ZERO HORA - 08/11
Conheço muita gente brilhante. E conheço muito mais gente aplicada.
Quase sempre o sujeito se torna aplicado por não ser brilhante.
O brilhante muito mais pensa do que faz. Já o aplicado mais faz do que tem a capacidade de pensar.
O aplicado realiza uma verdadeira mão de obra para chegar ao sucesso.
Já o brilhante despende menos suor para ter êxito.
Dá-se o seguinte: quando a pessoa sente que não é brilhante e quer vencer na vida, então adota a aplicação.
Só com muito esforço uma pessoa pode suprir a falta de brilhantismo.
Haja suor, haja trabalho, haja organização, isso é a aplicação.
Quando você vê uma pessoa agindo sempre, preenchendo todos os espaços, estando em todos os lugares, executando todas as tarefas, a isso se chama aplicação.
Já o brilhante não precisa esforçar-se e consegue ótimos resultados sem trabalhar muito. A força das suas ideias é poderosa, leva tudo pela frente e realiza coisas prodigiosas.
Eu admiro muito os aplicados. Mas eu gosto mesmo, eu sou apaixonado pelos brilhantes.
Quando me dizem, por exemplo, que determinada pessoa é descuidada, eu corro para conhecê-la.
É que os brilhantes são sempre descuidados, são distraídos, isto é, não se aplicam.
Eu dou um doce para ouvir uma ideia, um pensamento, uma solução de um brilhante.
O brilhante tem solução pronta para quase tudo. Já o aplicado tem de entregar-se muito ao trabalho para chegar a uma solução.
Ah, eu ia me esquecendo: nunca vi um brilhante aplicado.
Ontem cheguei a pensar que Fábio Koff estava demorando muito para contratar Vanderlei Luxemburgo com a finalidade de encontrar um pretexto para não acertar-se com ele.
Deus queira que o Fábio Koff não tenha calculado que terá ciúme de Luxemburgo, se ele for seu treinador.
A pior coisa é quando o presidente do clube começa a disputar beleza com o treinador, foi o que me parece aconteceu com o Paulo Odone, que sentia ciúme do Renato Portaluppi.
Presidente e treinador têm de entrosar-se totalmente e caminhar juntos com a mesma finalidade, de mãos dadas, têm de entender-se por ouvido.
Tomara que o Fábio Koff abrace o Luxemburgo com convicção.
Se o Koff não contratar o Luxemburgo, será uma catástrofe: já sairá queimado com a torcida de cara.
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