CORREIO BRAZILIENSE - 31/08
Zoinho, Asdrubal, Neca, Cajado e Priante; Quintão, Pimenta, Biffi e Mussi; Faro e Feliciano. Não é escalação de time de futebol, mas pequena brincadeira para lembrar vocês, caros leitores, de jamais esquecermos o pior dos medrosos, aqueles que temem assumir posição pública - ainda mais sendo parlamentar. Os 11 citados acima, e não avalio o comportamento individual de nenhum, estão entre os 108 parlamentares que se ausentaram da Câmara na noite em que se tentou cassar o mandato de Natan Donadon, ex-peemedebista de Roraima agora na Papuda. Há gente do PT ao PSDB, do PSB ao DEM.
O Partido dos Trabalhadores, hoje motivo até para a criação de neologismos de mau gosto, continua se esforçando para se tornar igual a tudo e a todos: 21 deles desapareceram do plenário. Até o "pragmático" PMDB foi mais comedido: mandou 15 sumirem. O comportamento do PSB, que escondeu 6 deputados, foi igualmente vergonhoso. Da turma tucana, se acovardaram sete deputados - um em cada 10. Outros 41 parlamentares lá estavam, mas preferiram se abster: a neutralidade, já se disse, pode ser sinônimo de omissão, descomprometimento. O neutro costuma beneficiar o infrator.
De qualquer forma, a Câmara deu munição aos jovens manifestantes de rua que haviam se recolhido às confusas "manifestações" via internet, por meio de redes sociais. Talvez a atitude dos deputados provoque até mais incerteza sobre o que querem (ou não) os jovens - que têm angústias semelhantes em todos os países.
O antropólogo Edgar Morin e o filósofo Patrick Viveret, na obra Como viver em tempo de crise, chegam a acreditar na hipótese de que possamos estar vivendo uma metamorfose diante de tanta coisa errada na economia, na política, nas relações diplomáticas, no trato ao meio ambiente e por aí vai. E vão até Antonio Gramsci, que definia muito bem o que é uma crise: o exato momento em que o velho mundo custa a desaparecer e o novo custa a nascer - e nesse claro-escuro podem acabar surgindo monstros.
O Partido dos Trabalhadores, hoje motivo até para a criação de neologismos de mau gosto, continua se esforçando para se tornar igual a tudo e a todos: 21 deles desapareceram do plenário. Até o "pragmático" PMDB foi mais comedido: mandou 15 sumirem. O comportamento do PSB, que escondeu 6 deputados, foi igualmente vergonhoso. Da turma tucana, se acovardaram sete deputados - um em cada 10. Outros 41 parlamentares lá estavam, mas preferiram se abster: a neutralidade, já se disse, pode ser sinônimo de omissão, descomprometimento. O neutro costuma beneficiar o infrator.
De qualquer forma, a Câmara deu munição aos jovens manifestantes de rua que haviam se recolhido às confusas "manifestações" via internet, por meio de redes sociais. Talvez a atitude dos deputados provoque até mais incerteza sobre o que querem (ou não) os jovens - que têm angústias semelhantes em todos os países.
O antropólogo Edgar Morin e o filósofo Patrick Viveret, na obra Como viver em tempo de crise, chegam a acreditar na hipótese de que possamos estar vivendo uma metamorfose diante de tanta coisa errada na economia, na política, nas relações diplomáticas, no trato ao meio ambiente e por aí vai. E vão até Antonio Gramsci, que definia muito bem o que é uma crise: o exato momento em que o velho mundo custa a desaparecer e o novo custa a nascer - e nesse claro-escuro podem acabar surgindo monstros.
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