A crise financeira na Europa e a retração da economia mundial, com países importante em recessão ou se aproximando rapidamente nela, vem tendo dois desdobramentos: a queda do valor dos ativos de empresas, que viram seu mercado reduzidos, com seus preços atraente, e um movimento de aquisições e fusões no decorre\r de 2012. Diante das incertezas na Europa, que somente agora começam a desanuviar, as multinacionais que haviam resistido à crise se retraíram e acumularam reservas de caixa estimadas pelo Unctad (sigla em inglês para Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento), com base em entrevistas com seus executivos, da ordem de US$ 6 trilhões. E voltaram ao mercado em 2012, realizando grandes operações e obtendo lucros e investindo em países emergentes que ainda crescem.
Mas aqui a grande surpresa: elas estão encontrando agora a competição de multinacionais de países emergentes, igualmente ativas em busca de bons preços e barganhas! O cenário está mudando.
Brasil também? Sim. A crise nos países ricos permitiu que empresas brasileiras e de países emergentes saíssem às compras em 2012 e ampliassem suas estratégias de internacionalização. Em um ano, segundo dados da ONU, as multinacionais brasileiras aumentaram suas aquisições no exterior em 34%, chegando a um valor de US$ 7,4 bilhões.
O valor coloca o Brasil como o 12.º maior responsável por aquisições no exterior em todo o mundo. Entre os emergentes, o País é o sexto maior comprador.
O ano de 2012, diante da crise na Europa, registrou um volume recorde de aquisições por países emergentes. Hoje, uma a cada três aquisições pelo mundo já é realizada por empresas de países em desenvolvimento, registra a Unctad em seu tradicional balanço anual.
Brasil primeiro mundo? A crise nos países ricos permitiu que empresas brasileiras e de países emergentes saíssem às compras em 2012 e ampliassem suas estratégias de internacionalização. Em um ano, segundo dados da ONU, as multinacionais brasileiras aumentaram suas aquisições no exterior em 34%, chegando a um valor de US$ 7,4 bilhões.
Esses valores colocam o Brasil como o 12º maior responsável por aquisições no exterior do mundo, diz a Unctad. Entre os emergentes, o País é o sexto maior comprador de empresas lá fora.
Não deixa de ser instigante que o Brasil, que cresceu apenas 1% este ano porque os investimentos principalmente privados não param de recuar (eles representam 80% do total), não só não invista menos ano após ano, como dê sinais de correr o risco de desinvestir.
Em 2012, diante da crise na Europa, houve um volume recorde de aquisições por países emergentes. Hoje, uma a cada três aquisições pelo mundo já é realizada por empresas de países em desenvolvimento. No ano passado, enquanto a Europa na prática parou de comprar, os emergentes aumentaram suas atividades em 10%.
US$ 114 bilhões. No total, os emergentes gastaram pelo menos US$ 114 bilhões em aquisições. O principal responsável é a China, que investiu US$ 37 bilhões na aquisição de empresas no exterior. Hong Kong vem na segunda posição, seguido por Malásia, Chile e Rússia.
Entre as multinacionais latino-americanas, o aumento de aquisições no exterior foi de 50%, chegando a um volume recorde de US$ 28 bilhões e registrando a maior elevação do mundo. Até mesmo empresas argentinas gastaram US$ 2 bilhões em aquisições no exterior,
Empresas do Reino Unido, Portugal, Espanha e Itália que nos últimos anos haviam comprado companhias no exterior foram obrigadas a se desfazer de seus negócios e repatriar o dinheiro para casa.
E não seria irônico se essas operações forem feitas por multinacionais brasileiras com recursos que estariam tirando do Brasil, porque encontram lá fora melhores condições, menos impostos, segurança, regras sustentáveis e menos intervenções do governo - o que não se oferece aqui?
E por que não se pergunta a elas? Ou elas já disseram, mas ainda não obtiveram respostas?
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