CORREIO BRAZILIENSE - 28/12
A largada de 2013 dos tucanos está praticamente definida. Será em Curitiba, em 12 de janeiro, aniversário de 30 anos do primeiro comício pelas eleições diretas para presidente da República. Na época, o governador era José Richa, já falecido, então do PMDB, e um dos fundadores do PSDB, mesmo partido do seu filho e atual comandante do estado, Beto Richa. O prefeito de Curitiba era Maurício Fruet, pai do atual administrador da cidade, Gustavo Fruet, do PDT. E Tancredo Neves, avô do senador Aécio Neves, era aquele que, ao lado de Ulysses Guimarães, percorria o país em campanha para que a população pudesse escolher livremente seu comandante. Agora, são os filhos e neto pegando o bastão da democracia como um valor a ser arraigado na campanha de 2014.
Drible ao desgaste
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, avisa que as licitações das ferrovias só saem depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) der a palavra final sobre o modelo adotado pelo governo. “Eles têm sido parceiros e faremos em conjunto”, diz a ministra. Mais amistosa impossível.
Não escapa uma
A espera pelo parecer do TCU atingirá inclusive a Fico — Ferrovia de Integração do Centro Oeste, que está pronta para ser licitada. O que caminhará um pouco são os estudos sobre outros três ou quatro trechos. Moral da história: essa leva de licitações cairá lá pelo período eleitoral.
Queridinha
Perguntada sobre a decisão da ministra do TCU Ana Arraes, que acusou o governo de privilegiar a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), a ministra Gleisi se referiu ao trabalho feito pela empresa do antigo assessor de Antonio Palocci como “um sucesso”. A EBP é privada e, para quem não se lembra, foi citada em um relatório do TCU como detentora de informações e acesso privilegiado a dados governamentais que lhe permitiram arrematar vários projetos.
Sem perdão
A maioria dos parlamentares que comparece à Secretaria de Relações Institucionais por esses dias periga sair de mãos abanando. Muitos chegaram ali depois de o Ministério da Saúde dizer que não poderia liberar os recursos porque os municípios contemplados pelas emendas estavam incluídos no cadastro de inadimplentes. Nesse caso, não tem choro nem vela que dê jeito.
Previsões
Na confraternização de fim de ano com os jornalistas, o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), apostou que o pastor Everaldo, pré-candidato a presidente pelo PSC, não terá 2% dos votos.
De castigo I
O vice-líder do governo, Luciano Castro, do PR de Roraima, era um dos dez parlamentares que faziam fila ontem na antessala da ministra Ideli Salvatti atrás das últimas emendas ao Orçamento. “Eles prometem e não cumprem. Aí, a gente fica aqui”, diz ele.
De castigo II
A coluna flagrou Luciano Castro na antessala antes do meio-dia. Por volta das 14h, ele continuava no mesmo lugar. “A fila aqui não anda. Continuo esperando.”
Liberados…
Quem recebeu tapete vermelho lá foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Foi atendido diretamente pela ministra, com direito a quase uma hora de audiência, enquanto a fila do lado de fora só aumentava. Vinte e dois parlamentares passaram pela Secretaria de Relações Institucionais ontem.
…e contemplados
Outro que saiu feliz e contente foi o deputado Cláudio Cajado (DEM-BA). Integrante da Comissão Mista de Orçamento, ele foi logo cedo e saiu com uma cara de felicidade de fazer inveja a outros que não tiveram a mesma sorte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário