CORREIO BRAZILIENSE - 16/11
Logo depois de o STF determinar a prisão de condenados do mensalão - incluindo a dos petistas Dirceu, Genoino e Delúbio -, a tropa chapa-branca voltou com tudo à defesa do financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais. A alegação é a de que, sem precisar da ajuda de empresários para se eleger, os políticos não precisariam roubar dinheiro público para pagar pelo mandato mais tarde. Acho que me faltam neurônios para aderir à tese.
Sou do tempo em que eleitores crédulos compravam bandeiras, bottons, adesivos, revistas e livros para ajudar a bancar a campanha de candidatos - ditos de "esquerda" - que prometiam ética na política ao chegar ao poder. Para meu desencanto, ao assumir o Planalto, eles protagonizaram o mensalão, passaram a tratar como inimigo quem se opõe à corrupção e se aliaram àqueles que apontavam como culpados pelo atraso do Brasil, como Collor, Maluf, Renan, Sarney.
Essa gente atualizou o slogan do "rouba, mas faz", da direita, pelo "rouba, mas distribui". E tomou dos conservadores o voto dos grotões ao passar a distribuir renda - o que é louvável, diga-se - em vez de dentaduras e outros mimos que os coronéis donos dos currais eleitorais davam aos esquecidos do Brasil apenas em época de eleição. Já a educação segue na mais completa indigência. Até regredimos, com o analfabetismo voltando a crescer no país.
Resumindo: sou contra pegar dinheiro da educação, saúde, estradas para bancar campanha eleitoral. Quem garante que os larápios de sempre vão se regenerar e deixar de roubar depois de eleitos? E por que não instituir o voto facultativo e o financiamento exclusivo pelo eleitor? Ora, quem melhor do que o cidadão para decidir quem merece receber seu voto e seu dinheiro?
Sem contar que, hoje, já existe financiamento público via o fundo partidário (que em 2012 recheou o cofre dos partidos com cerca de R$ 300 milhões) e o horário eleitoral, que de gratuito não tem nada. Só em 2014, estima-se, deve tragar perto de R$ 1 bilhão do Tesouro Nacional. E vale lembrar: o Tesouro é nosso bolso. Cada centavo sai dos impostos que o eleitor, esse idiota, paga para sustentar a farra.
Sou do tempo em que eleitores crédulos compravam bandeiras, bottons, adesivos, revistas e livros para ajudar a bancar a campanha de candidatos - ditos de "esquerda" - que prometiam ética na política ao chegar ao poder. Para meu desencanto, ao assumir o Planalto, eles protagonizaram o mensalão, passaram a tratar como inimigo quem se opõe à corrupção e se aliaram àqueles que apontavam como culpados pelo atraso do Brasil, como Collor, Maluf, Renan, Sarney.
Essa gente atualizou o slogan do "rouba, mas faz", da direita, pelo "rouba, mas distribui". E tomou dos conservadores o voto dos grotões ao passar a distribuir renda - o que é louvável, diga-se - em vez de dentaduras e outros mimos que os coronéis donos dos currais eleitorais davam aos esquecidos do Brasil apenas em época de eleição. Já a educação segue na mais completa indigência. Até regredimos, com o analfabetismo voltando a crescer no país.
Resumindo: sou contra pegar dinheiro da educação, saúde, estradas para bancar campanha eleitoral. Quem garante que os larápios de sempre vão se regenerar e deixar de roubar depois de eleitos? E por que não instituir o voto facultativo e o financiamento exclusivo pelo eleitor? Ora, quem melhor do que o cidadão para decidir quem merece receber seu voto e seu dinheiro?
Sem contar que, hoje, já existe financiamento público via o fundo partidário (que em 2012 recheou o cofre dos partidos com cerca de R$ 300 milhões) e o horário eleitoral, que de gratuito não tem nada. Só em 2014, estima-se, deve tragar perto de R$ 1 bilhão do Tesouro Nacional. E vale lembrar: o Tesouro é nosso bolso. Cada centavo sai dos impostos que o eleitor, esse idiota, paga para sustentar a farra.
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