RN desiste de cobrar ICMS sobre venda on-line
O Rio Grande do Norte não vai mais cobrar ICMS sobre produtos vendidos pela internet por empresas de outros Estados.
O secretário de Tributação do RN, José Airton da Silva, e os de outros 17 Estados haviam assinado em abril um protocolo que determina a divisão do imposto entre os Estados de origem e de destino das mercadorias vendidas on-line.
"Desistimos de cobrar [o ICMS] após a consultoria jurídica do Estado afirmar, na sexta-feira, que não seria legal", disse Silva.
O governo do RN diz que deixou de arrecadar R$ 40 milhões em 2010 por causa das vendas virtuais. Apesar de ser signatário do protocolo, o Estado ainda não havia implementado a medida.
Outros governos também nunca conseguiram cobrar o imposto. O Piauí, por exemplo, foi barrado no Tribunal de Justiça e no STF.
Goiás desistiu da medida após a B2W (controladora da Americanas.com e do Submarino) conseguir uma liminar impedindo a cobrança. Alagoas, porém, ainda pretende publicar uma minuta para iniciar a arrecadação.
Maranhão e Sergipe cobram o ICMS desde julho e outubro, respectivamente.
As empresas pontocom reclamam do protocolo por considerar que ele gera dupla cobrança de tributo.
Pela lei, apenas Estados que têm centros de distribuição das lojas eletrônicas (normalmente São Paulo e Rio) podem arrecadar nessa situação.
Uma ação para suspender o protocolo corre no STF.
Expectativa alemã
Os consumidores alemães terminam o ano muito mais otimistas que a maioria da população europeia. As expectativas econômica e de renda aumentaram em dezembro. Apenas a propensão a comprar apresentou queda, segundo indicadores da GfK.
A expectativa econômica teve um incremento pela primeira vez em cinco meses. O otimismo é decorrente do baixo nível de desemprego do país.
O relatório da GfK, porém, lembra que não se sabe até quando essa situação favorável irá durar, já que a crise europeia pode diminuir o volume das exportações alemãs.
A propensão a consumir caiu 18,9 pontos, mas continua positiva e em um patamar considerado alto.
PEDALADA NA PRODUÇÃO
O aumento do consumo de bicicletas no Brasil fez disparar a entrada de importados e estimulou a produção nacional neste ano.
"O volume de importação saiu de 250 mil produtos no ano passado para 450 mil em 2011", diz Eduardo Musa, presidente da Caloi.
"Há alguns meses, o governo chegou a elevar a tarifa de importação", afirma.
Além do uso para locomoção, a cultura do esporte é crescente no Brasil, segundo Musa.
A fabricação da empresa no país alcançou 1 milhão no ano. A marca brasileira tem em andamento um projeto de investimento de R$ 30 milhões para elevar produção e agregar tecnologias.
Em 2011, a empresa registrou alta de 25% em unidades e 30% em faturamento.
Em dois ritmos
Trabalhar nas economias emergentes ainda é um desafio para as multinacionais, segundo estudo da BCG (The Boston Consulting Group).
Dos 120 executivos entrevistados pela consultoria, 7% afirmaram que conseguem equilibrar a coordenação global da empresa com a autonomia dos escritórios locais.
O estudo aponta que uma das principais dificuldades é trabalhar em duas velocidades diferentes: uma nas economias maduras, com crescimento lento, e outra nas economias em rápido desenvolvimento, como Índia e Brasil.
Os executivos também costumam ter pouca experiência nesses mercados. Apenas cinco de 20 executivos seniores ouvidos haviam trabalhado por mais de um ano em países emergentes.
NÚMEROS
96% dizem que crescer nos países emergentes é prioridade
13% afirmam que suas empresas estão preparadas para isso
25% dos executivos têm experiência nesses mercados
2012 EM CONSTRUÇÃO
O setor da construção civil deve crescer ao menos 5% em 2012, segundo o Sinduscon-SP (sindicato da indústria da construção).
Neste ano, a alta deverá ser de cerca de 4,8%.
"Foi um ano difícil, pois o setor está sentido as dores do crescimento. A inflação de mão de obra e de material foi altíssima", afirma Juan Quirós, presidente do grupo Advento, que constrói fábricas, shopping centers e hospitais.
A alta de até 15% na contratação de serviços terceirizados, como as instalações elétricas e hidráulicas, também afetou o setor.
"O aumento foi significativo e os programas do governo que poderiam nos ajudar, como o PAC, não atingiram as metas de investimento", diz o presidente do sindicato, Sergio Watanabe.
Em 2012, as empresas vão focar em suas vocações, segundo Quirós.
"Será o ano das lições aprendidas. Quem é da área de shopping, por exemplo, vai se direcionar apenas para esse mercado."
Desajuste de intenções
Investimento em benefícios, plano de carreira e treinamento são soluções encontradas pelas empresas da Ásia e da Oceania para suprir a diferença entre o que os empregadores pretendem pagar de salários e o que os trabalhadores esperam receber.
Segundo estudo da empresa de recrutamento Hays, 43% de 1.226 empregados ouvidos nos dois continentes esperam um aumento superior a 6%.
Entre os empregadores, apenas 22% pretendem conceder ajuste dessa proporção.
Os chineses, com 45%, estão entre os que mais têm expectativa de conseguir o incremento salarial de 6%. Entre os australianos, o número é de 35%. Entre neozelandeses, de 26%.
Apenas 6% dos empregadores da Austrália devem reajustar os salários no nível desejado pelos funcionários.
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