FOLHA DE SP - 25/11
Venda de computador no país parou de crescer, diz setor de eletrônicos
As vendas de computadores no Brasil estão estagnadas, segundo a Abinee (associação do setor).
De janeiro a setembro, a comercialização de PCs cresceu apenas 1% ante igual período de 2011, com 11,8 milhões de unidades que incluem produção nacional e uma pequena parte importada.
"Já chegamos a ter crescimentos de 15% e até de 20% nos últimos anos. Isso é reflexo do sentimento de cautela do consumidor devido à crise internacional", diz Hugo Valerio, diretor da Abinee.
A indústria já sente o avanço modesto, mas espera reação do comércio no Natal, segundo o executivo.
A queda está concentrada nos computadores de mesa (-12%), com apenas 5 milhões de unidades vendidas.
Os notebooks registraram aumento de 13%.
"Os desktops recuaram, mas isso é uma tendência em razão da mobilidade dos notebooks que estão com capacidade cada vez maior", diz.
O mercado de tablets, por outro lado, avançou 188%.
"O crescimento é grande porque é um produto novo. Muitos compram achando que vai substituir o PC, mas depois percebem que é um dispositivo com funções mais restritas", afirma.
Os celulares tradicionais também tiveram retração, de 29%, enquanto os smartphones cresceram 74% e passaram a representar 26% do total de telefones móveis.
O QUE ESTOU LENDO
Marcos Cintra, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SP)
Doutor em economia pela Universidade Harvard e vice-presidente da FGV, o professor Marcos Cintra afirma ter o hábito de ler simultaneamente mais de um livro.
No momento, são três. O primeiro deles, "O sonho europeu" (2004), Jeremy Rifkin, mostra o declínio do sonho americano e o surgimento do europeu.
"Muito boa a comparação entre a cultura europeia e a americana", diz. Cintra se dedica também à leitura de "Mao - A história desconhecida", de Halliday e Chang (2005).
"Mostra como ele foi um sanguinário e um psicopata." Por último, o professor lê "Islã", de Paul Balta (2010). "Livro de bolso, para ler nos congestionamentos, analisa o islamismo sem preconceitos."
DE OLHO NO MARACANÃ
A OAS Arenas -braço da OAS Investimentos para fazer a gestão dos estádios Fonte Nova (BA), das Dunas (RN) e do Grêmio (RS)- está interessada em administrar também o Maracanã e o Mané Garrincha (Brasília).
"Estamos estudando alguns estádios que estão sendo construídos pelo governo, mas dependemos da modelagem [de gestão] que será proposta", diz Carlos Eduardo Paes Barreto, responsável pela OAS Arenas.
Com os três estádios cujos contratos já foram fechados, a empresa espera faturar anualmente R$ 450 milhões.
Desse total, 40% será proveniente das bilheterias, 30% dos camarotes, 20% da publicidade e 10% do aluguel de espaços para escritórios, restaurantes e lojas.
Amanhã, a OAS anuncia uma parceria com a Microsoft Participações, que irá instalar start-ups nas arenas do Grêmio e das Dunas.
Dos 30 mil metros quadrados que serão alugados no espaço de Porto Alegre, 2.000 serão destinados para essas empresas emergentes de base tecnológica.
O projeto, segundo Barreto, é semelhante ao que a norte-americana terá no Rio de Janeiro, no qual 15 start-ups receberão R$ 1 milhão em investimentos cada uma e apoio por dois anos.
SACO DE NATAL
O Boticário investiu R$ 52 milhões em ações de marketing e em desenvolvimento de produtos para este Natal.
O valor fica no mesmo patamar do volume desembolsado no Natal dos últimos cinco anos.
Com o aporte, a empresa espera ter alta de 17% nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2011.
O Natal é a principal data festiva para a marca. Em seguida aparece o Dia das Mães, que recebe aporte de R$ 14 milhões para o desenvolvimento de ações publicitárias.
Depois, vem o Dia dos Pais (R$ 13 milhões) e o Dia dos Namorados (R$ 12,5 milhões).
A empresa contratou 6.000 funcionários temporários para atenderem ao aumento do número de consumidores em seus 3.260 pontos de venda.
LANCE NA HISTÓRIA
A Salles & Von Brusky prepara um leilão de quase mil peças do espólio da família Canavarro Pereira.
A coleção pertencia a um dos últimos palacetes na avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, que foi vendido neste ano para o empreendimento de um hotel.
Entre obras de arte, tapeçarias, joias, objetos em marfim e mobiliário, será exposta uma baixela de vermeil de 245 peças.
Haverá também um par de poltronas Luis 15, do século 19, que pertenceu à coleção de Elizabeth Taylor, segundo Ricardo von Brusky, sócio do escritório de arte.
"O destaque será um quadro do pintor belga Anton Van Dyck, do século 17, que tem valor inicial de R$ 2 milhões. Atraiu a atenção de investidores estrangeiros."
A obra "Paola Doria, Marquesa de Lomellini" foi adquirida pela família em 1965.
Contas... No mês passado, 14,6% das famílias da região metropolitana do Rio de Janeiro tinham alguma conta atrasada, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ.
...em dia O número é o menor já registrado em um mês de outubro desde o início do levantamento, em 2000.
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