quarta-feira, novembro 06, 2013

O PT e a reforma - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 06/11

Passada a reunião de sábado no Alvorada, na qual os ministros foram cobrados para dar agilidade a um elenco de obras estratégicas, começaram os apelos para que a presidente Dilma Rousseff adie a reforma ministerial para março de 2014. E o principal defensor dessa ideia é o PT. O partido não se esquece do lusco-fusco que pairou sobre o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, quando ele deixou o Ministério da Educação. Ficou tão apagadinho que custou a emplacar e quase perde a vaga de segundo turno para Celso Russomano, do PRB.

Ao permanecer no governo, sempre é possível fazer uma inauguração ali, uma visita acolá, fotografar um PAC mais adiante, enfim, aparecer e mostrar serviço. Fora do governo, avaliam integrantes do partido, restam as reuniões partidárias, muitas vezes meio chatas e desconhecidas pela mídia.

Jogos de espiões Um agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vive uma guerra contra seus superiores. Tudo por causa de um software que permite filtrar informações na internet — inclusive e-mails —, registrado pelo servidor. O caso corre em segredo de Justiça.

Eu sou... Os tucanos trabalham uma forma de deixar o ex-governador José Serra feliz e engajado na campanha presidencial do partido: rivalizar com Lula. Por isso, não estranhem se, daqui por diante, Serra começar a chamar o ex-presidente para o ringue, enquanto Aécio Neves fica de bom moço.

...você amanhã Serra fará, guardadas as devidas proporções, o mesmo papel que Lula exerceu na campanha passada em relação ao PSDB. O presidente polemizava com Serra, enquanto Dilma ficava no papel da gestora que não entrava no embate político.

Pressão na EBC Amanhã, arrisca o ouvinte ser dispensado do “Em Brasília, 19 horas...”. Os servidores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que produz a Voz do Brasil, preparam uma mobilização por melhores salários e plano de carreira. A paralisação deve atingir as praças de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão.

Chora, Xororó I/ A dupla Chitãozinho e Xororó (foto) vai ter de pagar uma fortuna em horas extras, férias, décimo terceiro salário e FGTS a um guitarrista que passou 10 anos recebendo apenas cachê. O músico provou, na Justiça do Trabalho, que tinha vínculo trabalhista com os sertanejos. Ele, inclusive, ficava à disposição da dupla para shows e precisava, ainda, cumprir horário.

Chora Xororó II/ A dupla perdeu em todas as instâncias. Falta apenas o TRT de Campinas calcular o valor devido ao guitarrista. Ao que parece, não tem mais choro nem vela.

Até eles!/ A coluna flagrou, pela segunda vez, o deputado William Dib (PSDB-SP), médico, dedicado ao joguinho dos doces do celular. “Aqui, estou na fase 70. No iPad, passei da 300. É viciante! Além de ser uma ocupação para essas horas de espera aqui”, diz, mergulhado no jogo, enquanto espera a hora de votar no plenário da Casa.

Fato raro/ Nem o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, segurou a ironia quando viu o PMDB apoiar o PT numa emenda para ampliar o alcance da PEC do Voto Aberto, hoje dirigida apenas à cassação de mandatos. “PT e PMDB juntos? Temos que fazer um brinde!” Faz sentido.

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