FOLHA DE SP 31/08
Com o pré-sal, seguros para navio crescem no país
A evolução do segmento de seguros para cobertura de risco de embarcações especializadas em pré-sal vai atrair empresas e práticas da Noruega, segundo a FenSeg (federação de seguros).
"O país é especializado na área. Algumas frotas brasileiras já têm embarcações na condição norueguesa de seguros, em que as coberturas são mais amplas", diz Carlos Polízio, executivo da FenSeg.
A Liberty Seguros, que acaba de entrar no mercado de seguros de navios no Brasil, fechou acordo com a norueguesa Norwegian Hull Club.
A Liberty informa que já emitiu apólice que cobre US$ 200 milhões em riscos para três navios que operam na Bacia de Campos.
"O padrão norueguês tem contrato sucinto e serviços como treinamento de tripulação e executivos. Permite que o próprio segurado realize a apuração do dano em caso de acidente. Este tipo de flexibilidade dará maior velocidade aos processos", diz Pablo Barahona, presidente da Liberty Seguros.
"Com o pré-sal, as frotas vão crescer, com embarcações para fazer a logística. Nosso objetivo é conquistar 700 apólices nos próximos três anos", afirma o executivo Maurício Giuntini.
O volume de prêmios emitidos no segmento cresceu de R$ 15,9 milhões no primeiro semestre de 2011 para quase R$ 17 milhões no período neste ano, segundo Polízio.
No grupo segurador Banco do Brasil Mapfre, a área de cobertura de cascos cresceu 475% de janeiro de 2011 a julho deste ano, segundo Wady Cury, diretor-geral de grandes riscos do grupo.
R$ 16,7 milhões foi o prêmio arrecadado de janeiro a junho de 2012
R$ 15,9 milhões foi o valor de janeiro a junho de 2011
REMÉDIOS EM CASA
A proposta da ANS de que as operadoras de planos de saúde venham a oferecer medicação domiciliar a beneficiários portadores de doenças crônicas não foi bem vista pelo setor.
Para José Cechin, presidente da Fenasaúde (que representa as operadoras), não há evidências de que a oferta de remédios surta efeito.
Uma pesquisa dos EUA, divulgada pelo Iess (Instituto de Estudos de Saúde Complementar), aponta avanço apenas de preços dos prêmios e do uso de medicamentos.
"Não se verifica relação entre a oferta de medicamentos na rede privada e a diminuição de internações ou melhora de saúde do paciente", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Iess.
José Cláudio Ribeiro Oliveira, da Unimed do Brasil, afirma que a ANS quer transferir para as operadoras responsabilidades do SUS.
Paulo Arthur Góes, do Procon de SP, afirma que "é também responsabilidade do setor privado, cujo objetivo é a qualidade de vida, o que inclui acesso a remédios".
EXPANSÃO DO CELULAR
As teles expandem a operação de telefonia de terceira geração em São Paulo.
A TIM aumentará sua cobertura 3G para 18 novas cidades no Estado. Com a iniciativa, a operadora atingirá 192 dos 645 municípios do Estado.
No Brasil, a empresa chegará a 554 municípios, que abrigam 59,3% da população. O país possui 5.565 cidades.
Desde o começo do ano, a Oi havia ampliado o atendimento para 16 novas cidades paulistas. Mas vai acelerar as inclusões a partir de agora e, até o fim do ano, passará a operar em 51 novos municípios.
A empresa terminará 2012 atendendo a 75% da população urbana brasileira, afirma.
Presente em 2.854 municípios do país, a Vivo informa que estará presente em mais de 3 mil ainda neste ano.
A companhia alega ser questão estratégica revelar quantas serão em São Paulo.
No primeiro semestre deste ano, as teles investiram R$ 10 bilhões.
MARCA BRASILEIRA
O governo brasileiro aportará R$ 2 milhões em um fundo gerido pela Ompi (Organização Mundial de Propriedade Intelectual) para ajudar países emergentes a melhorar regras de proteção ao direito autoral.
O auxílio técnico focará os países de que o Brasil tem se aproximado no âmbito da política externa, segundo Jorge Ávila, presidente do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual).
"Não é de interesse das empresas que exportam produtos para a África serem copiadas no dia seguinte", afirma.
Vitrine... Em setembro, no evento no Rio em que fará o acordo com a Ompi, o Inpi lançará um curso para ensinar às empresas a explorar suas marcas em eventos esportivos.
...em jogo A ideia é evitar no Brasil as propagandas indiretas que contrariavam acordos com patrocinadores vistas em Copas e Olimpíada realizadas no exterior.
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