O cenário na Câmara
Fluminenses e capixabas já consideram um ganho o reconhecimento, pela presidente Dilma, de que as projeções de produção de petróleo do texto aprovado pelo Senado estão superestimadas. A discussão na Câmara tende a ser mais radicalizada do que foi no Senado, devido às eleições municipais. Deputados dos estados não produtores usarão esse tema como bandeira. O essencial para os estados produtores é tentar preservar o que já foi licitado. “Você não pode abrir mão do que é seu”, afirma o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). No mais, se o clima estiver muito adverso na Câmara, é jogar a decisão para o STF.
"Estamos esperando que o governo cumpra os compromissos” — Jovair Arantes, deputado (GO) e líder do PTB, sobre a liberação das emendas ao Orçamento
VIÉS DE BAIXA. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) encerra o ano levando a segunda rasteira: a ida de Aloizio Mercadante para o Ministério da Educação. Além de ter nutrido a expectativa de ir para o MEC, ela não esperava ver um concorrente no cargo. Os dois gostariam de disputar o governo de São Paulo. O primeiro revés de Marta foi ter que abrir mão, a pedido de Lula e da presidente Dilma, da pré-candidatura à prefeitura de São Paulo. A origem dos problemas de Marta foi seu isolamento no PT.
Reclusa
A presidente Dilma avisou previamente que não receberia visitas na Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passa férias com a família. Assim, o governador Jaques Wagner vai passar o Ano Novo em Cartagena das Índias, na Colômbia.
Dança das cadeiras
Presidente de Itaipu, o petista Jorge Samek vai deixar o cargo para disputar a prefeitura de Foz do Iguaçu (PR) no ano que vem. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) gostaria de assumir o seu lugar na empresa binacional.
Armistício?
O governador Cid Gomes (CE) foi incorporado à Executiva Nacional do PSB e quatro aliados passaram a fazer parte do Diretório Nacional. Ele e o irmão, Ciro, andavam aos trancos e barrancos com o presidente do partido, Eduardo Campos.
Casquinha
Presidente do DEM, o senador José Agripino (RN) diz que o mérito pelo Brasil ter virado a sexta maior economia é mais da iniciativa privada do que do governo. “O PIB é feito pelas exportações de minério, de soja, de carne”, diz ele.
DISCRIÇÃO. Jader Barbalho (PMDB-PA) deve ter uma atuação discreta no Senado, onde toma posse hoje, assim como foi seu mandato na Câmara dos Deputados.
FRENESI. Por menor que seja a reforma ministerial, os partidos estão apreensivos com a falta de informação sobre as mudanças. A presidente Dilma não fala sobre o assunto.
DE CALÇA CURTA. Cotado para assumir o Ministério da Educação, o secretário-executivo da pasta, José Henrique Paim, foi pego de surpresa com a indicação de Aloizio Mercadante para o cargo.
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