do Rio é extremamente delicada para o AfroReggae e seus membros, para seu fundador, José Junior, e também para a credibilidade da própria política de pacificação da cidade , disse o organizador do evento às mais de 100 pessoas presentes.
A política de pacificação, conhecida por UPPs, foi o que possibilitou libertar do jugo e da tirania do tráfico mais meio milhão de pessoas que vivem nas comunidades pacificadas. Apesar das falhas do programa, morrem hoje no Rio menos mil pessoas a cada ano em comparação com o período anterior às UPPs. A maioria dessas mortes ocorre entre jovens negros e pobres, as grandes vítimas das mortes violentas , prosseguiu Paulo Ferraz.
É necessário preservar a ideia central dessa política de pacificação, que é o direito das pessoas que vivem nas favelas de viverem sob o estado de direito, como vivem os que moram no asfalto. A sociedade precisa assumir essa política de pacificação como algo irreversível, uma política de Estado, que deve prosseguir mesmo em caso de mudança de governo. Afinal, é função do Estado garantir a paz, a lei e a ordem em todas essas comunidades , completa Bia Novaes.
Queremos paz e vamos vencer , conclama o bravo e carismático José Junior, libertador pela arte e pela cultura de jovens almas antes sem esperança. A escalada das ameaças contra minha vida é um sintoma de que estamos vencendo. O desespero dos traficantes, que ameaçam jovens inocentes em busca de um futuro melhor, revela na verdade seu enfraquecimento, sua perda de poder sobre as comunidades. Um morador de comunidade pacificada garantiu: Ainda há muito para ser feito, mas de uma coisa temos certeza: não queremos uma volta aos tempos de antes da pacificação. E um morador de comunidade não pacificada assegurou: Queremos também a pacificação. Sabemos todos em nossa comunidade que nada ganhamos permanecendo sob o domínio dos traficantes.
A política de pacificação, conhecida por UPPs, foi o que possibilitou libertar do jugo e da tirania do tráfico mais meio milhão de pessoas que vivem nas comunidades pacificadas. Apesar das falhas do programa, morrem hoje no Rio menos mil pessoas a cada ano em comparação com o período anterior às UPPs. A maioria dessas mortes ocorre entre jovens negros e pobres, as grandes vítimas das mortes violentas , prosseguiu Paulo Ferraz.
É necessário preservar a ideia central dessa política de pacificação, que é o direito das pessoas que vivem nas favelas de viverem sob o estado de direito, como vivem os que moram no asfalto. A sociedade precisa assumir essa política de pacificação como algo irreversível, uma política de Estado, que deve prosseguir mesmo em caso de mudança de governo. Afinal, é função do Estado garantir a paz, a lei e a ordem em todas essas comunidades , completa Bia Novaes.
Queremos paz e vamos vencer , conclama o bravo e carismático José Junior, libertador pela arte e pela cultura de jovens almas antes sem esperança. A escalada das ameaças contra minha vida é um sintoma de que estamos vencendo. O desespero dos traficantes, que ameaçam jovens inocentes em busca de um futuro melhor, revela na verdade seu enfraquecimento, sua perda de poder sobre as comunidades. Um morador de comunidade pacificada garantiu: Ainda há muito para ser feito, mas de uma coisa temos certeza: não queremos uma volta aos tempos de antes da pacificação. E um morador de comunidade não pacificada assegurou: Queremos também a pacificação. Sabemos todos em nossa comunidade que nada ganhamos permanecendo sob o domínio dos traficantes.
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