quarta-feira, agosto 28, 2013

Hoje é dia de bons jogos - TOSTÃO

FOLHA DE SP - 28/08

Fora Marcelo Oliveira e Oswaldo de Oliveira, sempre elogiados, a cada semana, outro técnico é festejado


Nesta semana, os técnicos mais badalados do Brasileirão são Renato Gaúcho, do Grêmio, e Vágner Mancini, do Atlético-PR. Em outros períodos, foram Cristóvão Borges, Caio Júnior, Marquinhos Santos, Dunga e outros. Os preferidos costumam mudar a cada rodada. Bastam duas ou três derrotas seguidas para o que era "ótimo trabalho" ser esquecido. Como Cruzeiro e Botafogo se mantêm na frente desde o início, Marcelo e Oswaldo são sempre elogiados. Nestes dias, Marcelo mais que Oswaldo.

Cruzeiro e Botafogo têm jogado um futebol eficiente, com muita troca de passes e triangulações. Outra qualidade das duas equipes é não depender de um único artilheiro. O Cruzeiro, mesmo sem ter um craque, possui um elenco maior e melhor que o do Botafogo, ainda mais sem Vitinho.

Fluminense, São Paulo e Inter não seguem o modelo atual, jogado pela maioria dos times brasileiros e de todo o mundo, com meias e atacantes pelos lados, que atacam, marcam e fazem duplas com os laterais, na defesa e no ataque. Preferem um modelo de dez a 15 atrás, período em que o futebol brasileiro ficou para trás.

São Paulo x Fluminense foi um bom exemplo de um mau jogo coletivo, com o ataque embolado pelo centro, dependendo demais dos avanços dos laterais. Nas últimas quatro vitórias seguidas do Grêmio, não vi, coletivamente, nada convincente. Obviamente, há várias maneiras de vencer. Mais importante que o sistema tático é a qualidade dos jogadores e a competência na execução do que foi planejado.

Hoje e amanhã, teremos jogos decisivos pela Copa do Brasil. O Flamengo, ao contrário do que se esperava, regrediu nos últimos jogos. O Cruzeiro é muito melhor, mas, com o Maracanã lotado, o Flamengo pode fazer uma partida heroica, como é frequente em times e seleções que jogam em casa. O mesmo pode ocorrer no Independência. O Atlético- -MG, além de ter um bom time, quer reviver as viradas da Libertadores, com o estilo Galo Doido, de muita pressão e de jogadas aéreas.

Outro clássico, na sexta-feira, será entre Chelsea, dirigido por Mourinho, e Bayern, sob o comando de Guardiola, o melhor time do mundo, pelo que jogou na última temporada. A única mudança é que, com Guardiola, o time joga com um volante e dois meias, em vez de dois volantes e um meia. Já o estilo continua o mesmo, com mais troca de passes em velocidade e jogadas aéreas da linha de fundo. O que define o estilo de uma equipe não é somente o técnico. São, principalmente, os jogadores.

Encerro com minhas homenagens a Deco, um craque, que encerrou a carreira, e a De Sordi e Gylmar, campeões do mundo, que morreram no fim de semana. Na Copa-66, eu começava, e Gylmar terminava a carreira da seleção. Foi o maior goleiro da história do futebol brasileiro.

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