Ontem foi o 96º aniversário da Revolução Russa. Daqui a quatro anos, em 7 de novembro de 2017, será comemorado o centenário da tomada do poder pelos bolcheviques, comandados por Vladimir Ilich Lenin. Há algumas décadas, a data histórica era celebrada com pompa e circunstância em várias capitais do Leste Europeu.
Em Moscou, o PCUS dava demonstração de força para o mundo e promovia uma imponente parada militar na Praça Vermelha. Também havia festa em outros países, organizadas pelos partidos comunistas locais. Tudo isso ficou para trás como fim da União Soviética, em1992. Hoje, o foco do Ocidente mudou de direção. Está voltado para a China e seus governantes. E não por motivos bélicos ou geopolíticos, mas, sim, pelo peso cada vez maior da economia chinesa.
Da letra C dos Brics depende o bom desempenho dos demais integrantes da sigla criada pelo Goldman Sachs. A China transformou-se em parceiro estratégico dos países emergentes. E o Brasil não foge a essa regra. Que o diga a Vale, cujos resultados estão umbilicalmente atrelados à demanda de Pequim. Ao anunciar o surpreendente lucro líquido de R$ 7,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano, a mineradora reconheceu que o resultado 139% maior do que o do ano passado só foi possível graças às exportações para a China.
As vendas para o gigante da Ásia representaram 40,6% dos negócios da Vale. E a empresa vê perspectivas de negócios ainda melhores, pois os estoques do país oriental estão muito reduzidos e pedem reposição. Também no setor de energia, os chineses começam a galgar posições. Com 45 mil barris diários, Sinochem e Sinopec já são o quarto maior produtor de petróleo no Brasil. Quando se iniciar a exploração do pré-sal de Libra, a produção aumentará em escala geométrica, graças a fatia de 10% da CNOOC e a CNPC, cada uma.
Não por acaso, o vice-presidente da República, Michel Temer, encontra-se em Pequim, cumprindo uma agenda de negócios. Em entrevista coletiva, ele confirmou que está praticamente acertada a abertura de uma agencia do Banco do Brasil em Xangai. E explicou que só depende de ajustes a troca do dólar pelas divisas nacionais, o real e o renminbi (moeda do povo), no comércio bilateral. Falta vencer a resistência da equipe de Guido Mantega, porque o renminbi (cujo padrão unitário é o yuan) não é conversível.
A visita de Michel Temer a Pequim coincide com um momento chave: começa neste sábado a Sessão Plenária de três dias do Comitê Central do Partido Comunista da China, que vai discutir uma série de medidas de estímulo ao crescimento. A reunião dos 376 membros do CC só acontece a cada cinco anos e será a primeira sob comando do presidente Xi Jinping.
Deixou marcas, por exemplo, a reunião de 1993, ao aprovar incentivos à economia socialista de mercado. Agora, os conselheiros de Xi Jinping defendem uma presença maior da iniciativa privada, com participação de empresas nos setores de telecomunicação, energia e bancos. Será proposto também um novo sistema de previdência social. Não é certo que o pacote seja aprovado.
Mas mesmo os dirigentes do PCC refratários às soluções de mercado concordam que a China tem de dar uma guinada para retomar as altas taxas de crescimento e reduzir as desigualdades sociais. Se o Comitê Central votar a favor das reformas, pode promover uma nova revolução. Digna de grande festa.
SOBE E DESCE
sobe
O apoio da população ao Programa Mais Médicos cresceu nos últimos meses e chega a 84,3%, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Alexandre Padilha é ministro da Saúde
desce
A ação dos manifestantes mascarados, os blackblocs, nas ruas do Rio e de São Paulo, nos últimos meses, é desaprovada por 93,4% dos entrevistados em pesquisa da CNT. Já o direito à manifestação é defendido por 81,7%.
Em Moscou, o PCUS dava demonstração de força para o mundo e promovia uma imponente parada militar na Praça Vermelha. Também havia festa em outros países, organizadas pelos partidos comunistas locais. Tudo isso ficou para trás como fim da União Soviética, em1992. Hoje, o foco do Ocidente mudou de direção. Está voltado para a China e seus governantes. E não por motivos bélicos ou geopolíticos, mas, sim, pelo peso cada vez maior da economia chinesa.
Da letra C dos Brics depende o bom desempenho dos demais integrantes da sigla criada pelo Goldman Sachs. A China transformou-se em parceiro estratégico dos países emergentes. E o Brasil não foge a essa regra. Que o diga a Vale, cujos resultados estão umbilicalmente atrelados à demanda de Pequim. Ao anunciar o surpreendente lucro líquido de R$ 7,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano, a mineradora reconheceu que o resultado 139% maior do que o do ano passado só foi possível graças às exportações para a China.
As vendas para o gigante da Ásia representaram 40,6% dos negócios da Vale. E a empresa vê perspectivas de negócios ainda melhores, pois os estoques do país oriental estão muito reduzidos e pedem reposição. Também no setor de energia, os chineses começam a galgar posições. Com 45 mil barris diários, Sinochem e Sinopec já são o quarto maior produtor de petróleo no Brasil. Quando se iniciar a exploração do pré-sal de Libra, a produção aumentará em escala geométrica, graças a fatia de 10% da CNOOC e a CNPC, cada uma.
Não por acaso, o vice-presidente da República, Michel Temer, encontra-se em Pequim, cumprindo uma agenda de negócios. Em entrevista coletiva, ele confirmou que está praticamente acertada a abertura de uma agencia do Banco do Brasil em Xangai. E explicou que só depende de ajustes a troca do dólar pelas divisas nacionais, o real e o renminbi (moeda do povo), no comércio bilateral. Falta vencer a resistência da equipe de Guido Mantega, porque o renminbi (cujo padrão unitário é o yuan) não é conversível.
A visita de Michel Temer a Pequim coincide com um momento chave: começa neste sábado a Sessão Plenária de três dias do Comitê Central do Partido Comunista da China, que vai discutir uma série de medidas de estímulo ao crescimento. A reunião dos 376 membros do CC só acontece a cada cinco anos e será a primeira sob comando do presidente Xi Jinping.
Deixou marcas, por exemplo, a reunião de 1993, ao aprovar incentivos à economia socialista de mercado. Agora, os conselheiros de Xi Jinping defendem uma presença maior da iniciativa privada, com participação de empresas nos setores de telecomunicação, energia e bancos. Será proposto também um novo sistema de previdência social. Não é certo que o pacote seja aprovado.
Mas mesmo os dirigentes do PCC refratários às soluções de mercado concordam que a China tem de dar uma guinada para retomar as altas taxas de crescimento e reduzir as desigualdades sociais. Se o Comitê Central votar a favor das reformas, pode promover uma nova revolução. Digna de grande festa.
SOBE E DESCE
sobe
O apoio da população ao Programa Mais Médicos cresceu nos últimos meses e chega a 84,3%, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Alexandre Padilha é ministro da Saúde
desce
A ação dos manifestantes mascarados, os blackblocs, nas ruas do Rio e de São Paulo, nos últimos meses, é desaprovada por 93,4% dos entrevistados em pesquisa da CNT. Já o direito à manifestação é defendido por 81,7%.
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