FOLHA DE SP - 08/01
Escassez de energia custou R$ 800 mi em dezembro para as distribuidoras
Com a queda nos reservatórios das hidrelétricas e o acionamento de usinas termelétricas, que são mais onerosas, as distribuidoras de energia afirmam que tiveram em dezembro um custo adicional de R$ 800 milhões. Em novembro, foram R$ 650 milhões a mais.
"Se a seca se prolongar até março, haverá um aumento de 5,6%", diz Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee (associação de distribuidores de energia). O custo total previsto com o acionamento "extra" será de R$ 3,85 bilhões.
As empresas de distribuição têm de pagar com 45 dias e recebem em 12 prestações, por causa do reajuste tarifário.
"Isso gera um impacto grande no caixa das distribuidoras e compromete parte da receita das empresas."
A entidade encaminhou um pleito ao Ministério de Minas e Energia. "Uma das soluções seria um empréstimo para distribuidoras pagarem essa conta da geração termelétrica até o reajuste", diz.
"Outra solução seria a postergação do pagamento de encargos, de maneira que as empresas tivessem caixa para pagar essa conta."
Desde os últimos meses do ano passado, o país está com a operação de térmicas quase quatro vezes a mais que até outubro de 2012. "De 3.000 MW, passamos para 13.700 MW."
No ano passado, foram acionadas basicamente as que funcionam a gás e, nos últimos meses, as mais custosas -a óleo. Desde 2008, não acontecia de todas as térmicas a óleo do país estarem operando juntas.
Enquanto a energia produzida em uma usina a gás custa a partir de R$ 100 o MW/hora, a de uma a óleo não sai por menos de R$ 500 o MW/hora.
"O Ministério das Minas e Energia está com boa vontade para solucionar esse problema porque, se não, teremos uma inadimplência generalizada no setor."
O aumento para o consumidor se dará nos próximos 12 meses. Para evitar racionamento, as termelétricas estão rodando na potência máxima, e esse custo será repassado.
"As térmicas a óleo são as últimas a entrar [em operação]. Elas não estão no sistema para suprir demanda, mas para garantir suprimento de geração de segurança", diz o presidente-executivo da Abragef (associação de geração flexível), Marco Antonio Veloso.
SEM CARRINHO
O Pão de Açúcar criou um "drive-thru" para entregar produtos adquiridos pela internet. O cliente poderá retirar seu pedido no estacionamento da loja três horas após a compra on-line.
Inicialmente, o serviço estará disponível na loja Washington Luís, em São Paulo.
Até o final do ano, a empresa deve ampliar o serviço, que só pode ser realizado para compras de até 60 itens, para outras unidades da rede.
TRIPLO
Três rankings de fusões e aquisições em 2012 colocam o Credit Suisse em primeiro lugar em volume de operações.
No levantamento da Bloomberg, o banco alcançou R$ 31,5 bilhões em volume de operações, com participação de mercado de 50%.
Segundo a Dealogic, por sua vez, foram US$ 33,7 bilhões e 40% de participação.
Pela Thomson Reuters, o total foi de US$ 28,4 bilhões.
Para Fábio Mourão, responsável pela área de fusões e aquisições do banco, o maior destaque do ano passado foi a venda da Amil para UnitedHealth.
"Essa operação de R$ 9,95 bilhões, na qual o banco foi o assessor exclusivo da Amilpar, foi o maior investimento já feito por uma empresa americana no país", afirma. Mourão também ressalta a participação do banco na operação de R$ 11,8 bilhões da Redecard.
"Para 2013, a expectativa é grande, com várias operações em andamento. E são de vários setores."
O sócio do BTG Pactual Marco Gonçalves, responsável pela área, diz que em 90% das vezes o banco assessorou a ponta vendedora.
"Por ser brasileiro, empresas nacionais que querem vender nos procuram. Por isso, temos mais chance de aparecer em ranking e fomos o primeiro em número de operações realizadas", afirma Gonçalves.
"Este 2013 será ainda melhor. Estamos com muitas transações já adiantadas e algumas serão fechadas ainda no início deste ano."
São Paulo fecha contrato para novo parque tecnológico
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e a Incorplan Engenharia assinam hoje contrato para a execução de obras de adequação do núcleo central do novo Parque Tecnológico SP Jaguaré.
O contrato será no valor de R$ 15,7 milhões.
A empresa venceu a concorrência pública e deverá iniciar a obra ainda neste mês, em terreno de 86 mil m².
"Será organizada uma entidade gestora do parque que fará a captação das empresas", diz o secretário Luiz Carlos Quadrelli.
O parque tecnológico terá foco nos setores de tecnologia da informação e comunicação, saúde, nanotecnologia e novos fármacos e centro de pesquisa e desenvolvimento em mobilidade, entre outras áreas.
O novo projeto deverá abrigar de grandes empresas a micro e pequenas que trabalhem com inovação.
A previsão da secretaria é que, em até dez meses, as empresas possam se estabelecer no parque.
LAVA-RÁPIDO
A Kärcher, fabricante alemã de equipamentos de limpeza, ingressará em um novo segmento neste ano. A companhia começará a oferecer máquinas também para o mercado de lavadores automáticos de veículos.
"O setor volta a crescer e queremos acabar com o estigma de que a lavagem automatizada danifica o veículo", diz Abilio Cepêra, principal executivo da companhia europeia no Brasil.
O mercado brasileiro do setor gira em torno de R$ 26,5 milhões anuais, segundo a empresa. A meta é conseguir 30% do segmento.
O aporte no desenvolvimento e na produção da nova linha, na fábrica localizada em Paulínia (SP), é superior a R$ 5 milhões.
Entre os novos equipamentos que serão produzidos, estão os lavadores automáticos para automóveis, ônibus e caminhões, além de máquinas utilizadas na reciclagem de água.
Casa... O HSBC terá consórcio de imóveis com créditos entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. O novo grupo, exclusivo para correntistas do banco, terá prazo de 192 meses e o consorciado poderá utilizar até 40% do crédito para pagar o lance.
...própria O Bradesco tem prazo de 144 meses com R$ 300 mil de valor máximo de cota, podendo o cliente unificar uma ou mais. O Santander também oferece 144 meses de prazo, com faixa de crédito de R$ 100 mil a R$ 200 mil.
Quatro... O Banco do Brasil ultrapassou a marca de R$ 10 bilhões em financiamentos de veículos, considerando somente as operações originadas pelas agências. Ao todo foram contratadas mais de 452 mil operações em 2012.
...rodas O valor médio dos contratos de financiamentos foi de R$ 29 mil, de acordo com a instituição bancária. O montante total das operações registradas no ano passado superou em 194% o saldo de dezembro de 2011.
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