“O julgamento do mensalão tem função pedagógica”
Cardeal Raymundo Damasceno Assis (CNBB), sobre a condenação de mensaleiros
STF: LEWANDOWSKI COMETEU “HARAKIRI BIOGRÁFICO”
Durante intervalo na sessão de ontem do STF, um dos seus mais importantes ministros não precisou recorrer a expressões tão líricas quanto firmes, que usa em suas intervenções, para definir o papel do colega Ricardo Lewandowski, ministro revisor que tentou absolver acusados do mensalão. “Ele cometeu um harakiri biográfico”, disse a um colega, com seu acentuado sotaque regional. Harakiri é um ritual de suicídio de samurais japoneses.
ABNEGAÇÃO
O revisor Lewandowski segurou o processo por mais de 170 dias, um recorde, e tentou convencer o presidente do STF a adiar o julgamento.
EXORBITOU
A função de revisor, meramente técnica, era quase desconhecida, mas Lewandowski tentou torná-la mais importante que a de relator.
ESTICANDO O TEMPO
Nos primeiros momentos do julgamento, Lewandowski ocupou mais tempo, com seus demorados votos, que o relator Joaquim Barbosa.
TOCANDO DE OUVIDO
Lewandowski deixou o STF chocado ao sacar um longo voto por escrito após Márcio Thomaz Bastos “improvisar” uma questão de ordem.
DF: BRIGA POR GIGANTE DE INFORMÁTICA PERTO DO FIM
Cansado de perder na Justiça, na disputa com viúva e filhos do falecido sócio Elias Rocha, que fundou a gigante de informática Ctis, Avaldir Oliveira tem dito a amigos que vai tratar “pessoalmente” dos derradeiros recursos no Superior Tribunal de Justiça. Seus métodos têm a sutileza de um trator. A família de Elias, morto no Fokker 100 da TAM, acusa-o de se apropriar da Ctis, após a morte do sócio, e fraudar documentos.
FRAUDE ATESTADA
No inventário de Elias, surgiram documentos transferindo a parte dele para Avaldir. A Justiça comprovaria depois que a papelada era falsa.
OITO ANOS
A viúva e filhos do fundador da Ctis, que hoje enfrentam dificuldades, lutam desde 2004 pelo que pertencia a Elias Rocha: 50% da empresa.
DEBOCHE
Avaldir da Silva Oliveira ofereceu, a título de “acordo”, R$ 1 milhão à viúva do fundador da Ctis, que fatura R$ 800 milhões por ano.
FERIDOS E TRISTES
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse que “a vida continua” ao comentar a condenação de João Paulo Cunha. “Estamos feridos, tristes, mas o PT é grande o suficiente para continuar crescendo”.
IMPUGNAÇÃO
Humberto Costa (PT) pediu no TRE a impugnação do rival na disputa pela Prefeitura do Recife Geraldo Júlio (PSB), apoiado pelo governador Eduardo Campos, por abuso de poder e uso da máquina pública.
OUTRA VEZ
Os petistas pernambucanos comemoraram, como gol em Copa do Mundo, a informação do PT-SP de que o ex-presidente Lula novamente teria se recusado a receber o ex-grande amigo Eduardo Campos.
MAIS DOCUMENTOS
Chegou à CPI o auto de apreensão na chantagem de Andressa Cachoeira contra o juiz. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) adianta: “Tem uma procuração da empresa Mestra, que comprou a casa do Perillo”.
GASTOS OLÍMPICOS
Mal começaram os preparativos para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro e já se estima que até lá serão gastos R$ 30 bilhões, segundo a ONG Contas Abertas. Certos políticos reviram o olhos de felicidade.
CAOS CRESCENTE
O aeroporto de Brasília virou um caos, ontem, principalmente no check-in da TAM, com centenas de pessoas tentando viajar. A Infraero atribuiu isso ao término de um evento. Pense na Copa...
ALÔ, DILMA
A Infraero reúne certamente por nossa conta, em Fortaleza (CE), neste fim de semana, mais de 150 advogados para discutir, à beira-mar, os cortes orçamentários na estatal cuja reputação é de incompetência.
O EVANGELHO DO BARÃO
O diplomata Luís Cláudio Villafañe, que atua na missão do Brasil na Comunidade de Países de Língua Portuguesa, lançou mais um livro, O Evangelho do Barão: Rio Branco e a Identidade Brasileira (Ed. Unesp). O autor é um craque, PhD em Ciência Polícia em Nova York e Brasília.
PERGUNTA SUPREMA
Após assistir a seis dos oito ministros que nomeou para o STF condenando a companheirada, Lula ainda insistirá que o mensalão não existiu?
PODER SEM PUDOR
NECROLÓGICO DE SONHO
Ex-deputado federal e ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, Flávio Bierrenbach era apenas um garoto de quinze anos de idade quando seu professor de Português determinou a lição do dia: cada aluno deveria imaginar como gostaria que escrevessem seu necrológico. O garoto Flávio foi o único a merecer nota dez, com a seguinte frase:
- Morreu ontem, aos 99 anos, vítima de marido ciumento, o ex-presidente da República Flávio Bierrenbach.
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