FOLHA DE SP - 08/07
Estados 'disputam' R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana
O governo federal começa hoje a receber representantes de governos estaduais e de prefeituras para selecionar as obras que entrarão no pacote de R$ 50 bilhões para melhorias na mobilidade urbana.
O aporte foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff em meio às manifestações que se espalharam pelo país no mês passado e que tiveram o transporte público como uma das pautas.
Entre hoje e amanhã, os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) terão encontros particulares com autoridades de oito Estados.
A maioria dos projetos escolhidos por administrações estaduais já estava no papel antes do anúncio federal.
O governo paulista levará a Brasília três projetos em andamento, com custo estimado de R$ 3,5 bilhões. A expansão da linha 5-lilás até o Jardim Ângela, na zona sul da capital, já passou por licitação.
Minas Gerais também tentará apoio para expandir seu metrô. A ideia é conseguir cerca de R$ 5 bilhões da União.
Secretários de Pernambuco estavam em reunião na última sexta-feira para definir as propostas do Estado.
Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul também estão na agenda do "processo seletivo".
Não há data para a divulgação dos projetos escolhidos. Cerca de 190 obras estavam na primeira etapa do plano, que repassou R$ 88 bilhões.
VACINA CONTRA HPV
A escolha da empresa Merck Sharp & Dohme (MSD), em parceria com o laboratório Butantan, para produzir a vacina contra o HPV que será distribuída pelo SUS foi feita pelo Ministério da Saúde de olho na nonavalente.
A vacina nonavalente, que vem sendo pesquisada há cinco anos, poderá proteger contra vírus que estão relacionados a aproximadamente 90% dos casos de câncer de colo do útero.
A vacina atual, que o SUS disponibilizará a partir de março de 2014, garante a proteção contra dois vírus (que desenvolvem 70% dos cânceres), além de outros dois tipos de HPV.
A expectativa do ministério é que os resultados das pesquisas clínicas da nonavalente sejam entregues para a Anvisa até o final do ano que vem.
Os valores dos investimentos que estão sendo realizados no desenvolvimento dessa nova vacina não foram divulgados.
A infecção pelo HPV atinge hoje uma em cada dez pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, cerca de 700 mil novos casos são registrados a cada ano. Estima-se que sejam entre 9 milhões e 10 milhões de infectados em todo o país.
Nova legislação para os portos pode provocar brigas na Justiça
Em vigor desde junho após intensa batalha no Congresso, a nova Lei dos Portos pode levar empresas a tentar reverter mudanças na Justiça, segundo especialistas.
O advogado Bruno Duarte, do Trench, Rossi e Watanabe, diz que é possível a existência de "brigas de liminares" motivadas por "players" que tinham contratos de arrendamento em portos públicos antes de 1993 (ano da antiga lei).
"O governo vetou a proposta do Congresso de renovar os contratos. Se o veto não for derrubado, arrendatários tentarão judicializar a questão."
Também poderá ser questionada a saída dos terminais privados da área de portos organizados, afirma José Mário da Costa Silva, do Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff.
"Novos terminais terão de investir em uma estrutura física, que antes era das Companhias das Docas estaduais."
Mauro Penteado, do escritório Machado Meyer, diz que ainda há incerteza em alguns pontos, como a chamada pública de novos projetos.
"É um modelo diferente de outros setores regulados. Mas avalio que é um avanço, não vejo fuga de investimentos."
DE OLHO NA CARGA
O número de roubos e veículos de caminhões registrados pela Tracker (empresa de rastreamento) cresceu 44% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2012.
"Esse tipo de crime tem como objetivo, além do caminhão, a carga", afirma Ronaldo Megda, vice-presidente do grupo.
Os registros passaram de 113 (que representavam 11,5% do total das ocorrências do mês) para 163 (15,6%).
"A recuperação desses veículos é mais difícil que a de carros. São quadrilhas mais especializadas", acrescenta o executivo.
Também em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve alta de 8,5% no número de roubos e furtos de utilitários. Por outro lado, a empresa registrou queda de 14,7% nas ocorrências com motos. As com veículos leves permaneceram estáveis.
HOSPEDAGEM MINEIRA
A rede de hotéis Arco, de Minas Gerais, dobrará o número de unidades nos próximos dois anos: dos atuais sete para 14 empreendimentos.
O aporte na ampliação, feito por investidores imobiliários, somará R$ 700 milhões.
O grupo manterá o foco em Minas. Dos sete novos hotéis, somente um será no Espírito Santo, mas em Colatina, perto da divisa.
A expansão inclui novas unidades em Belo Horizonte e em cidades de médio porte, como Governador Valadares, Sete Lagoas e Viçosa.
"Avaliamos os municípios e verificamos que ainda há demanda, principalmente por empreendimentos de padrão médio e econômico", diz Rodrigo Mangerotti, superintendente do grupo.
"Queremos nos consolidar em Minas com hotéis corporativos e de eventos."
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